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Dicas

MANUAL DE EXAMES - PATOLOGIA CLÍNICA (Parte 08)

Helicobacter pylori, anticorpos IgG e IgM

Comentários

O H. pylori é uma bactéria gram-negativa que tem forte associação com úlcera gástrica, duodenal e gastrite crônica. Tem prevalência de 90% nos países em desenvolvimento. Infecção persistente está relacionada com risco aumentado de carcinoma e linfoma gástricos. Sua associação com dispepsia não ulcerosa é menos definida. A sorologia para H. pylori é um dos métodos de detecção. Os imunoensaios têm sensibilidade de 95% e especificidade de 90%. Possibilidade de falso-negativos em imunocomprometidos, idosos e pacientes em diálise. Uso crônico de anti-inflamatórios esteróides podem diminuir a sensibilidade do teste. Em pacientes não tratados, títulos de anticorpos permanecem elevados por anos. Após tratamento de erradicação efetivo, níveis de anticorpos podem cair para valores de 50% dos iniciais, mas também podem permanecer positivos por anos. Na presença de H. pylori suprimido, mas não erradicado, pode ocorrer redução transitória dos anticorpos, com sua elevação após suspensão do tratamento. Veja também Helicobacter pylori, PCR e teste respiratório.

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência - IgG

 

 

 

Negativo

< 18U/mL

Indeterminado

entre18 e 22U/mL

Reagente

> 22U/mL

Valor de referência - IgM

Negativo

índice < 0,90

Indeterminado índice = 0,90 e = 1,10

Reagente

> 1,10

Condição

 

-0,5mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Hemocultura

Comentários

A hemocultura auxilia no diagnóstico de processos infecciosos sistêmicos. Alguns fatores podem interferir no resultado da hemocultura como possibilidade de contaminação com flora normal da pele, volume do sangue cultivado, tipos de meios utilizados e uso de antibióticos. O número de amostras necessárias e o intervalo entre as coletas variam de acordo com a suspeita clínica.

Método

Sistemas de isolamento e identificação.

Valor de referência

Negativo.

Condição

Criança 1,0 a 5,0mL de sangue total.

Adulto 5,00 a 10,0mL de sangue total: conforme seja o frasco de hemocultura de 45 ou 90 mL. - Deve-se, preferencialmente, não estar em uso de antimicrobianos.

 

Os frascos dos meios de cultivos são específicos. Os meios devem ser armazenados em temperatura ambiente, protegidos da luz.

Conservação para envio

As amostras devem ser conservadas em frascos apropriados para hemocultura e inoculados imediatamente após a coleta.

Hemocultura automatizada

Comentários

A hemocultura automatizada permite contínua monitorização e detecção do crescimento bacteriano, 24 horas ao dia. Alguns fatores podem interferir no resultado da hemocultura como a possibilidade de contaminação com flora normal da pele, volume do sangue cultivado, tipos de meios utilizados e uso de antibióticos. O número de amostras necessárias e o intervalo entre as coletas variam de acordo com a suspeita clínica.

Método

Sistemas de isolamento e identificação.

Valor de referência

Negativo.

Condição

Criança 1,0 a 5,0 mL de sangue total. Adulto 8,00 a 10,0 mL de sangue total.

- Deve-se, preferencialmente, não estar em uso de antimicrobianos.

 

Os frascos dos meios de cultivos são específicos. Os meios devem ser armazenados em temperatura ambiente, protegidos da luz.

Conservação para envio

Amostras coletadas em tubos estéreis com solução anticoagulante (citrato, heparina ou SPS), em temperatura ambiente por até 24 horas.

Amostras coletadas nos frascos próprios do equipamento Bactec, em temperatura ambiente por mais de 24 horas.

 

 

Hemoglobina, eletroforese de

ANÁLISE DE HEMOGLOBINA POR HPLC

Comentários

A análise das hemoglobinas constitui importante método diagnóstico para estudo das anemias hemolíticas e talassemias. A principal hemoglobina (Hb) dos adultos é a HbA, com pequenas quantidades de HbA2 e HbF. A HbF predomina, ao nascimento, com seus níveis, decrescendo até os 6 meses de idade. São conhecidas, aproximadamente, 400 hemoglobinas variantes. As anormalidades da síntese da hemoglobina são divididas em 3 grupos: 1) produção de molécula anormal (ex: drepanocitose); 2) redução na quantidade de proteína normal (ex: talassemia); 3) anormalidade de desenvolvimento (ex: persistência de hemoglobina fetal). O método HPLC (Cromatografia Líquida de Alta Performance) é reprodutível e preciso para determinação de hemoglobinas variantes. Permite a quantificação precisa da HbA2, sendo importante para diagnóstico do traço talassêmico. Ao contrário da eletroforese em gel de agarose, em pH alcalino, a HPLC permite diferenciações, como por exemplo, entre HbA2 e HbC, entre HbS e HbD, e entre HbG e Hb Lepore. Acrescenta-se, que por meio da HPLC um grande número de Hb anômalas, antes desconhecidas, foram especificadas, uma vez que migravam em áreas comuns à eletroforese.

Método

Cromatografia Líquida de Alta Performance - HPLC

Valor de referência

Hemoglobina A1

94,3 a 96,5%

Hemoglobina A2

2,5 a 3,7%

Hemoglobina Fetal

até 2,0 %

Condição

5,0mL de sangue total (EDTA).

 

Enviar cópia do último hemograma e dados clínicos. Informar idade, cor ou raça.

Conservação para envio

Até 24 horas em temperatura ambiente. Até 7 dias entre 2o e 8oC.

ELETROFORESE DE HEMOGLOBINA EM pH ÁCIDO

Comentários

A metodologia de eletroforese de Hb em pH ácido é usada para confirmação ou diferenciação de algumas frações de hemoglobinas encontradas na eletroforese em pH alcalino, que migram na mesma posição. A eletroforese em pH ácido separa Hb S da Hb D e G, e separa Hb C da Hb O-Arab e E.

Veja também Teste de solubilidade, Teste de desnaturação (ao calor e pelo isopropanol), Teste de Kleihauer, Dosagem de HbA2 e HbF.

Método

Ágar citrato pH 6,2

Valor de referência

Hemoglobina A

Condição

1,0mL de sangue total (EDTA).

 

Enviar cópia do último hemograma e dados clínicos. Informar idade, cor ou raça.

Conservação para envio

Até 24 horas em temperatura ambiente. Até 72 horas entre 2o e 8oC.

 

 

Hemoglobina A2

Comentários

A hemoglobina A2 é formada por duas cadeias tipo alfa e duas cadeias tipo delta. Sua determinação é indicada na pesquisa das beta-talassemias, onde ocorre falha na síntese de cadeias beta, resultando em um excesso de cadeias alfa. Nos heterozigóticos (talassemias minor) há produção reduzida de HbA e aumento de HbF e HbA2.

Método

Cromatografia Líquida de Alta Performance - HPLC

Valor de referência

2,5 a 3,7%

Condição

5,0mL de sangue total (EDTA).

Conservação para envio

Até 24 horas em temperatura ambiente. Até 7 dias entre 2o e 8oC.

Hemoglobina fetal

Comentários

A HbF é formada por duas cadeias tipo alfa e duas tipo gama. Normalmente o valor da HbF para crianças no primeiro mês de vida é de 40% a 90%. Este valor decresce gradativamente atingindo o valor normal de adulto aproximadamente no 5o mês de vida. Sua determinação está indicada no diagnóstico das beta-talassemias (minor, intermediária e major) quando serão encontrados valores aumentados de HbF. Também se presta para o diagnóstico da persistência hereditária de hemoglobina fetal. Taxas altas de HbF podem ser encontradas em alguns casos de esferocitose hereditária, anemia falciforme, leucemias agudas e crônicas.

