Informações

Dicas

MANUAL DE EXAMES - PATOLOGIA CLÍNICA (Parte 12)

Tempo de sangria

Comentários

É o tempo necessário para a hemostasia de um ferimento pequeno, padronizado, feito na superfície volar do antebraço. É um método utilizado para avaliar as alterações vasculares e principalmente as alterações quantitativas e qualitativas das plaquetas. Tempo de sangria prolongado ocorre em situações de alterações vasculares, plaquetopenias primárias ou secundárias com número de plaquetas inferior a 50.000/mm3, defeitos qualitativos hereditários e adquiridos das plaquetas e pelo uso de inibidores da função plaquetária.

MÉTODO DE DUKE

Valor de referência

1 a 3 minutos

Informações necessárias

-Informar medicamentos em uso.

-Cliente deve comparecer em uma das unidades.

MÉTODO DE IVY

Valor de referência

Crianças 2 a 7 minutos

Adultos 3 a 9 minutos

Informações necessárias

-Informar medicamentos em uso.

-Cliente deve comparecer em uma das unidades.

Tempo de trombina

Comentários

Mede o tempo de coagulação após adição de trombina ao plasma. Avalia a última etapa da cascata da coagulação, que é a conversão do fibrinogênio em fibrina. Anormalidades que afetam essa etapa da coagulação incluem alterações quantitativas e qualitativas do fibrinogênio, aumento da atividade fibrinolítica causando variações nos Produtos de Degradação da Fibrina (PDF) e interferências na polimerização do fibrinogênio. O tempo de trombina também é muito sensível à heparina e a outras antitrombinas circulantes.

Método

Coagulométrico automatizado

Valor de referência

14 a 21 segundos

Condição

-1,0mL de plasma em citrato.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar se cliente está ou esteve recentemente em uso de anticoagulante (Clexane®, heparina, Hirudoid®, Liquemine®, Marcoumar®, Marevan® etc) e qual a dosagem. Informar história de sangramentos importantes anteriores, doenças de coagulação na família e testes de coagulação alterados previamente.

 

Enviar no máximo até 2 horas após a coleta do material.

Conservação para envio

Até 6 horas em temperatura ambiente.

 

 

Tempo de tromboplastina parcial ativado

Comentários

O Tempo de Tromboplastina Parcial ativado (PTTa) mede o tempo de coagulação a partir da ativação do fator XII até a formação do coágulo de fibrina, avaliando as vias intrínseca e comum da coagulação. É indicado nos casos onde há tendência à hemorragia, antes de intervenções cirúrgicas e no controle de terapêutica anticoagulante pela heparina. As causas mais comuns de PTTa prolongado são: coagulação intravascular disseminada, doença hepática, anticoagulantes circulantes, terapia com heparina, hemofilias A e B, uso de anticoagulantes orais, deficiência de vitamina K e hipofibrinogenemia. Quando somente o PTTa está prolongado, há deficiência nas etapas iniciais da via intrínseca: fatores XII, XI, IX ou VIII. Quando o PTTa está prolongado juntamente com o TP há defeito na via comum da coagulação (fatores X, V e II e fibrinogênio) ou estão presentes inibidores como a heparina.

Método

Coagulométrico

Valor de referência

Até 10 segundos acima do plasma controle.

Condição

-1,0mL de plasma em citrato.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar se cliente está ou esteve recentemente em uso de anticoagulante (Clexane®, heparina, Hirudoid®, Liquemine®, Marcoumar®, Marevan® etc) e qual a dosagem. Informar história de sangramentos importantes anteriores, doenças de coagulação na família e testes de coagulação alterados previamente.

 

Enviar no máximo até 2 horas após a coleta do material.

Conservação para envio

Até 4 horas em temperatura ambiente.

Teste desnaturação ao calor

Comentários

Teste baseado nas propriedades termolábeis das hemoglobinas instáveis. Indicado na avaliação e diagnóstico de hemoglobinopatias, no qual há uma precipitação das hemoglobinas variantes quando são expostas a temperaturas elevadas. Em sangue de pacientes com hemoglobinas normais, a precipitação não existe ou ocorre em grau discreto.

Método

Exposição de hemoglobina a 50/60oC

Valor de referência

Negativo

Condição

3,0mL de sangue total (EDTA ou heparina).

Conservação para envio

Até 24 horas em temperatura ambiente. Até 72 horas entre 2o e 8oC.

 

 

Teste de esterilização de bacilos esporulados

Comentários

No consultório odontológico, um grande número de instrumentais, quando contaminados com sangue e/ou saliva, devem ser obrigatoriamente esterilizados. O teste de esterilização é uma forma de verificar se está ocorrendo esterilização física adequada para estufas e autoclaves.

Método

Incubação em temperatura adequada.

Valor de referência

Esterilização eficaz.

Condição

Ampola submetida à autoclave ou estufas de esterilização. Não fornecemos a ampola esporulada.

Testosterona

Comentários

A testosterona é o andrógeno mais abundante secretado pelas células de Leydig. É tanto um hormônio quanto um pró-hormônio que pode ser convertido em outro potente androgênio (diidrotestosterona) e hormônio estrogênio (estradiol). A conversão em DHT ocorre em tecidos contendo a 5-alfa-redutase, enquanto a conversão em estradiol ocorre em tecidos contendo a aromatase. A secreção da testosterona é primariamente dependente da estimulação das células Leydig pelo LH que, por sua vez, depende da estimulação da hipófise pelo hormônio hipotalâmico liberador de gonadotropina (GnRH). A testosterona faz parte do mecanismo clássico de feedback do LH sérico. Testosterona tem uma variação diurna com picos séricos máximos entre 4-8 horas e mínimos entre 16-20 horas. A testosterona circula no plasma ligada à SHBG (65%) e albumina (30% a 32%). Aproximadamente 1% a 4% da testosterona no plasma está livre. Encontra-se aumentada na puberdade precoce (masculina), resistência androgênica, testotoxicose, hiperplasia adrenal congênita, Síndrome dos Ovários Policísticos, tumores ovarianos, tumores adrenais. Sua concentração pode estar reduzida no atraso puberal (masculino), deficiência de gonadotropina, defeitos testiculares e doenças sistêmicas.

Método

Quimioluminiscência.