Método

Cromatografia Líquida de Alta Performance - HPLC

Valor de referência

HPLC

até 2,0 %

Condição

5,0mL de sangue total (EDTA).

Conservação para envio

Até 24 horas em temperatura ambiente. Até 72 dias entre 2o e 8oC.

Hemoglobina H, pesquisa

Comentários

A hemoglobina H é formada por tetrâmeros de cadeias beta. Na doença da hemoglobina H, inclusões específicas são facilmente demonstráveis em grande número nos eritrócitos. Deve-se ressaltar que não há formação de corpos de Heinz. Nos portadores de traços alfa-talassêmicos pode ser difícil a visualização, pois os agregados apresentam- se em menor quantidade ou são raros.

Método

Azul de Cresil brilhante

Valor de referência

Ausência de hemoglobina H.

Condição

1,0mL de sangue total (EDTA).

Conservação para envio

Até 24 horas em temperatura ambiente. Até 72 horas entre 2o e 8oC.

 

 

Hemoglobina S, teste de solubilidade

Comentários

O teste positivo indica presença da hemoglobina anômala S em heterozigose ou homozigose. Testes falso-positivos podem ocorrer em pacientes com policitemias e algumas hemoglobinopatias raras. Testes falso-negativos podem ocorrer por quantidades indetectáveis de hemoglobina S.

Método

Ditionito de sódio

Valor de referência

Negativo

Condição

1,5mL de sangue total (EDTA, heparina ou citrato).

Conservação para envio

Até 24 horas em temperatura ambiente. Até 72 horas entre 2o e 8oC.

 

 

Hemograma

Comentários

Constitui importante exame de auxílio diagnóstico para doenças hematológicas e sistêmicas. Rotineiramente indicado para avaliação de anemias, neoplasias hematológicas, reações infecciosas e inflamatórias, acompanhamento de terapias medicamentosas e avaliação de distúrbios plaquetários. Fornece dados para classificação das anemias de acordo com alterações na forma, tamanho, cor e estrutura das hemácias e conseqüente direcionamento diagnóstico e terapêutico. Orienta na diferenciação entre infecções viróticas e bacterianas, parasitoses, inflamações, intoxicações e neoplasias através das contagens global e diferencial dos leucócitos e avaliação morfológica dos mesmos. Através de avaliação quantitativa e morfológica das plaquetas sugere o diagnóstico de patologias congênitas e adquiridas.

Método

Sistema automatizado: citometria de fluxo, laser, absorção espectrofotométrica, dispersão óptica/fluorescência e impedância.

Valor de referência

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Faixa etária

 

RBC x 106/mm3

HGB g%

HCT %

VCM fl

 

 

HCM pg

 

CHCM %

RN (cordão)

 

 

3,9 a 5,5

13,5 a 19,5

42,0 a 60,0

98,0 a 118,0

 

31,0 a 37,0

 

30,0 a 36,0

1 a 3 dias

 

 

4,0 a 6,6

14,5 a 22,5

45,0 a 67,0

95,0 a 121,0

 

31,0 a 37,0

 

29,0 a 36,0

1 semana

 

 

3,9 a 6,3

13,5 a 21,5

42,0 a 66,0

88,0 a 126,0

 

28,0 a 40,0

 

28,0 a 36,0

2 semanas

 

 

3,6 a 6,2

12,5 a 20,5

39,0 a 62,0

86,0 a 124,0

 

28,0 a 40,0

 

28,0 a 36,0

1 mês

 

 

3,0 a 5,4

10,0 a 18,0

31.0 a 55,0

85,0 a 123,0

 

28,0 a 40,0

 

29,0 a 36,0

2 meses

 

 

2,7 a 4,9

9,0 a 14,0

28,0 a 42,0

77,0 a 115,0

 

26,0 a 34,0

 

29,0 a 36,0

3 a 6 meses

 

 

3,1 a 4,5

9,5 a 13,5

29,0 a 41,0

74,0 a 108,0

 

25,0 a 35,0

 

30,0 a 36,0

6 meses a 2 anos

 

 

3,7 a 5,3

10,5 a 13,5

33,0 a 39,0

70,0 a 86,0

 

23,0 a 31,0

 

30,0 a 36,0

2 a 6 anos

 

 

3,9 a 5,3

11,5 a 13,5

34,0 a 40,0

75,0 a 87,0

 

24,0 a 30,0

 

31,0 a 36,0

6 a 12 anos

 

 

4,0 a 5,2

11,5 a 15,5

35,0 a 45,0

77,0 a 95,0

 

25,0 a 33,0

 

31,0 a 36,0

12 a 18 anos - mulher

 

4,1 a 5,1

12,0 a 16,0

36,0 a 46,0

78,0 a 102,0

 

25,0 a 35,0

 

31,0 a 36,0

 

homem

 

4,5 a 5,3

13,0 a 16,0

37,0 a 49,0

78,0 a 98,0

 

25,0 a 35,0

 

31,0 a 36,0

Adulto - mulher

 

 

4,0 a 5,2

12,0 a 16,0

35,0 a 46,0

80,0 a 100,0

 

26,0 a 34,0

 

31,0 a 36,0

homem

 

 

4,5 a 5,9

13,5 a 17,5

41,0 a 53,0

80,0 a 100,0

 

26,0 a 34,0

 

31,0 a 36,0

 

 

 

WBC

Neutrófilo

 

Neutrófilos

 

Eosinófilos

 

Basófilos

 

Linfócitos

Faixa etária

 

x103/mm3

segmentado

 

bastonetes

 

/mm3

 

 

/mm3

 

x103/mm3

 

 

 

 

x103/mm3

 

x103/mm3

 

 

 

 

 

 

 

Ao nascimento

 

9,0 a 30,0

6,0 a 26,0

 

até 4,23

 

20 a 850

 

 

até 600

 

2,0 a 11,0

1 a 7 dias

 

9,4 a 34,0

1,5 a 10,0

 

até 4,01

 

20 a 850

 

 

até 600

 

2,0 a 17,0

8 a 14 dias

 

5,0 a 21,0

1,0 a 9,5

 

até 2,20

 

20 a 850

 

 

até 600

 

2,0 a 17,0

15 a 30 dias

 

5,0 a 20,0

1,0 a 9,0

 

até 1,90

 

20 a 850

 

 

até 600

 

2,5 a 16,5

2 a 5 meses

 

5,0 a 15,0

1,0 a 8,5

 

até 1,34

 

20 a 850

 

 

até 600

 

4,0 a 13,5

6 a 11 meses

 

6,0 a 11,0

1,5 a 8,5

 

até 0,91

 

50 a 700

 

 

até 200

 

4,0 a 10,5

1 a 2 anos

 

6,0 a 11,0

1,5 a 8,5

 

até 0,89

 

até 650

 

 

até 200

 

1,5 a 7,0

3 a 5 anos

 

4,0 a 12,0

1,5 a 8,5

 

até 0,96

 

até 650

 

 

até 200

 

1,5 a7,0

6 a 11 anos

 

3,5 a 10,0

1,5 a 8,5

 

até 0,86

 

até 500

 

 

até 200

 

1,5 a 6,5

12 a 15 anos

 

3,5 a 10,0

1,8 a 8,0

 

até 0,73

 

até 500

 

 

até 200

 

1,2 a 5,2

> 16 anos

 

 

3,5 a 10,0

1,7 a 8,0

 

até 0,84

 

50 a 500

 

 

até 100

 

0,9 a 2,9

 

Faixa etária

Monócitos /mm3

Plaquetas x103/mm3

RDW %

 

 

Ao nascimento

400 a 1800

150 a 450

11,5 a 15,0

 

 

1 a 7 dias

400 a 1800

150 a 450

11,5 a 15,0

 

 

8 a 14 dias

400 a 1800

150 a 450

11,5 a 15,0

 

 

15 a 30 dias

50 a 1100

150 a 450

11,5 a 15,0

 

 

2 a 5 meses

50 a 1100

150 a 450

11,5 a 15,0

 

 

6 a 11 meses

50 a 1100

150 a 450

11,5 a 15,0

 

 

1 a 2 anos

até 800

150 a 450

11,5 a 15,0

 

 

3 a 5 anos

até 800

150 a 450

11,5 a 15,0

 

 

6 a 11 anos

até 800

150 a 450

11,5 a 15,0

 

 

12 a 15 anos

até 800

150 a 450

11,5 a 15,0

 

 

> 16 anos

300 a 900

150 a 450

11,5 a 15,0

 

Condição

-1,0mL de sangue total (EDTA).