Valor de referência

Adultos: Homens: 1,75 a 7,81nanog/mL Mulheres: 0,10 a 0,75nanog/mL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso (inclusive pomadas e cremes), dia e hora da última dose. Se mulher, informar uso de anticoncepcional.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Testosterona livre

Comentários

A testosterona é o andrógeno mais abundante secretado pelas células de Leydig. É tanto um hormônio quanto um pró-hormônio que pode ser convertido em outro potente androgênio (diidrotestosterona) e hormônio estrogênio (estradiol). A conversão em DHT ocorre em tecidos contendo a 5-alfa-redutase, enquanto a conversão em estradiol ocorre em tecidos contendo a aromatase. A secreção da testosterona é primariamente dependente da estimulação das células Leydig pelo LH que, por sua vez, depende da estimulação da hipófise pelo hormônio hipotalâmico liberador de gonadotropina (GnRH). A testosterona faz parte do mecanismo clássico de feedback do LH sérico. Testosterona tem uma variação diurna com picos séricos máximos entre 4-8 horas e mínimos entre 16-20 horas. A testosterona circula no plasma ligada à SHBG (65%) e albumina (30% a 32%). Aproximadamente 1% a 4% da testosterona no plasma está livre. Encontra-se aumentada na puberdade precoce (masculina), resistência androgênica, testotoxicose, hiperplasia adrenal congênita, Síndrome dos Ovários Policísticos, tumores ovarianos, tumores adrenais. Sua concentração pode estar reduzida no atraso puberal (masculino), deficiência de gonadotropina, defeitos testiculares e doenças sistêmicas.

Método

Radioimunoensaio

 

Valor de referência

 

Mulher -

 

 

Fase folicular

0,4 a

3,6 pg/mL

Fase luteínica

0,5 a

3,8 pg/mL

Uso de contraceptivo

0,3 a 2,9 pg/mL

Menopausa

0,3 a

2,5 pg/mL

Homem -

 

 

6 a 10 anos

0,2 a

5,5 pg/mL

11 a 14 anos

0,3 a

25,0 pg/mL

15 a 39 anos

12 a

55 pg/mL

40 a 59 anos

11 a

50 pg/mL

> 60 anos

10 a

30 pg/mL

Condição

 

 

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso (inclusive pomadas e cremes), dia e hora da última dose. Se mulher, informar uso de anticoncepcional.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

Tireoglobulina - TG

Comentários

A Tireoglobulina é uma glicoproteína produzida pelas células tireoidianas sendo o maior componente do colóide intrafolicular da glândula tireóide. Seus níveis séricos variam com o estado funcional da tireóide, estando elevados nos processos inflamatórios tireoidianos (tireoidites), carcinomas da tireóide (papilífero, folicular e misto), hipertireoidismo ou após palpação vigorosa da glândula. Há também um aumento dos níveis séricos com o estímulo do TRH ou TSH. A administração de hormônio tireoidiano diminui os níveis de tireoglobulina circulantes. Sua avaliação é útil após cirurgia de câncer da tireóide, como marcador da recorrência ou persistência do mesmo após a tireoidectomia total. A presença de anticorpos anti-tireoglobulina no soro pode afetar as determinações da tireoglobulina, causando, no nosso ensaio, a redução dos níveis verdadeiros. Na presença de anticorpos, a ausência de níveis de tireoglobulina mensuráveis não exclui a possibilidade de ter ocorrido uma recidiva.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

1,15 a 35,00 ng/mL

Condição

-1,0mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar se já realizou cirurgia da tireóide e há quanto tempo.

Informar medicamentos em uso e, se mulher, informar se está grávida ou se usa anticoncepcional. Informar se já realizou esse exame no Laboratório Echo de Análises Clínicas Ltda e quando.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

Tireoglobulina, anticorpos anti

Comentários

Imunoglobulinas circulantes dirigidas contra a tireoglobulina estão presentes em pacientes com tireoidite de Hashimoto e, em uma menor extensão, na Doença de Graves. Anticorpos anti-Tg podem ser detectados em indivíduos sem doença tireoidiana clinicamente significativa. Eles não definem o status da função tireoidiana. Anticorpos anti-Tg interferem com a mensuração da tireoglobulina pelos imunoensaios. Conseqüentemente, o soro a ser estudado para tireoglobulina deve ser rastreado para a presença de anticorpos antitireoglobulina.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

< 40UI/mL

Condição

-0,6mL de soro.

-J.D. 4 horas.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso e, se mulher, informar se está grávida ou se usa anticoncepcional.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

Tireoglobulina em aspirado cervical

Comentários

A tireoglobulina é uma glicoproteína produzida apenas pela glândula tireóide. O principal uso clínico da dosagem da tireoglobulina é a monitorização do sucesso terapêutico de pacientes com carcinoma diferenciado de tireóide. A dosagem de tireoglobulina em aspirado de linfonodo cervical pode ser uma técnica útil na identificação de metástase de câncer de tiróide, em conjunto ao exame citopatológico, particularmente em pacientes que não apresentaram captação do radioiodo à cintilografia, mas com tireoglobulina sérica elevada.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

Não temos disponível valor de referência para a Tireoglobulina nesse tipo de material.

Condição

Aspirado de LESÃO CERVICAL (procedimento médico). Volume mínimo: 1,0mL

Após a punção da massa cervical (linfonodo, nódulo ou outros) lavar a agulha com 1mL de solução salina (soro fisiológico).

Entregar o material o mais rápido possível no laboratório (distribuição).

Informações necessárias

Informar se já realizou cirurgia de tireóide e há quanto tempo.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Tirosina, pesquisa na urina

Comentários

Os distúrbios do metabolismo da tirosina devem-se a anormalidades hereditárias ou adquiridas. Na tirosinemia, anormalidade hereditária, as enzimas metabólicas da tirosina não são produzidas levando a evoluções graves geralmente fatais com envolvimento hepático, renal e com aminoacidúria generalizada. As anomalias adquiridas podem evoluir de forma transitória, como nos prematuros, sendo causada pela imaturidade das funções hepáticas e raramente causam lesão permanente.

Veja também Triagem urinária mínima dos erros inatos do metabolismo.

Método

Colorimétrico

Valor de referência

Negativo

Condição

-30mL de urina recente (jato médio da 1a urina da manhã).

-Enviar rapidamente ao laboratório.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

Toxocara, anticorpos IgG anti

Comentários

O Toxocara canis é um nematódeo com ciclo semelhante ao Ascaris lumbricoides. Apresenta incidência de 3,6% no Brasil, e sua infecção pode ser assintomática ou manifestar-se com forma visceral (larva migrans visceral) ou forma ocular. A forma visceral acomete principalmente crianças manifestando-se com febre, hepatomegalia, eosinofilia, hipergamaglobulinemia. Na forma ocular há diminuição da acuidade visual, dor ocular e estrabismo, com exame fundoscópico podendo evidenciar uveíte, endoftalmite e catarata, sendo diagnóstico diferencial de retinoblastoma. Muitos pacientes com formas oculares podem apresentar títulos baixos ou ausentes na sorologia. A sorologia apresenta sensibilidade de 78% para formas viscerais e 73% para a forma ocular. Deve-se ressaltar a que presença de anticorpos detectáveis não significa necessariamente infecção ativa. Reações falso-positivas podem ocorrer em indivíduos com ascaridíase, esquistossomose e filariose.