-J.D. 4h.

 

Enviar além do sangue total, 2 esfregaços sangüíneos preferencialmente confeccionados sem anticoagulante. As lâminas devem ser identificadas com nome completo do paciente ou iniciais, sendo conveniente que o primeiro nome seja escrito por extenso.

Conservação para envio

Até 12 horas em temperatura ambiente.

Até 48 horas entre 2o e 8oC (caso seja enviado esfregaço sangüíneo, confeccionado imediatamente após a coleta, sem corar, junto com o sangue).

Hemossedimentação

Comentários

A velocidade de hemossedimentação (VHS) é uma avaliação indireta da resposta de fase aguda. A VHS aumenta com o aumento dos níveis plasmáticos das proteínas de fase aguda, principalmente fibrinogênio e as gamaglobulinas, como ocorre nos processos inflamatórios, infecciosos, neoplásicos, paraproteinemias e necrose tecidual. Apesar de ser um teste sensível para a avaliação destes processos, sofre interferência de outros fatores plasmáticos (albumina retarda, colesterol acelera) e ligados às hemácias (anemia e macrócitos aceleram, micrócitos e drepanócitos retardam), sem refletir alteração das proteínas de fase aguda. A VHS não deve ser utilizada como teste de triagem de em indivíduos assintomáticos. Atualmente é utilizada como critério laboratorial para o diagnóstico da polimialgia reumática (> 40 mm 1a hora), na avaliação de pacientes com suspeita de arterite temporal, como indicador da atividade da artrite reumatóide e lupus eritematoso sistêmico, e no acompanhamento terapêutico destes pacientes. A VHS aumenta com a idade.

Método

Automatizado

Valor de referência

Homem 0 a 15 mm na 1a hora Mulher 0 a 20 mm na 1a hora Criança 0 a 20 mm na 1a hora

Condição

-1,0 tubo de sangue total (EDTA).

-J.D. 8h.

Conservação para envio

Até 12 horas em temperatura ambiente.

Hemossiderina

Comentários

É um teste sensível para a avaliação da reserva medular de ferro e como auxílio à interpretação do mielograma. É útil também para pesquisa de sideroblastos em anel que ocorrem nos casos de anemia refratária, anemias sideroblásticas congênitas e adquiridas, alcoolismo, leucemia mielóide aguda e outros. Os resultados devem ser interpretados à luz da história clínica e são liberados em percentual de sideroblastos e sideroblastos em anel em relação aos eritroblastos. Podem também ser utilizados parâmetros semi-quantitativos, variando de 1+ a 4+:

1+/4+ ferro medular diminuído 2+/4+ e 3+/4+ ferro medular normal 4+/4+ ferro medular aumentado

Método

Coloração pelo Azul da Prússia

Condição

-Enviar 2 esfregaços de lâminas de aspirado medular (sem corar) com cópia do hemograma e dados clínicos disponíveis.

-Para coleta, agendar antecipadamente no laboratório.

Conservação para envio

Até 30 dias em temperatura ambiente (mantidas secas, longe de calor e umidade).

 

 

Hepatite A - HAV total, IgG e IgM, anti

Comentários

O vírus da hepatite A é um RNA vírus de transmissão fecal-oral, por contato interpessoal, água ou alimentos contaminados. Período de incubação varia de 10 a 50 dias, sendo a infecção subclínica em 90% dos menores de 5 anos e 70 a 80% dos adultos.

Anti-HAV IgM: é um marcador da fase aguda. Surge concomitantemente com o desaparecimento do antígeno viral e permanece por 3 a 6 meses em aproximadamente 80% a 90% dos pacientes e por até um ano em 10% dos casos. Apresenta sensibilidade de 100% e especificidade de 99% para hepatite aguda. Ocasionalmente o teste é negativo quando da apresentação clínica, mas repetição do mesmo em 1 a 2 semanas demonstrará positividade. Reações cruzadas com o vírus Epstein-Barr e da rubéola são raramente descritas.

Anti-HAV IgG: é detectado logo após anti-HAV IgM e seus títulos aumentam gradualmente com a infecção, persistindo por toda a vida e indicando imunidade. A resposta imunológica à vacina contra hepatite A é fundamentalmente do tipo IgG, sendo que o anti-HAV IgG pode não ser detectado após vacinação, uma vez que os títulos de anticorpos induzidos pela vacina são, em geral, mais baixos que os induzidos pela infecção natural. Na prática, não é indicado a mensuração dos títulos de anticorpos após a vacinação, uma vez que o limiar de corte dos testes comercializados é superior ao nível mínimo reconhecido como protetor.

Marcadores de hepatite A

Método

Imunoensaio enzimático de micropartículas - MEIA

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,5mL de soro ou plasma (EDTA) para cada.

-J.O. 8h.

Interferentes

As amostras de pacientes tratados com heparina podem coagular parcialmente e podem produzir resultados errôneos devido a presença de fibrina. Para prevenir este fenômeno, deve-se colher a amostra antes da terapia com heparina.

Conservação para envio

Até 14 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Hepatite B

Comentários

O vírus da hepatite B (HBV) é transmitido por via sangüínea, relações sexuais e via vertical. Quadro clínico se desenvolve após período de incubação de 1,5 a 3 meses (6 a 8 semanas). Manifestação clínica é encontrada em menos de 5% das infecções perinatais e 20% a 30% dos casos em adultos. Na ausência de complicações, a infecção se resolve em 2 semanas a 6 meses após a fase aguda, sendo paralela à depuração do antígeno viral do sangue e seguida do surgimento do anti-HBs. Parte dos pacientes, sintomáticos ou não, falham em depurar o vírus, não desenvolvendo anti-HBs e progredindo à cronicidade. A ocorrência de infecções crônicas é influenciado por uma série de variáveis, sendo a idade a principal. Cronicidade ocorre em mais 90% das infecções perinatais, em 15% a 30% dos casos em crianças e 5% dos casos de adultos. Cura espontânea da infecção crônica ocorre em 1% dos portadores de vírus ao ano.

 

Antígeno

Genoma

 

Anticorpos

 

 

HBsAg

HbeAgA

HBV DNAB

Anti-HbeA

Anti-HBc IgM

Anti-HBc IgG

Anti-HBs

Interpretação

 

 

 

 

 

 

 

Infecção aguda

P

P

P

N

N

N

N

Fase muito inicial

P

P

P

N

P

N

N

Fase inicial

P

P/N

P

N/P

P/N

P

N

Fases tardias

N

N

N

P

N

P

P

Resolução

 

 

 

 

 

 

 

Infecção crônica

P

P/N

P

P/N

N

P

N

Perfil típico

P

P/N

P

P

P

P

N

Reativação

N

N

N

P

N

P

P

Resolução

N

N

N

P/N

N

P/N

P/N

Infecção remota

N

N

N

N

N

N

P

Vacinação prévia

P

N

N

N

N

N

N

Situação 1 C

N

N

N

N

N

P

N

Situação 2 D

N

N

N

N

N

N

N

Sem infecção

Notas:

(P) = positivo; (N) = negativo; (P/N) = positivo ou negativo.