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,3mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Toxoplasmose, anticorpos IgM, IgA, IgG e IgG avidez

Comentários

A sorologia para toxoplasmose é o método mais utilizado no diagnóstico, entretanto, não existe nenhum teste, que de forma única, suporte ou afaste o diagnóstico de infecção recente ou tardia. Assim, a análise do resultado deve ser cautelosa:

Interpretação dos anticorpos na toxoplasmose

Anticorpos

Evolução

IgG

Surgem em 1 a 2 semanas; pico em 1 a 2 meses; caem variavelmente, podendo persistir por toda

 

vida. Valores elevados com IgM negativo não significam maior probabilidade de infecção recente.

 

Surgem em 5 dias, diminuindo em poucas semanas ou meses. Podem persistir por até 18 meses, não

IgM

significando necessariamente infecção recente. Um resultado de IgM negativo ou positivo na gravidez

 

não diagnostica ou afasta infecção aguda, sendo necessário complementação diagnóstica.

 

Não ultrapassa a placenta, sendo útil no diagnóstico da infecção congênita em recém-nascido.

IgA

Detectados em infecções agudas e na doença congênita. Podem persistir por meses, até mais de 1

 

ano. Maior sensibilidade que IgM na infecção congênita.

Teste de hemaglutinação: útil para indicar prevalência, mas não para o diagnóstico de infecção neonatal ou quadro recente em gestante, devido a possibilidade de falso-positivos e ao fato de não diferenciar entre IgM e IgG. Detecta anticorpos mais tardiamente que a imunofluorescência e que os testes imunoenzimáticos.

Teste de imunofluorescência indireta (IFI) IgM: detecta IgM nas primeiras semanas, desaparecendo em meses. Títulos baixos podem persistir por mais de um ano em 20% dos casos. Falso-positivos para fator reumatóide e fator anti-nuclear podem ocorrer. Devido a possibilidade de resultados falso-positivos (7%) é aconselhável a repetição da sorologia em 3 semanas e a sua confirmação com um outro método mais específico, como ELFA.

Teste de imunofluorescência indireta (IFI) IgG: título começa a subir entre 4 e 7 dias após IgM. Pico em 8 semanas e início de queda no sexto mês, sendo que títulos baixos podem persistir por anos. Podem ocorrer falso-

positivos para fator anti-nuclear e falso-negativos para títulos baixos de IgG.

Imunoensaio enzimático IgA:. detectada na infecção recente, permanecendo elevada por no mínimo 26 semanas. Não atravessa a placenta e não é absorvida pelo leite materno, tendo, pois, utilidade no diagnóstico de toxoplasmose congênita. Apresenta sensibilidade de 83,3% e especificidade de 94% em crianças com toxoplasmose congênita durante os doze primeiros meses de vida. No primeiro mês de vida, a combinação de IgA e IgM melhora o desempenho dos ensaios em relação aos mesmos de forma isolada.

Quimioluminescência IgM: trata-se de método totalmente automatizado, preciso, rápido e de alta reprodutibilidade. Apresenta especificidade de 98% e sensibilidade de 95%. Por tratar-se de método sensível pode permanecer detectável até dois anos após a infecção aguda, um único resultado positivo não pode ser considerado patognomônico de toxoplasmose recente. Orienta-se que resultados positivos devam ser confirmados por uma forma alternativa de ensaio, como ELFA, e coleta de nova amostra após 3 semanas.

Quimioluminescência IgG: esse método apresenta alta especificidade e sensibilidade. Independente do nível de anticorpos, não pode predizer se a infecção é recente ou tardia. Alto índice de positividade na população brasileira adulta.

Enzyme Linked Fluorescent Assay (ELFA) IgM - captura: método automatizado, de grande reprodutibilidade, que elimina as interferências do fator reumatóide. Devido a sua alta sensibilidade, pode detectar níveis baixos de anticorpos por longos períodos após fase aguda (18 meses). Útil para confirmação de IgM positivos em outros ensaios. Apresenta sensibilidade de 100% e especificidade de 98,6%. Em pacientes imunocomprometidos resultado negativo desse teste não exclui o diagnóstico de toxoplasmose.

Enzyme Linked Fluorescent Assay (ELFA) IgG: títulos altos não predizem, de forma isolada, infecção recente. Apresenta sensibilidade de 98,1% e especificidade próxima a 100%.

Teste de avidez IgG: na fase aguda anticorpos IgG ligam-se fracamente ao antígeno (baixa avidez). Na fase crônica (> 4 meses) tem-se elevada avidez. É indicado para mulheres grávidas, principalmente no primeiro trimestre, que apresentam IgG e IgM positivos. A detecção de anticorpos de alta avidez em pacientes com IgM positivo indica infecção adquirida há mais de 4 meses. Tratamento anti-parasitário pode manter a baixa avidez por mais de 4 meses. Estudo em amostra brasileira evidenciou ser o teste de IgG avidez o melhor marcador de infecção aguda em pacientes com IgM positivo.

Informações necessárias

Gravidez, se teve contato com algum animal doméstico (gato, papagaio), se este exame já foi realizado anteriormente.

Veja também PCR para Toxoplasmose.

HEMOAGLUTINAÇÃO INDIRETA

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,3mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA IgG e IgM

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,5mL de soro para cada - líquor.

-JO 8h.

Obs: O teste imunológico no líquor deve ser realizado em paralelo com o soro, devido a possibilidade de contaminação do material durante a punção.

Conservação para envio

Até 72 horas entre 2o e 8oC.

QUIMIOLUMINESCÊNCIA IgG

Valor de referência

 

 

 

negativo

< 7,2UI/mL

indeterminado

7,2 a 8,8UI/mL

reagente

> 8,8UI/mL

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

QUIMIOLUMINESCÊNCIA IgM

Valor de referência

negativo

< 10AU/mL

indeterminado

de 10 a 20AU/mL

reagente

> 20AU/mL

Condição

 

 

-0,5mL de soro ou plasma (EDTA/citrato/heparina).

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

IMUNOENSAIO ENZIMÁTICO IgA

Valor de referência

Negativo: menor que 4,5UA/mL

Indeterminado: 4,5 a 5,0UA/mL

Positivo: maior que 5,0UA/mL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 15 dias entre 0o e - 10oC.