(I)Infecções pelo mutante HBeAg-minus, HBeAg pode ser negativo e anti-HBe pode ser positivo apesar da replicação ativa do

HBV.

(J)Testes sensíveis de DNA podem ser positivos devido a mínima quantidade de vírus no sangue ou fígado após resolução da infecção pelos outros critérios.

(K)Situação 1: deverá ser confirmado para que se afaste falso-positivo. Pode ocorrer no período imediatamente posterior à vacinação contra hepatite B.

(L)Situação 2: vide texto no item anti-HBc IgG.

Interferentes

As amostras de pacientes tratados com heparina podem coagular parcialmente e podem produzir resultados errôneos devido a presença de fibrina. Para prevenir este fenômeno, deve-se colher a amostra antes da terapia com heparina.

Conservação para envio

Até 14 dias entre 2o e 8oC.

HBsAg - ANTÍGENO AUSTRÁLIA

Comentários

É o antígeno de superfície (Austrália). Torna-se detectável 2 a 8 semanas após início da infecção, duas a seis semanas antes das alterações da ALT e duas a cinco semanas antes dos sinais e sintomas. Ocasionalmente, pode ser detectado apenas após 12 semanas. Nos casos agudos e auto-limitados, o HBsAg usualmente desaparece em 1 a 2 meses após início dos sintomas. Persistência do HBsAg por vinte semanas após a infecção primária prediz persistência de positividade indefinidamente. Em termos práticos, sua positividade está associada com infecciosidade, estando presente nas infecções aguda ou crônica pelo HBV. Um resultado de HBsAg positivo deve sempre ser confirmado e complementado com outros marcadores de infecção. Deve-se considerar, ainda, a detecção de HBsAg positivo transitório após vacinação.

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência

Negativo

Obs.: Este exame pode, embora raramente, apresentar resultados falso-positivos ou falso-negativos, que é uma característica do método. Em caso de incompatibilidade clínica, à critério de seu médico, deverão ser feitos testes confirmatórios. Este exame só deve ser interpretado pelo médico.

Condição

-0,5mL de soro ou plasma (EDTA).

-J.O. 8h.

 

 

Anti-HBc total, IgG e IgM

Comentários

São anticorpos contra o antígeno do core. O anti-HBc IgM surge ao mesmo tempo que as alterações das transaminases na infecção aguda (1 a 2 semanas após o HBsAg) e rapidamente alcança títulos elevados. Encontra- se positivo na infecção aguda e durante a exacerbação da doença crônica ativa. Juntamente com o HBV DNA, podem ser os únicos marcadores de infeção neonatal ou quando quantidades pequenas de HBsAg são produzidas (hepatite fulminante). Nos 4 a 6 meses subseqüentes, anti-HBc IgM predomina com queda moderada e aumento dos títulos de Anti-HBc IgG. Em infecções auto-limitadas, o anti-HBc IgM se torna indetectável em poucos meses, embora títulos baixos possam ser encontrados por até dois anos. Em infecções crônicas de baixo grau, anti-HBc IgM também é indetectável ou com títulos baixos, mas usualmente apresenta picos quando a replicação viral se exacerba. Pode ser o único marcador da hepatite na janela entre o desaparecimento do HBsAg e surgimento do anti-HBs. Após um período de 4 a 6 meses todo o anti-HBc é do tipo IgG e persiste por toda a vida em > 90% dos pacientes. Assim sua presença indica infecção atual ou prévia pelo HBV. Este anticorpo não confere imunidade. Pacientes positivos para anti-HBc IgG mas negativos para HBsAg e anti-HBs podem ocorrer nas seguintes situações: a) falso-positivo (doenças auto-imunes, hipergamaglobulinemia, mononucleose); b) anticorpos adquiridos passivamente; c) infecção recente em período de janela imunológica (HBsAg já depurado e anti-HBs ainda negativo); d) infecção crônica, com níveis de HBsAg baixos; e) infecção prévia pelo HBV com anti-HBs indetectável; f) em amostras com HbsAg/anti-HBs imunocomplexados.

Método

Imunoensaio enzimático de micropartículas - MEIA

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,5mL de soro ou plasma (EDTA).

-J.O. 8h.

HBeAg

Comentários

O antígeno “e” é detectável no sangue ao mesmo tempo que o HBsAg. Sua presença denota replicação viral e infecciosidade. O desaparecimento do HBeAg é indicativo de redução da replicação viral, embora não exclua essa possibilidade (variante HBeAg-minus). Nos casos auto-limitados, soroconversão ocorre em poucas semanas, surgindo o anti-HBe. Na evolução para formas crônicas, com o HBsAg persistindo por mais de 6 meses, a presença do HBeAg geralmente corresponde a um prognóstico de maior gravidade. Nas cepas com mutação pré-core (não produtores de proteína “e”) este marcador não é detectável apesar da replicação viral.

Método

Imunoensaio enzimático de micropartículas - MEIA

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,5mL de soro ou plasma (EDTA).

-J.O. 8h.

Anti-HBe

Comentários

O anti-HBe surge na recuperação da infecção aguda, após o antígeno HBeAg não mais ser detectado. Pode ser detectado por muitos anos após a recuperação da infecção pelo HBV. Em um portador do HBV, um resultado positivo de anti-HBe usualmente indica inatividade do vírus e baixa infecciosidade. Em pacientes infectados com variantes do HBV (mutantes HBeAg negativos) a associação entre replicação e expressão do HBeAg é desfeita, podendo ocorrer replicação na presença de anti-HBe.

Método

Imunoensaio enzimático de micropartículas - MEIA

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,5mL de soro ou plasma (EDTA).

-J.O. 8h.

 

 

Anti-HBs

Comentários

Indica recuperação sorológica e imunidade contra o HBV, sendo útil para avaliar resposta à vacina contra hepatite B e a recuperação da infecção natural. Usualmente, esses anticorpos são permanentes, entretanto, podem se tornar indetectáveis anos após a resolução da infecção ou em pacientes imunodeprimidos. Em geral, o Anti-HBs é detectável duas a quatro semanas após o desaparecimento do HBsAg. Entretanto, pode-se encontrar HBsAg e Anti- HBs positivos de forma simultânea. Cerca de 10% a 15% dos pacientes vacinados não respondem à vacina. A eficácia da vacina declina em imunocomprometidos (60% a 70%), sendo muito baixa naqueles com imunodepressão grave (10% a 20%). Pacientes jovens respondem melhor à vacina que idosos, e as concentrações de anticorpos protetores declinam com o tempo. Valores acima de 10mUI/mL são considerados protetores. Resultados falso- positivos podem ocorrer devido a reações não específicas com certas glicoproteínas.

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência

Negativo

< 10mUI/mL

Condição

 

-0,5mL de soro ou plasma (EDTA).

-J.O. 8h.