ELFA - ENZYME LINKED FLUORESCENT ASSAY - IgG e IgM

Valor de referência - IgG

< que 4 UI/mL

negativo

= 4 a < 8 UI/mL

indeterminado

= 8 UI/mL

reagente

Valor de referência - IgM

< que 0,55

negativo

= 0,55 e < 0,65

indeterminado

= que 0,65

reagente

Condição

 

-0,5mL de soro para cada.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

TESTE DE AVIDEZ IgG

Método

Quimioluminiscência

Valor de referência

Baixa avidez: inferior a 0,30 sugere infecção ocorrida há menos de 3 meses Inconclusivo: entre 0,30 e 0,35 não permite definir o período da infecção

Alta Avidez: superior a 0,35 sugere que a infecção tenha ocorrido há mais de 4 meses

Condição

-1,0mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

TPO - Microssomal, anticorpos anti

Comentários

A peroxidase tireoidiana (TPO), uma enzima que catalisa as etapas de iodinação e acoplamento da biossíntese do hormônio tireoidiano, é agora conhecida como o principal antígeno microssomal. O principal uso deste exame é a confirmação do diagnóstico de doença auto-imune da tireóide. O anticorpo anti-TPO tem sido utilizado no lugar da determinação do anticorpo antimicrossomal. Anticorpos anti-TPO podem ser detectados em pessoas sem doença tireoidiana significativa. Eles não definem o status funcional tireoidiano do paciente.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

< 35UI/mL

Condição

-0,6mL de soro.

-J.D. 4h.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

 

 

TRAb - Anticorpo inibidor da ligação de TSH endógeno

Comentários

O TRAb é um anticorpo anti-receptor de TSH e a sua presença em concentrações significativas no soro indica doença auto-imune em atividade. É útil no diagnóstico de hipertireoidismo e na avaliação de recidiva da Doença de Graves, uma vez que seus níveis diminuem com o uso de drogas antitireoidianas. Assim, a ausência de TRAb após o tratamento para hipertireoidismo, diminui a tendência de recidiva da doença. Esses anticorpos podem estar presentes, também, em alguns casos de tireoidite de Hashimoto, tireoidite subaguda, tireoidite silenciosa, e em recém-nascido de mãe portadora de Doença de Graves, devido à transferência feto-placentária destes anticorpos.

Método

Radioimunoensaio (Radioreceptor)

Valor de referência

Inibição > 10% é considerado positivo

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso ou usados recentemente, inclusive fórmulas para emagrecer. Se mulher, informar se está grávida ou se usa anticoncepcional.

Conservação para envio

Congelado.

Transaminase oxalacética - TGO

Comentários

Utilizado juntamente com a TGP nas doenças hepáticas e musculares. A TGO (AST) é também encontrada no músculo esquelético, rins, cérebro, pulmões, pâncreas, baço e leucócitos. Valores elevados ocorrem na ingestão alcoólica, cirrose, deficiência de piridoxina, hepatites virais, hemocromatoses, colescistite, colestase, anemias hemolíticas, hipotireoidismo, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças musculoesqueléticas, nas esteatoses e hepatites não alcoólicas. Na hepatite alcoólica os valores de TGO são, em geral, inferiores a 250 U/L, sendo, entretanto, superiores às elevações da TGP. Várias drogas e hemólise da amostra podem causar aumento espúrio da TGO.

Método

Enzimático

Valor de referência

Homem

15 a 40U/L

Mulher

13 a 35U/L

Condição

 

0,8mL de soro.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Transaminase pirúvica - TGP

Comentários

A transaminase TGP localiza-se principalmente no fígado. A TGP é mais sensível que a TGO na detecção de injúria do hepatócito. Valores elevados são encontrados no etilismo, hepatites virais, hepatites não alcoólicas, cirrose, colestase, hemocromatose, anemias hemolíticas, hipotireoidismo, infarto agudo do miocárdio, insuficiência cardíaca, doenças musculoesqueléticas, Doença de Wilson e na deficiência de alfa-1-tripsina. Os níveis de TGP são superiores à TGO nas hepatites e esteatoses não alcoólicas. Várias drogas e hemólise da amostra podem causar

aumento espúrio da TGO.

Método

 

Enzimático

 

Valor de referência

Homem

10 a 40U/L

Mulher

7 a 35U/L

Condição

 

0,8mL de soro.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

 

Transglutaminase tecidual, anticorpos IgA - anti-tTG

Comentários

Teste útil para diagnóstico e monitorização do tratamento da Doença Celíaca (DC) e da Dermatite Herpetiforme. A transglutaminase tecidual é o auto-antígeno detectado pelos anticorpos anti-endomísio. Anticorpos anti-tTG apresentam sensibilidade (95% a 98%) superior aos anticorpos anti-endomísio, mas especificidade menor. O padrão ouro para diagnóstico de DC é a biópsia intestinal.

Método

Imunoensaio enzimático

 

Valor de referência

 

< 20 unidades

negativo

entre 20 e 29 unidades

fracamente reagente

> 30 e 39 unidades

moderamente reagente

= 40 unidades

fortemente reagente

Condição

 

-1,0mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Treponema pallidum, pesquisa

Comentário

O Treponema pallidum é uma espiroqueta que não é visualizada à microscopia convencional. A microscopia em campo escuro é indicada na avaliação do cancro (lesão sifilítica primária) e da sífilis secundária (condiloma lata). Deve-se lembrar que o valor da pesquisa é menor em lesões orais e retais devido à presença de outras espiroquetas não patogênicas nestes sítios. A pesquisa em campo escuro encontra-se positiva antes da sorologia para sífilis tornar-se reativa.

Método

Microscopia em campo escuro.

Valor de referência

Negativo.

Condição

Exsudato da lesão.

- Preferencialmente, não estar em uso de antimicrobianos.

Conservação para envio

Enviar imediatamente em salina estéril, em temperatura ambiente.

SOMENTE PARA  DE BELO HORIZONTE.

 

 

Triagem urinária mínima para erros inatos do metabolismo

Comentários

A triagem urinária mínima para erros inatos do metabolismo é composta de um conjunto de determinações qualitativas na urina e pela cromatografia quantitativa de aminoácidos, incluindo:

 

 

Utilizada para triagem das porfirias. Permite a detecção de porfobilinogênio e ALA, sendo

 

REAÇÃO DE ERLICH

seguida da prova de Watson-Schwartz para diferenciação entre a presença de urobilinogênio

 

 

e porfobilinogênio.

 

REAÇÃO DO BROMETO DE

Utilizada para triagem das mucopolissacaridoses. Reações positivas também ocorrem na

 

CETILTRIMETILAMÔNIO

síndrome de Marfan, mastocitose, artrite reumatóide, cretinismo, carcinomatose, na presença

 

(CTMA)

de substâncias redutoras ou de alteração do padrão de excreção de aminoácidos na urina.

 

 

Utilizada para triagem das mucopolissacaridoses. Reações falso-positivas podem ocorrer em

 

 

neonatos na primeira semana de vida e em crianças diabéticas. Reações falso-negativas

 

REAÇÃO DO AZUL DE

podem ocorrer quando a urina está muito diluída. O teste do azul de toluidina parece ser

 

TOLUIDINA

pouco mais sensível que o CTMA. A associação do azul de toluidina com o CTMA melhora o

 

 

desempenho da triagem. Também pode ser positiva na mastocitose, artrite reumatóide,

 

 

síndrome de Marfan.

 

 

Utilizada para triagem de diversos erros inatos que se associam a uma excreção muita

 

 

elevada de cetoácidos. É positiva na fenilcetonúria, doença do xarope de dordo, tirosinose,

 

REAÇÃO DA

histidinemia, má-absorção de metionina, hiperglicinemia, glicogenoses I, III, V e VI, acidose

 

láctica, acidose pirúvica, acidemia isovalérica, acidemia propiônica e acidemia metilmalônica.

 

DINITROFENILHIDRA-ZINA

 

Reações positivas também podem ocorrer em pacientes com glicosúria e cetonúria. É

 

(DNFH)

 

geralmente positiva nos primeiros dias de vida por excreção fisiologicamente aumentada de

 

 

 

 

ácido pirúvico, acetoacético e beta-cetoglutárico. A administração de doses elevadas de

 

 

ampicilina interfere na reação de DNPH.

 

REAÇÃO DO CIANETO-

Utilizada para a triagem da cistinúria e homocistinúria. Permite a pesquisa na urina de

 

aminoácidos com grupo sulfidrila livre ou união dissulfeto. Reações falso-positivas podem

 

NITROPRUSSIATO

 

ocorrer na presença de cetonas.

 

 

 

REAÇÃO DO

Utilizada para diferenciação entre cistinúria e homocistinúria, sendo a reação positiva apenas

 

NITROPRUSSIATO

 

na última condição. Na alcaptonúria pode ocorrer reação positiva.

 

DE PRATA

 

 

 

REAÇÃO DO

Utilizada para triagem de transtornos do metabolismo da tirosina. É positiva na tirosinose,

 

tirosinemias hereditárias e tirosinemia transitória. Também pode ser positiva na frutosemia,

 

NITROSONAFTOL

 

galactosemia e doença hepática grave de qualquer etiologia.

 

 

 

 

Neste caso os íons férricos reagem com diversos compostos gerando cores distintas. A

 

 

reação detecta fenilcetonúria, histidinemia, tirosinemai, hiperglicinemia, doença do xarope de

 

REAÇÃO DO CLORETO

bordo, má-absorção de metionina, ácido alfa-cetobutírico, ácido alfa-cetoisovalérico, ácido

 

FÉRRICO

alfa-cetoisocapróico, ácido alfa-cetometil valérico, acidose lática, acidemia pirúvica,

 

 

desordens da piridoxina, ácido homogentísico, ácido acetoacético, bilirrubina conjugada,

 

 

melanina, salicilatos, fenotiazinas, fenóis e ácido vanílico.

 

 

Detecta substâncias redutoras na urina. Reações positivas decorrem da presença de glicose

 

 

(diabete melito, glicosúria renal, distrofia tubular renal, síndrome de Fanconi, cistinose,

 

 

síndrome de Lowe, raquitismo resistente a vitamina D, doença de Wilson); frutose

 

 

(frutosemia, deficiência de aldolase, frutosúria essencial, intolerância à frutose hereditária);

 

REAÇÂO DE BENEDICT

galactose (galactosemia e variantes, deficiência de galactoquinase); lactose (deficiência de

 

 

lactase, congênita ou adquirida, neonatos); lactulose (neonatos); xilose (pentosúria, ingestão

 

 

excessiva de frutas); ácido homogentísico (alcaptonúria); fenóis (fenilcetonúria, tirosinose,

 

 

deficiência transitória de tirosina transaminase); drogas (ácido ascórbico, hidrato de cloral,

 

 

sulfonamidas, tetraciclina e clorafenicol).

 

REAÇÃO DA

Utilizada para detectar o ácido metilmalônico na urina (acidúria metilmalônica).

 

P-NITROANILINA

 

 

Método

Testes qualitativos e cromatografia quantitativa de aminoácidos.

Valor de Referência

Testes qualitativos: negativos.

Cromatografia quantitativa de aminoácidos: padrão normal.

Condição

-30mL de urina recente, preferencialmente matinal.

-Não acrescentar conservantes na urina.

 

Informar quadro clínico e medicação em uso.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 0 e - 10º C.

 

 

Trichomonas

PESQUISA

Comentário

O Trichomonas vaginalis é um flagelado patogênico, de transmissão sexual, que acomete homens e mulheres. Os homens são em sua maioria assintomáticos, mas nas mulheres o parasita leva a vaginite persistente com secreção purulenta. A sensibilidade da pesquisa varia entre 40% e 80%, sendo menor quando o intervalo entre a coleta e a pesquisa é prolongado. A coleta deve, preferencialmente, ser realizada antes do toque vaginal.

Método

Microscopia.

Valor de referência

Negativo.

Condição

Secreção uretral, vaginal, endocervical, esperma ou 1º jato urinário.

Conservação para envio

Conservar em temperatura ambiente e enviar imediatamente.

SOMENTE PARA  DE BELO HORIZONTE.

CULTURA

Comentário

A cultura é utilizada para confirmação de infecção em pacientes com quadro clínico sugestivo e pesquisa negativa. É também indicada na propedêutica de uretrite não gonocócica e prostatite.

Método

Cultura em meio específico.

Valor de referência

Negativo.

Condição

Secreção uretral, vaginal, endocervical, esperma ou 1º jato urinário.

-O cliente deve vir pela manhã antes de urinar ou permanecer no mínimo 4h sem urinar.

-Não pode estar menstruada, nem fazendo uso de medicação tópica.

Conservação para envio

A secreção deverá ser enviada até 4h após a coleta, em temperatura ambiente (material em solução salina estéril).

SOMENTE PARA  DE BELO HORIZONTE.

Triglicérides

Comentários

Soro: os triglicérides são produzidos no fígado utilizando glicerol e outros ácidos graxos. Os triglicérides em conjunto com o colesterol são úteis na avaliação do risco cardíaco. Níveis elevados são encontrados na Síndrome nefrótica, na ingestão elevada de álcool, induzido por drogas (estrogênios, contraceptivos orais, prednisona, etc) no hipotireoidismo, diabetes e gravidez. Os níveis baixos estão relacionados a mal absorção, mal nutrição e hipertireoidismo.

Líquido ascítico: ascite quilosa é definida como aquela que apresenta concentração de triglicérides maior que 200 mg/dl e com níveis maiores que o sérico, tornando seu aspecto opalescente. Em adultos a principal causa é a obstrução linfática que é secundária ao linfoma ou ao carcinoma em 2/3 dos casos. Outras causas de ascite quilosa: inflamação do delgado, cirrose, tuberculose, pancreatite, pós-operatório.

Líquido pleural: valores maiores que 110mg/dl são indicativos de derrames quilosos (ex.: linfomas, pós- operatório, carcinoma, traumáticos). Menos de 1% dos derrames não quilosos têm triglicérides maior que 110 mg/dl. Valores menores que 50mg/dl são indicativos de derrame não-quiloso (ex.: insuficiência cardíaca, cirrose, pancreatite, carcinomas, tromboembolismo). Menos de 5% dos derrames quilosos têm triglicérides menores que 50 mg/dl. Valores entre 50 e 110mg/dl podem ser encontrados em ambos os tipos, sendo, entretanto, mais freqüentes nos derrames quilosos.