 

 

Hepatite C - HCV, anti

Comentários

O vírus da hepatite C freqüentemente causa infecção assintomática, entretanto, 70% dos infectados evoluem para forma crônica, sendo que 20% desses evoluirão para cirrose após 20 anos de infecção. A janela imunológica tem sido descrita como de até seis meses, entretanto, ensaios de terceira geração, podem reduzir esse tempo para seis a nove semanas. Falso-positivos podem ocorrem em grávidas, vacinação para influenza, hipergamaglobulinemia, fator reumatóide e doenças reumáticas. Cerca de 50% dos doadores com anti-HVC positivo, são falso-positivos. É descrito para estes ensaios sensibilidade de 99% em indivíduos imunocompetentes e de 60% a 90% em imunocomprometidos. A confirmação da soropositividade requer, à critério médico, complementação da investigação com RIBA (ensaio immunoblot recombinante) ou reação em cadeia da polimerase (PCR).

Método

Imunoensaio enzimático - ELISA

Valor de referência

 

Índice < 1,0

negativo

Índice de 1,0 a 2,0

indeterminado

Índice > 2,0

reagente

Condição

 

 

-0,5mL de soro ou plasma (EDTA/citrato/oxalato de potássio).

-J.O. 8h.

Interferentes

As amostras de pacientes tratados com heparina podem coagular parcialmente e podem produzir resultados errôneos devido a presença de fibrina. Para prevenir este fenômeno, deve-se colher a amostra antes da terapia com heparina e sessão de diálise.

Conservação para envio

Até 14 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Hepatite D - HDV, anti

Comentários

É causada por um RNA vírus incompleto que necessita, como envoltório, do antígeno de superfície do vírus da hepatite B para sua expressão. Em indivíduos infectados pelo HBV ocorre uma simbiose que resulta em uma partícula híbrida constituída, no seu interior, de antígeno e genoma delta recoberto por HBsAg. Infecção pode ocorrer como co-infecção (pacientes infectados simultaneamente pelo vírus B e vírus Delta) ou superinfecção (pacientes já infectados pelo vírus B que contraem a infecção pelo vírus Delta). A superinfecção pelo HDV resulta em 95,5% de cronicidade. O diagnóstico baseia-se em imunoensaios para anti-HDV que utilizam antígenos recombinantes do HDAg. Surge 5 a 7 semanas após a infecção. É importante salientar que anti-HDV pode formar- se tardiamente na co-infecção.

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,3mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Hepatite E - HEV, anti

Comentários

A hepatite E tem transmissão fecal-oral e apresenta clínica similar à hepatite A, sendo, porém, mais grave. Apresenta período de incubação de 2 a 9 semanas, com alto percentual de casos fatais em gestantes (20%). O anti- HEV IgM é o marcador de infecção recente mais conveniente para o diagnóstico da infecção pelo HEV. É detectado em mais de 90% dos pacientes e persiste por 3 meses em 50% dos pacientes.

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,2mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

Herpesvírus, cultura

Comentário

A cultura para herpesvírus confirma os achados da pesquisa de células herpéticas, permitindo diferenciação com as infecções pelo Vírus Varicela-Zoster. O herpesvírus está associado com gengivoestomatite, herpes labial, herpes genital, lesões cutâneas, ceratoconjuntivite, herpes neonatal, meningite asséptica e encefalite. A cultura é indicada para apresentações clínicas com vesículas. A reação em cadeia da polimerase é o método de escolha para pesquisa do herpesvírus no líquor.

Veja também PCR e Genotipagem para herpesvírus.

Método

Inoculação em monocamadas de cultura de células HEp2.

Condição

Fluído da vesícula (lesão).

Obs: a sensibilidade do exame é muito baixa, quando a coleta é feita em lesões após a eclosão das vesículas. O cliente não deve estar em uso de medicamentos tópicos.

Conservação para envio

Material em meio de transporte Dulbecco’s (rosa) por até 12h em temperatura ambiente ou por até 24h entre 2o e 8oC, em gelo reciclável. Enviar também duas lâminas com esfregaço.

Herpesvírus, pesquisa de células de Tzanck

Comentário

A infecção pelo herpesvírus simples pode ser assintomática ou causar lesões dolorosas em pele e mucosas. Na infecção pelo herpesvírus e na infecção pelo Vírus Varicela-Zoster, células epiteliais infectadas mostram mudanças em suas características, incluindo multinucleação e marginação da cromatina. A presença destas células (células de Tzanck), no exsudato das lesões, ocorre em 50% dos casos de infecção herpética. Este método não diferencia entre infecções pelo herpesvírus do tipo I ou II.

Método

Giemsa

Valor de referência

Negativo

Condição

Exsudato das lesões.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso.

Conservação para envio

Até 14 dias em esfregaço fixado e protegido.

 

 

Herpesvírus simples 1 e 2, sorologia

Comentários

A sorologia para o herpesvírus simples (HSV) tipo 1 e tipo 2 pode ser realizada de forma separada ou conjunta e por meio da pesquisa de anticorpos IgM e IgG. Cerca de 90% da população apresenta anticorpos contra o HSV-1 aos 30 anos de idade. Cerca de 15% a 30% dos adultos com vida sexual ativa apresentam anticorpos contra o HSV-2. A infecção primária pelo HSV-1 é geralmente assintomática, mas pode determinar gengivoestomatite acompanhada de sintomas sistêmicos. Cerca de 70% das infecções genitais pelo herpesvírus são causadas pelo HSV-2. A presença de anticorpos IgM nas duas primeiras semanas de vida estabelece o diagnóstico de infecção congênita, pois na infecção neonatal os anticorpos são detectados de duas a quatro semanas após a infecção. Em outras fases da vida, a detecção de IgM pode estar presente ou não nas recorrências. Em caso de quadro clínico sugestivo, recomenda-se a colheita de duas amostras: uma na fase aguda e outra após 15 dias, onde a elevação do título de pelo menos duas vezes sugere o diagnóstico.

Veja também PCR e genotipagem para Herpesvírus.

HSV 1 e 2 (DETERMINAÇÃO SIMULTÂNEA) – IgM e IgG

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,5mL de soro ou líquor para cada.

-J.O. 8h.

Informações necessárias

Informar se está grávida e se já fez este exame anteriormente.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

HSV 1 – IgM e IgG

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,5mL de soro para cada.

-JO 8h.

Informações necessárias

Informar se está grávida e se já fez este exame anteriormente.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

HSV 2 – IgM e IgG

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência

IgG

negativo

IgM

negativo: índice < 0,90

 

indeterminado: índice de 0,90 a 1,10

 

reagente: índice > 1,10

Condição

-0,5mL de soro para cada.

-J.O. 8h.

Informações necessárias

Informar se está grávida e se já fez este exame anteriormente.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Hidroxiprolina total

Comentários

A hidroxiprolina é um aminoácido presente no colágeno, sendo abundante na matriz óssea. A excreção urinária de hidroxiprolina reflete o metabolismo ósseo, estando elevado na ocorrência de reabsorção e destruição óssea. Níveis elevados são encontradas em crianças, na Doença de Paget, após fraturas e no hiperparatireoidismo. Por sofrer interferências do colágeno proveniente da dieta e dos demais tecidos, esse teste possui menor especificidade que as dosagens de piridinolinas e do C-Telopeptídeo.

Veja também Deoxipiridinolinas, Piridinolinas, C-telopeptídeo e Fosfatase alcalina específica óssea.

Método

Colorimétrico

Valor de referência

1 a 5 anos 10 a 38mg/24 horas

6 a 10 anos 12 a 58mg/24 horas

11 a 20 anos 70 a 140mg/24 horas > 20 anos 5 a 25mg/24 horas

Condição

-Urina de 24h.

-Usar HCl 50% 20mL/L de urina. Refrigerar (facultativo).

 

Enviar 10mL de urina e informar volume total, horário inicial e final da coleta.