Método

Colorimétrico enzimático

Valor de referência

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1.

Soro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Faixa etária

 

Desejável mg/dL

Aceitável mg/dL

Aumentado mg/dL

 

 

 

 

< 10 anos

 

 

= 100

 

 

> 100

 

 

 

 

10 a 19 anos

 

 

= 130

 

 

> 130

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Faixa etária

 

Ótimo mg/dL

 

Limítrofe mg/dL

 

Alto mg/dL

 

Muito alto mg/dL

 

 

Adultos

 

< 150

 

 

150 a 200

 

201 a 499

 

500

2.

Líquido Pleural

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Derrame quiloso

> 110mg/dL

 

 

 

 

 

 

 

 

Derrame não quiloso

< 50mg/dL

 

 

 

 

 

 

 

3.

Líquido ascítico

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Derrame quiloso

> 200mg/dL

 

 

 

 

 

 

 

 

Derrame não quiloso

< 50mg/dL

 

 

 

 

 

 

 

Condição

 

 

 

 

 

 

 

 

 

-0,8mL de soro - líquido ascítico - líquido pleural.

-Soro: J.O. igual ou superior a 9h ou C.O.M.

Interferente

Soro: Não fazer uso de bebidas alcoólicas 24 horas antes do exame.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

Tripsina fecal, atividade

Comentários

Redução da atividade da tripsina fecal pode ser encontrada em pacientes com fibrose cística, devido à insuficiência pancreática exógena. Embora a tripsina tenha uma importante ação na digestão de proteínas, seu valor clínico é limitado, não sendo um critério diagnóstico desta condição. A maioria dos clínicos aceita que sinais e sintomas de má absorção, acrescidos de resposta ao tratamento com enzimas pancreáticas, são evidências suficientes de insuficiência pancreática exócrina.

Método

Prova de Schwachman - Revelação da película fotográfica

Valor de referência

crianças (até 1 ano) - atividade tríptica

> 1:80

crianças (1 a 5 anos) - atividade tríptica

> 1:40

Nota: Em crianças maiores de 5 anos e adultos este exame pode apresentar falso-positivo em virtude da ação da flora bacteriana intestinal.

Condição

-Fezes recente (sem conservantes). Cerca de metade do volume do frasco próprio para fezes.

-Não usar laxantes ou supositórios, não estar em uso de enzimas digestivas 24 horas antes da coleta.

-Enviar rapidamente ao laboratório.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Troponina I

Comentários

A troponina I (cTnI) é um marcador de lesão da musculatura cardíaca, sendo útil no diagnóstico do infarto agudo do miocárdio. Sua presença denota necrose do tecido miocárdico. É detectável em 4h a 6h após a lesão miocárdica, com pico em 12h a 18h, permanecendo elevada por 6 a 10 dias. Após 7h, a sensibilidade é de 100%. Outras causas de necrose miocárdica também elevarão a troponina I. Pacientes com angina que apresentam níveis elevados (lesão miocárdica mínima) de cTnI têm prognóstico pior. Na insuficiência renal a especificidade do ensaio pode ser menor. Não deve ser utilizada como marcador absoluto do infarto agudo do miocárdio.

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de Referência

-Abaixo de 0,1 nanog/mL: negativo.

-0,1 a 1,5 nanog/ml: risco moderado para lesão miocárdica.

-Acima de 1,5 nanog/ml: alto risco para lesão miocárdica.

Nota:Valores de 0,1 a 1,5 nanog/ml devem ser correlacionados com o quadro clínico. Valores acima de 1,5 nanog/ml possuem maior especificidade para lesão miocárdica.

Condição

0,5mL de soro ou plasma (Heparina).

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8o C.

Trypanosoma cruzi, sorologia - Doença de Chagas

Comentários

Os testes sorológicos são utilizados como um dos critérios para confirmação da suspeita clínica de doença de Chagas e triagem em bancos de sangue. Entretanto, alguns cuidados são necessários na escolha do método e sua interpretação. O Machado Guerreiro (fixação de complemento) era o exame de escolha no passado, mas por apresentar baixa sensibilidade (69%), baixa especificidade e complexidade na sua execução, não deve ser utilizado mais. Os métodos hemaglutinação, imunofluorescência e imunoensaio apresentam sensibilidade próximo a 100%. Tendo em vista a possibilidade de falso-positivos (leishmaniose, malária, sífilis, toxoplasmose, hanseníase, doenças do colágeno, hepatites) é recomendado que o soro seja testado em pelo menos dois métodos diferentes para confirmação da positividade da sorologia. A hemoaglutinação é utilizada para triagem devido sua praticidade e boa sensibilidade, entretanto, tem especificidade inferior à imunofluorescência e ao imunoensaio enzimático. A imunofluorescência indireta IgG é um exame sensível no diagnóstico da doença de Chagas. A imunofluorescência indireta IgM é útil para caracterizar fase aguda. Ambos apresentam menor reprodutibilidade que o imunoensaio enzimático (ELISA). O imunoensaio enzimático utiliza antígenos altamente purificados com maior sensibilidade (98% a 100%), maior especificidade (93% a 100%) e leitura mais objetiva. O imunoensaio de partículas em gel apresenta sensibilidade de 96,8% e especificidade de 94,6%.

IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA IgG

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,5mL de soro.

-JO 8h.

Conservação para envio

Até 72 horas entre 2o e 8oC.

IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA IgM

Valor de referência

Negativo

Condição

- 0,5mL de soro.

- J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 72 horas entre 2o e 8oC.

 

IMUNOENSAIO ENZIMÁTICO

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,5mL de soro ou plasma (EDTA/citrato/heparina).

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 14 dias entre 2o e 8oC.

HEMOAGLUTINAÇÃO

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,3mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

PESQUISA DE ANTICORPOS

Método

Imunoensaio de partículas em gel

Valor de referência

Negativo

Condição

0,5mL de soro ou plasma (EDTA/Citrato/Heparina).