Dieta (sugerida ou C.O.M.)

Evitar o uso por 48 horas antes e durante a coleta dos seguintes alimentos: carnes, gelatina, salsichas, sorvete e doces. Após dieta, colher urina 24 horas.

Conservação para envio

Ate 7 dias entre 2o e 8oC.

Histona, auto-anticorpos anti

Comentários

As histonas são proteínas catiônicas associadas ao DNA genômico no núcleo das células eucariotas, constituindo a cromatina. Anticorpos anti-histonas podem apresentar dois tipos distintos de reatividade: 1- Alguns reagem com epítopos de histonas presentes somente na cromatina nativa; 2- Outros reagem com epítopos de histonas expostos somente nas histonas desnaturadas. O primeiro grupo de anticorpos, melhor denominados anti-cromatina, reconhecem um epítopo contendo DNA e histonas, e geralmente estão associados com lupus eritematoso sistêmico ou lupus induzido por drogas. O segundo grupo de anticorpos, melhor denominados anti-histonas, tem utilidade diagnóstica limitada, sendo encontrados em 96% no lúpus induzido por drogas, em 50% a 70% dos pacientes com LES, na artrite reumatóide em 20% dos casos, em 5-45% na esclerodermia, em 60-89% na cirrose biliar primária e 35% na hepatite auto-imune. Anticorpos anti-histonas são encontrados em pacientes assintomáticos em uso de drogas, enquanto anticorpos anti-cromatina são encontrados principalmente nos pacientes sintomáticos.

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência

Negativo

= 0,9

Indeterminado

1,0 a 1,4

Positivo

= 1,5

 

Condição

 

 

-0,2mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Histoplasma capsulatum, sorologia

Comentários

É útil para o diagnóstico indireto de histoplasmose pulmonar crônica e disseminada. É realizada a detecção de precipitinas contra os antígenos glicoprotéicos H e M. A banda H é encontrada em pacientes com histoplasmose ativa. A banda M, que surge mais precocemente e desaparece mais lentamente que a banda H, é encontrada em pacientes com histoplasmose aguda e crônica. Cerca de 70% dos pacientes com histoplasmose comprovada apresentam precipitina M, enquanto apenas 10% apresentam precipitinas H e M simultaneamente. A sorologia positiva deve ser confirmada com o isolamento do H. capsulatum.

Método

Imunodifusão radial dupla

Valor de referência

Negativo

Condição

0,3mL de soro.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

HIV, sorologia

Comentários

A infecção pelos vírus HIV 1 e 2 leva à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - SIDA. Testes de triagem como ELISA, ELFA e MEIA devem ser confirmados por ensaios mais específicos (Western Blot ou imunofluorescência). Falso-positivos podem ocorrer em testes imunoenzimáticos nos pacientes com anticorpos anti-HLA DR4, outras viroses, vacinados para influenza, hepatites alcoólicas, portadores de distúrbios imunológicos, neoplasias, multíparas e politransfundios. Filhos de mãe HIV positivo têm anticorpos maternos, não sendo pois a sorologia definitiva no diagnóstico. Os testes imunoenzimáticos têm sensibilidade e especificidade em torno de 98%. Indivíduos de alto risco, com um teste enzimático positivo, têm valor preditivo positivo de 99%. Assim, testes imunoenzimáticos positivos de forma isolada, não podem ser considerados como diagnóstico de infecção pelo HIV, sendo necessário a realização do Western Blot como teste confirmatório. Pacientes com fase avançada da doença podem não apresentar reatividade ao Western Blot. Cerca de 20% da população normal não infectada apresentam resultados indeterminados no Western Blot. Portaria nº 59 publicada em 28 de janeiro de 2003 (Ministério da Saúde) normatiza o diagnóstico sorológico da infecção pelo HIV em maiores de 2 anos de idade no Brasil.

HIV 1 e 2, PESQUISA

ELISA – ENZIMA IMUNOENSAIO

Pesquisa de anticorpos para os antígenos virais

HIV 1 ENV GP160, GAG P24 e PEPTIDEO ANT70 (SUBTIPO “O”)

HIV 2 ENV GP36

Condição

-0,2mL de soro ou plasma (citrato/heparina/EDTA).

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

MEIA – IMUNOENSAIO ENZIMÁTICO DE MICROPARTÍCULAS

Pesquisa de anticorpos para os antígenos virais

HIV 1 ENV GP41 e GAG P24

HIV 2 ENV GP36

Condição

-0,5mL de soro ou plasma (EDTA/citrato/oxalato de potássio).

-JO 8h.

Interferentes

As amostras de pacientes tratados com heparina podem coagular parcialmente e podem produzir resultados errôneos devido a presença de fibrina. Para prevenir este fenômeno, deve-se colher a amostra antes da terapia com heparina.

Conservação para envio

Até 14 dias entre 2o e 8oC.

ELFA DUO - ENZYME LINKED FLUORESCENT ASSAY

Método

ELFA - VIDAS DUO (Biomerrieux)

Pesquisa de anticorpos para os antígenos virais

HIV 1 ENV GP41 e GAG P24

HIV 2 ENV GP36

Antígeno viral pesquisa

HIV 1 GAG P24 (antígeno P24)

Condição

-0,5mL de soro (pode ser inativado - 56oC com 30 min) ou plasma (EDTA/oxalato/heparina/citrato).

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC

HIV-1 WESTERN BLOT - CONFIRMATÓRIO

Método

Western Blot

Condição

-0,6mL de soro.

-J.O. 8h.

 

Devido a possibilidade de contaminação da amostra, este exame não pode ser incluído após manipulação da amostra.

Conservação para envio

Até 24 horas entre 2o e 8oC.

HOMA - Índice de HOMA (Homeostasis Model Assessment): IR e Beta

Comentários

O índice de HOMA é um cálculo de execução simples, que se fundamenta nas dosagens da insulinemia e da glicemia, ambas de jejum, descrito em 1985 por David Matheus. Sua finalidade é determinar a resistência à insulina e a capacidade funcional das células beta pancreáticas, HOMA IR e HOMA BETA, respectivamente. Na literatura científica, percebe-se que falta um valor de corte estabelecido como referência para classificar os resultados dos pacientes, havendo variações de valores propostos por diferentes autores.

Disponibilizamos, a seguir, as fórmulas utilizadas para obtenção de tais índices:

HOMA BETA: 20 x insulina jejum (µU/mL) glicose jejum (mmol/L*) - 3,5

HOMA IR: insulina jejum (µU/mL) x glicose jejum (mmol/L*)

22,5

*Para conversão da glicose de mg/dL para mmol/L, multiplica-se o valor em mg/dL por 0,0555.

J Bras Patol Med Lab 2005;41:237-43

 

 

Homocisteína

Comentários

A homocisteína é um aminoácido formado no metabolismo da metionina. Sua remetilação à metionina é dependente da cobalamina, do ácido fólico e da riboflavina. A homocisteína em níveis elevados é um fator de risco independente e forte de aterosclerose (doença coronariana, carotídea, vascular periférica) e trombose. Valores elevados podem ser indicativos de deficiências de vitaminas B6, B12 (cobalamina), ácido fólico e riboflavina. Hiperomocisteinemia em grávidas está associada a defeitos do tubo neural. Valores elevados também podem ser encontrados no uso de ciclosporina, corticóides, fenitoína, metotrexato, trimetoprim, na insuficiência renal crônica, hipotireoidismo e em erros inatos do metabolismo (homocistinúria).

Veja também Triagem urinária mínima dos erros inatos do metabolismo.