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

TSH ultra-sensível

Comentários

O hormônio tireoestimulante (TSH) é uma glicoproteína secretada pela adenohipófise, tendo como principal efeito o de estimular a tireóide a liberar T3 e T4. A secreção e os níveis séricos de TSH são controlados pelos níveis de T3 e T4 e pelo TRH hipotalâmico. A dosagem do TSH é importante no diagnóstico de hipotireoidismo primário, sendo o primeiro hormônio a se alterar nessa condição. Está aumentado principalmente do hipotireoidismo primário, tireoidite de Hashimoto, tireoidite sub-aguda e na secreção inapropriada de TSH (tumores hipofisários produtores de TSH). Está diminuído principalmente no hipotireoidismo primário, Hipotireoidismo secundário ou terciário e nas síndromes de hipertiroidismo subclínico.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

0,34 a 5,60 µUI/mL

Condição

-0,9mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso e, se mulher, informar se esta grávida ou se usa anticoncepcional.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

 

 

 

Ureaplasma sp., cultura

Comentário

O Ureaplasma urealyticum é membro da classe dos micoplasmas, os menores organismos de vida livre conhecidos. A principal síndrome associada à infecção pelo U. urealyticum é a uretrite não-gonocócica (UNG). A maioria dos casos de UNG é causada pela C. trachomatis, sendo o U. urealyticum responsável por 20% a 30% dos casos restantes. Em mulheres, pode levar a complicações como salpingite, endometrite e corioamnionite. Prostatite e epididimite têm sido associadas a este agente em homens. Está associado com inflamação, parto prematuro, septicemia, meningite e pneumonia no recém-nascido. Em pacientes imunocomprometidos, o U. urealyticum tem sido associado com artrite, osteomielite, pericardite e doença pulmonar progressiva.

Veja também Ureaplasma PCR e Doenças sexualmente transmissíveis PCR.

Método

Isolamento em meios de cultura.

Valor de referência

Negativo.

Nota: são significativas concentrações iguais ou maiores do que 1.000 UFC/mL, sendo exceções casos selecionados a critério médico.

Condição

Secreção uretral, vaginal, swab endocervical, esperma ou 1º jato urinário.

-Material uretral: colher antes da primeira urina do dia ou permanecer no mínimo 4 horas sem urinar.

-Urina: primeiro jato da primeira urina matinal. Obs: a sensibilidade da amostra colhida na uretra é bem maior que a do 1º jato de urina.

-Material endocervical: não estar menstruada ou fazendo uso de medicações tópicas.

Preferencialmente, não ter feito uso de antimicrobianos nos últimos 7 dias.

 

Enviar amostras em meio de transporte específico, fornecido pelo Laboratório, o mais rápido possível. Centrifugar a urina, desprezar o sobrenadante e transferir o sedimento para o meio de transporte Dulbecco’s (rosa).

Conservação para envio

Material em meio de transporte Dulbecco’s (rosa) até 12h, em temperatura ambiente. Até 24h entre 2o e 8oC, em gelo reciclável.

Uréia

Comentários

A uréia é a principal fonte de excreção do nitrogênio. Produto do metabolismo hepático das proteínas, é excretada pelos rins. Desta forma, a uréia é diretamente relacionada à função metabólica hepática e excretória renal. Sua concentração pode variar com a dieta, hidratação e função renal.

Método

Colorimétrico enzimático

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

SANGUE

Valor de referência

-10 a 40 mg/dL

Condição

-0,8mL de soro ou plasma (fluoreto).

-J.O. 8h.

URINA

Valor de referência

Urina 12h: 5 a 17,5g/12h

Urina 24h: 10 a 35g/24h

Condição

-Urina (jato médio da 1a urina da manhã - urina 12h - urina de 24h).

-Refrigerar desde o início da coleta.

Enviar 5mL de urina e informar volume total.

Uréia, clearance

Comentários

Este teste, devido às variações de dieta, filtração, reabsorção renal e síntese hepática, é pouco útil na medição da taxa de filtração glomerular, sendo mais usado na medida da taxa de produção de uréia e na avaliação dos compostos nitrogenados não protéicos.

Método

Colorimétrico enzimático

Valor de Referência

41 a 65 mL/minuto

Obs: O resultado é corrigido para a superfície corpórea.

Condição

-0,8mL de soro + 5mL de urina 12h ou 24h.

-J.O. 8h.

-Coletar a amostra de sangue no mesmo dia de entrega da urina.

-Refrigerar desde o início da coleta.

 

Enviar 5mL de urina e informar volume total, peso e altura do cliente.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

Urina rotina

Comentários

O exame de urina rotina é muito importante para avaliações da função renal e afecções do trato urinário, podendo auxiliar no diagnóstico e avaliação da eficácia do tratamento. O exame compreende três etapas: caracteres gerais (propriedades físicas), pesquisa de elementos anormais (pesquisa química), sedimentoscopia (exame microscópico da urina).

Método

É realizada uma análise física da urina, análise química qualitativa e quantitativa dos elementos anormais (automação) e análise do sedimento (microscopia ótica).

Condição

-Urina recente (jato médio 1a urina manhã) ou urina com no mínimo de 4h após última micção.

-Ideal colher no laboratório. O laboratório fornece kit próprio para a coleta de urina.

-Fazer higienização da genitália com água e sabão neutro previamente. Em caso de crianças que necessitam de coletor, o mesmo deve ser colocado após a higienização adequada e deverá ser trocado de hora em hora, até que a criança urine. Repetir a higienização sempre que for necessário trocar o coletor.

-Manter dieta hídrica habitual.

-Enviar rapidamente ao laboratório.

Conservação para envio

Até 4 horas entre 2o e 8oC.

 

 

Urobilinogênio, pesquisa na urina

Comentários

O urobilinogênio assim como a bilirrubina, é um pigmento biliar resultante da degradação da hemoglobina. O aumento de sua concentração na urina é encontrado nas hepatopatias, nos distúrbios hemolíticos e nas porfirias. A ausência do urobilinogênio na urina e nas fezes significa obstrução do ducto biliar, que impede a passagem normal de bilirrubina para o intestino.

Método

Colorimétrico (Ehrlich)

Valor de referência

Normal

Condição

-30,0mL de urina recente (jato médio da 1a urina da manhã).

-Enviar rapidamente ao laboratório.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

Urocultura e antibiograma

Comentário

Aplica-se ao diagnóstico de infecções microbianas do trato urinário, identificação dos microrganismos e teste de sensibilidade aos antibióticos.

Método

Sistemas de isolamento e identificação.

Valor de referência

Negativo.

Condição

10,0mL de urina recente. Colher, preferencialmente no laboratório, a primeira urina da manhã ou com intervalo de 4 horas entre as micções. Fazer higiene local, desprezar o primeiro jato e coletar o jato médio.

Preferencialmente, não ter feito uso de antimicrobianos nos últimos 7 dias.

Conservação para envio

A urina deve ser mantida em geladeira e enviada sob refrigeração. Prazo máximo de entrega é de 1h após a coleta ou 4h se conservada na geladeira.

Outros

Somente será aceito se enviado em laminocultivo.

Uroporfirinas, pesquisa na urina

Comentários

A solubilidade é um fator determinante do comportamento das porfirinas. A uroporfirina é a porfirina mais solúvel em água, sendo encontrada na urina e em menores concentrações nas fezes e sangue. Encontra-se elevada nos pacientes com porfiria cutânea tarda, porfiria eritropoiética congênita, insuficiência renal crônica e neoplasias.

Veja também Coproporfirinas, Porfirinas, Porfobilinogênio, Protoporfirinas, ALA-U e Zincoprotoporfirina.