Método

Cromatografia Líquida de Alta Performance – HPLC

Valor de referência

Menor de 15 anos menor ou igual a 10 micromol/L Entre 15 e 65 anos menor ou igual a 15 micromol/L Maior de 65 anos menor ou igual a 20 micromol/L

Condição

1,5mL de plasma (EDTA).

 

-Centrifugar rápido, no máximo 30 minutos após coleta.

-Não colher amostra com o paciente deitado.

-Não usar o garrote por muito tempo.

Conservação para envio

Até 14 dias entre 2o e 8oC.

Homocistina, pesquisa na urina

Comentários

Trata-se de um teste de triagem. Apresenta menor especificidade que a cromatografia de aminoácidos no diagnóstico da homocistinúria. Alguns dos pacientes com esta aminoacidopatia excretam quantidades pequenas de homocistina na urina, principalmente no período neonatal, sendo o teste negativo. Manifesta-se desde o nascimento com amplo espectro de anormalidades clínicas: miopia, retardo mental, osteoporose, deformidades esqueléticas, livedo reticular, rash malar e tendência à trombose arterial e venosa.

Veja também Triagem urinária mínima dos erros inatos do metabolismo

Método

Colorimétrico

Valor de referência

Negativo

Condição

-Urina (jato médio 1a urina da manhã - urina 12h ou 24h).

-Enviar rapidamente ao laboratório.

 

Enviar 30mL de urina.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Hormônio do crescimento - GH

Comentários

A secreção do GH é pulsátil, ocorrendo cerca de oito picos diários em jovens. Nos adultos, estes picos são raros. Pode ocorrer liberação de GH em condições fisiológicas após stress, exercício físico e sono (estágios III e IV). Níveis baixos ou indetectáveis não são úteis para o diagnóstico da baixa estatura, bem como valores moderadamente elevados não confirmam o diagnóstico de acromegalia. A secreção de GH não é uniforme durante o dia, e as variações são tão imprevisíveis que um valor sérico randômico pode estar dentro do valor de referência em pacientes com acromegalia ou gigantismo. Para os quadros de Deficiência do GH, as determinações basais são também de pouca ou nenhuma utilidade. Deve-se recorrer aos testes funcionais para o estudo de sua secreção.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

Homem: menor que 0,97 ng/mL Mulher: menor que 3,61 ng/mL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.O. 8h ou C.O.M.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

Hormônio folículo-estimulante - FSH

Comentários

O FSH estimula os folículos ovarianos na mulher e a espermatogênese no homem. É secretado pela hipófise, de maneira pulsátil, menos evidente que o LH. O FSH encontra-se em nível relativamente elevado no primeiro ano de vida, decrescendo a níveis muito baixos durante a infância e elevando-se na puberdade até níveis de adulto. O FSH eleva-se nas deficiências ovarianas ou testiculares, nos quadros de tumores secretores de gonadotropinas, alcoolismo e menopausa. Encontram-se valores inadequadamente baixos em doenças hipofisárias ou hipotalâmicas e na produção ectópica de hormônios esteróides. Eleva-se, precocemente, na instalação da menopausa. Na Síndrome dos Ovários Policísticos é valorizada sua relação com o LH, na qual os valores de LH se elevam. É dosado, principalmente, por mulheres submetidas a fertilização in vitro e crianças avaliadas para puberdade precoce.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

Mulher: Fase folicular: 3,85 a 8,78 mUI/mL Fase ovulatória: 4,54 a 22,5 mUI/mL Fase luteínica: 1,79 a 5,12 mUI/mL

Pós-menopausa: 16,74 a 113,59 mUI/mL Homem: 1,27 a 19,26 mUI/mL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Para mulher, questionar:

-regularidade menstrual (duração do ciclo), se irregular há quanto tempo se tornou irregular e se é necessário uso de medicamentos para que ocorra a menstruação; data da última menstruação;

-gravidez, idade gestacional;

-uso atual ou prévio de anticoncepcional ou outros hormônios, e tempo de interrupção se uso prévio;

Para criança, questionar:

-atraso de desenvolvimento puberal;

-atraso do crescimento;

-desenvolvimento puberal precoce, menstruação (se feminino).

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Hormônio luteinizante - LH

Comentários

O LH é o hormônio estimulador das células intersticiais nos ovários e nos testículos. No sexo feminino, seu grande aumento no meio do ciclo induz à ovulação. Se for dosado de maneira seriada, pode determinar a data da ovulação. É secretado de maneira pulsátil, o que parece ser fundamental para a sua ação. A interpretação de uma única medida pode ser de limitado auxíllio clínico. Níveis aumentados de LH com FSH normal ou baixo podem ocorrer com obesidade, hipertireoidismo e doença hepática. Eleva-se nas patologias primariamente gonadais, mostrando-se em níveis baixos nos hipogonadismos de origem hipofisária e hipotalâmica. Na Síndrome dos Ovários Policísticos pode encontrar-se em valores acima do normal, valorizando-se a relação LH/FSH maior que dois. Eleva-se na menopausa mais tardiamente que o FSH. Realizamos a dosagem de LH (rápido) por outra metodologia para casos de fertilização in vitro.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

Pré-puberes: menor que 0,53 mUI/mL Adultos:

Mulher: Fase folicular: 2,12 a 10,89 mUI/mL Fase ovulatória: 19,18 a 103,03 mUI/mL Fase luteínica: 1,20 a 12,86 mUI/mL Pós-prandial: 10,87 a 58,64 mUI/mL

Homem: 1,24 a 8,62 mUI/mL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Para mulher, questionar:

-regularidade menstrual (duração do ciclo), se irregular há quanto tempo se tornou irregular e se é necessário uso de medicamentos para que ocorra a menstruação; data da última menstruação;

-gravidez, idade gestacional;

-uso atual ou prévio de anticoncepcional ou outros hormônios, e tempo de interrupção se uso prévio;

Para criança, questionar:

-atraso de desenvolvimento puberal;

-atraso do crescimento;

-desenvolvimento puberal precoce, menstruação (se feminino).

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

HTLV I e II, sorologia

Comentários

O vírus HTLV está associado a leucemias e desordem neurológica crônica (paralisia espástica tropical). Sua triagem em bancos de sangue é obrigatória devido sua transmissão parenteral. Cerca de 20% dos infectados desenvolvem quadros neurológicos ou leucemia após 20 anos de infecção. Métodos imunoenzimáticos são utilizados como testes de triagem. Falso-positivos podem decorrer de anticorpos anti-HLA e sucessivos congelamentos e descongelamentos das amostras. A confirmação diagnóstica deve ser realizada com o PCR para HTLV.

Método - sangue

Imunoensaio enzimático

Condição

-0,3mL de soro ou plasma (heparina, citrato ou EDTA).

-JO 8h.

Método - líquor

Aglutinação

Condição

0,3mL de liquor.

A pesquisa de anticorpos no líquor, deve ser realizado em paralelo com o soro, devido a possibilidade de contaminação do material durante a punção.

Valor de referência

Negativo

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

IA2, anti

Comentários

O diabetes mellitus tipo 1 é caracterizado pela infiltração linfocítica das ilhotas pancreáticas e auto-anticorpos contra uma variedade de antígenos das células beta pancreáticas. IA2 é expressa em células endócrinas secretoras de peptídeos e neurônios contendo grânulos secretores. Anticorpos anti IA-2 são encontrados em 48% a 80% dos pacientes com diagnóstico recente de diabetes mellitus tipo 1 (ou em pré-diabéticos). São encontrados em 2% dos parentes de primeiro grau dos pacientes diabéticos tipo 1 e correlaciona-se com rápida progressão da doença. O risco total para os parentes de diabéticos com anti-IA2 positivo desenvolverem diabetes é de 40% a 80% em cinco anos.

Método

Radioimunoensaio

Condição

-0,2mL de soro.

-J.D. 4h.

Valor de referência

Inferior a 0,5U/mL

Conservação para envio

Congelado

IgE

Comentários

A imunoglobulina E possui meia-vida biológica de um a cinco dias, circulando no sangue como um monômero. Os níveis médios de IgE aumentam progressivamente em crianças saudáveis até a faixa etária de 10 a 15 anos e declinam aos níveis anteriores após a oitava década de vida. A produção IgE a um determinado antígeno é dependente do grau e da freqüencia da exposição. Os testes sangüíneos de alergia são a IgE total e IgE específico para alérgenos isolados ou em conjunto (múltiplos). São úteis para complementar o diagnóstico clínico de alergia.

IgE total: em crianças com até três anos de idade é bom indicador da presença de alergia. Após esta idade IgE total pode elevar-se devido a parasitoses intestinais e contatos mais intensos com outros alérgenos, não tendo valor diagnóstico. Também eleva-se em outras condições: imunodeficiências (ex.: síndrome de Wiskott-Aldrich, síndrome de DiGeorge´s, síndrome de Nezelof), síndrome “Hiper-IgE” e na aspergilose broncopulmonar. A mensuração de IgE total sérica, de forma isolada, apresenta valor limitado como método de triagem de doenças alergológicas pois muitos pacientes com níveis elevados de IgE específico apresentam níveis de IgE total dentro da normalidade.

IgE específicos e múltiplos: usado no diagnóstico de alergias respiratórias, cutâneas, a alimentos, picada de insetos, ácaros, pólen, pó domiciliar e na hipersensibilidade a drogas. Não há a interferência de anti-histamínicos. Podem ser realizados IgE múltiplos para vários alérgenos de forma conjunta. O sistema immunoCap (fluoroimunoensaio) apresenta maior sensibilidade analítica, utilizando padrões de IgE da Organização Mundial de Saúde (DMS), o que lhe confere maior reprodutibilidade. Até 15% de indivíduos saudáveis, não atópicos, podem apresentar resultados de IgE específicos positivos. O grau de positividade do IgE múltiplo não pode ser comparado com os resultados de um teste IgE específico isolado, e não deve ser interpretado como cumulativo do grau de

positividade de cada um dos IgE específicos.

Método

Fluoroimunoensaio - ImmunoCAP

IgE ESPECÍFICO para

 

 

Abelha, Veneno (I1)

Cenoura (F31)

Morango (F44)

Acarius Siro (D70)

Cladosporium herbarum (M2)

Noz brasileria (F18)

Alfa lactoalbuminas (F76)

Clara de ovo (F1)

Ovo (F245)

Alho (F47)

Côco (F36)

Ovoalbumina (F232)

Alternaria Alternata (M6)

Dermatophagoides farinae (D2)

Peixe (F3)

Amendoim (F13)

Dermatophagoides microcera (D3)

Pêlo de cão (E5)

Ampicilina (C5)

Dermatophagoides pteronyssinus (D1)

Pêlo de cavalo (E3)

Amoxicilina (C6)

Feijão branco (F15)

Pêlo de gato (E1)

Ananas (abacaxi) (F210)

Folha de tabaco (RO201)

Penas de galinha (E85)

Arroz (F9)

Formiga (I70)

Pena de ganso (E70)

Aspergillus fumigatus (M3)

Gema de ovo (F75)

Pena de pato (E86)

Aveia (F7)

Glúten (F79)

Penas de peru (E89)

Atum (F40)

Grão de soja (F14)

Penicilina G (C1)

Banana (F92)

Helminthosporium holodes (M8)

Penicilina V (C2)

Barata (I6)

Hollister Stier H2 (H2)

Penicillium notatum (M1)

Batata (F35)

Lagosta (RF 304)

Pernilongo (I71)

Beta lactoglobulina (F77)

Laranja (F33)

Polvo (F59)

Blomia Tropicallis (RD201)

Latex (K82)

Rhizopus Nigricans (M11)

Cacau (F93)

Leite (F2)

Salmão (F41)

Camarão (F24)

Leite de cabra (RF300)

Seda brava (K73)

Candida albicians (M5)

Limão (F208)

Seda cultivada (K47)

Caranguejo (F23)

Lula (F58)

Semente de algodão (k83)

Carne de galinha (F83)

Maça (F49)

Queijo – Tipo Cheddar (F81)

Carne de porco (F26)

Manga (F91)

Tomate (F25)

Carne de vaca (F27)

Marimbondo, Veneno (I4)

Trigo (F4)

Caseína (F78)

Mel (F247)

Uva (F259)

Castanha (F299)

Mexilhão azul (F37)

Vagem (RF315)

Cebola (F48)

Milho (F8)

Vespa, Veneno (I3)

OBS: Outros alergenos sob consulta.

 

 

IgE MÚLTIPLO para

Phadiatop alérgenos inalantes (pêlos, grama, pó, ácaro, fungos)

Phadiatop inalantes e alimentares (inalantes + clara de ovo, leite de vaca, trigo, amendoim, soja) Ex1:epitélios, partículas e pêlos (gato, cavalo, boi e cachorro)

Ex71 Penas: frango, ganso, pato, peru

Ex72 Penas: periquito, canário, papagaio, tentilhão Fx1: amendoim, avelã, noz brasileira, amêndoa, côco Fx2: peixe, camarão, mexilhão, atum, salmão

Fx3: cereais (trigo, aveia, milho, gergelim) Fx5: clara de ovo, leite, trigo, amendoim, soja

Fx10: carne de porco, carne de vaca, carne de frango, gema de ovo Fx73: frango, porco, vitela

Gx1: Dactylis glomerata, Festuca elatior, Lolium perenne, Phleum pratense e Poá pratense

Gx2: pólen de gramíneas (grama de bermuda, grama de centeio, capim rabo-de-rato, grama de campina, grama de Johnson, grama de Bahia)

Gx3: Anthoxantrum odoratum (grama de cheiro), Lolium perenne (azevem), Secale cereale (centeio), Phleum pratense (capim rabo-de-gato, grama tipo Timóteo), Holcus lanatus (feno branco)

Hx2:poeira caseira, Dermatophagoides pteronyssinus, Dermatophagoides farinae e Blatella germânica

Mx1: Penicillium notatum, Cladosporium herbarum (hormodendrum), Aspergillus fumigatus e Alternaria alternata

(tenuis)

Mx2: Penicillium notatum, Cladosporium herbarum (hormodendrum), Aspergillus fumigatus, Cândida albicans, Alternaria alternata, Helminthosporium halodes.

Valor de referência

Classe 0: < 0,35kU/L Classe 1: 0,35 a 0,70kU/L Classe 2: 0,70 a 3,50kU/L Classe 3: 3,50 a 17,50kU/L Classe 4: 17,50 a 50,00kU/L Classe 5: 50,00 a 100kU/L Classe 6: > 100kU/L

Interpretação

Classe 0 = negativo Classe 1 a 6 = reagente

Condição

0,5mL de soro para IgE isolado e 0,2mL para cada IgE adicional.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8o C ou congelar a - 4oC.

IgE TOTAL

Método

Fluoroimunoensaio - Immunocap

Valor de referência

Recém-nascido

até

2,3 kU/L

1 a 11 meses

até

 

8,6 kU/L

1 a

3 anos

até

24,0 kU/L

4 a

6 anos

até

30,0 kU/L

7 a 10 anos

até 116,0 kU/L

> de 10 anos

até 140,0 kU/L

Condição

 

 

 

0,5mL de soro.

 

 

 

 

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