Método

Fluorescência

Valor de referência

Negativo

Condição

-Urina (jato médio 1a urina da manhã - urina 24h*).

-*Usar 5g urina de bicarbonato de sódio por litro de urina.

 

-Enviar de 30mL de urina em frasco âmbar (sensível a luz) ou frasco envolvido por papel alumínio ou carbono.

-Enviar rapidamente ao laboratório.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Varicella-Zoster, anticorpos IgG e IgM

Comentários

O vírus Varicella-Zoster é responsável por duas síndromes clínicas: a catapora e o herpes zoster. A catapora é uma grande ameaça a neonatos e indivíduos imunocomprometidos. O herpes zoster é mais comum acima dos 50 anos, sendo freqüente em pacientes com imunidade comprometida por neoplasias, uso de drogas imunossupressoras ou em crianças expostas ao vírus no período neonatal. A presença de IgM ou alto título de IgG correlaciona-se com infecção ou exposição recente, enquanto baixos títulos de IgG são observados em adultos saudáveis. Na catapora, a IgM é detectada sete dias após o rash, atingindo o pico em 14 dias. Quanto ao herpes zoster, a IgM aumenta em torno do 8º e 10º dia após a erupção, com pico geralmente no 18º e 19º dia. É importante ressaltar que as vacinações induzem à síntese de IgG, embora a grande proteção seja do tipo celular.

Método

 

 

 

Imunoensaio enzimático

 

Valor de referência

Índice < 0,90

negativo

Índice 0,90 e = 1,10

indeterminado

 

Índice > 1,10

reagente

 

Condição

 

 

 

-0,5mL de soro para cada - liquor.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 48 horas entre 2o e 8oC.

Vibrio cholerae , cultura

Comentário

O Vibrio cholerae é o agente da cólera. Trata-se de um anaeróbio facultativo transmitido via fecal-oral por água e alimentos contaminados, levando à diarréia intensa, isotônica e rica em sódio. Os sintomas iniciam-se subitamente, 8 a 72 horas após a ingestão dos vibriões. Podem ser isolados em culturas com meios especiais que se baseiam na preferência do organismo por pH elevado e tolerância aos sais da bile. A seguir é realizada a identificação e sorotipagem do V. cholerae.

Método

Semeadura em meio específico, seguida de identificação e sorotipagem.

Condição

Fezes, vômitos ou swab retal.

-Colher, preferencialmente, antes da administração de antibióticos.

Conservação para envio

-In natura, até 2h em temperatura ambiente ou até 5h se refrigerada.

-Em meio Cary-Blair, até 7 dias entre 2o e 8oC.

-Em tubos de água peptonada alcalinizada (APA), até 12 horas em temperatura ambiente.

 

 

Vitamina A

Comentários

A expressão vitamina A refere-se aos retinóides que têm atividade biológica do retinol. A vitamina A encontrada em produtos de origem animal é lipossolúvel e tem duas formas: o retinol (vitamina A1) e a 3-dehidro-retinol (vitamina A2). Concentrações em crianças são menores que em adultos. Níveis baixos são encontrados na deficiência dietética da vitamina, insuficiência pancreática exócrina, má absorção intestinal, parasitoses, síndrome nefrótica, infecções e etilismo. Níveis elevados podem ser encontrados na hipervitaminose A, etilismo, uso de estrogênios e anticoncepcionais.

Método

Cromatografia Líquida de Alta Performance - HPLC

Valor de referência

1 a 6 anos

20 a 43 µg/dL

7 a 12 anos

26 a 49 µg/dL

13 a 19 anos

26 a 72 µg/dL

Adulto

30 a 80 µg/dL

Condição

 

-1,5mL de soro.

-J.O. 8h.

-Usar frasco âmbar.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso.

Conservação para envio

Até 14 dias entre 0o e -10oC.

Vitamina B1

Comentários

A Vitamina B1, também chamada de tiamina ou aneurina, é essencial para a vida. A deficiência dessa vitamina hidrossolúvel tem como manifestações principais as lesões do sistema nervoso e a insuficiência cardíaca. A deficiência clássica da Vitamina B1 é o Beribéri, com sintomas neurológicos e cardiovasculares.

Método

Cromatografia Líquida de Alta Performance - HPLC

Valor de referência

28 a 85 mcg/L (66,5 a 200 nmol/L)

 

Enviar congelado entre 0 e - 10 ° C.

Condição

2,0 mL de sangue total (EDTA) congelado. Proteger da luz.

Evitar hemólise.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso

Conservação para envio

Até 14 dias entre 0 e - 10 ° C.

 

 

Vitamina B6

Comentários

A vitamina B6 é o termo genérico empregado para designar seis compostos hidrossolúveis que apresentam qualitativamente a mesma atividade biológica, agindo de forma importante como coenzima no metabolismo de proteínas, carboidratos e lipídios, bem como na síntese do heme. Dentre suas diversas funções, participa da interconversão de aminoácidos, da síntese de neurotransmissores, do metabolismo do ácido fólico e das vitaminas B2 e B12, da regulação da ação de hormônios esteróides, da liberação de glicose a partir do glicogênio, e da transsulfuração da homocisteína à cisteína. Em humanos, o status da vitamina B6 é melhor avaliado pelos níveis plasmáticos de PLP. A determinação da PLP, coenzima ativa da vitamina B6, pode ser obtida por Cromatografia Líquida de Alta Performance (HPLC) em plasma.

Método

Cromatografia Líquida de Alta Peformance - HPLC

Valor de referência

5 a 30 mcg/L

 

Enviar congelado 0 e - 10°C.

Condição

1 mL de plasma em EDTA congelado. Proteger da luz.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso

Conservação para envio

Até 14 dias entre 0 e –10°C.

Vitamina B12

Comentários

A Vitamina B12 tem papel importante na hematopoiese, na função neural, no metabolismo do ácido fólico e na síntese adequada de DNA. Encontra-se diminuída na produção deficiente do fator intrínseco (determinada pela atrofia da mucosa gástrica, resultando em anemia perniciosa), nas síndromes de má absorção (por ressecção do intestino delgado, doença celíaca e espru tropical, cirurgia bariátrica), no alcoolismo, na deficiência de ferro e folato, no uso de medicamentos que podem levar a diminuição da absorção (metotrexato, pirimetamina, trimetropin, fenitoína, barbitúricos, contraceptivos orais, colchicina, metformina, etc.) e nas dietas vegetarianas estritas. Condições associadas a níveis aumentados de vitamina B12 incluem o tratamento de reposição, leucemia granulocítica crônica, insuficiência renal crônica, insuficiência cardíaca congestiva, diabetes, obesidade, doença pulmonar obstrutiva crônica e hepatopatias.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

Adultos (18 a 60 anos): Homem: 93,0 a 479,0 picog/mL Mulher: 116,0 a 517,0 picog/mL

Condição

-0,9mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso.

 

Enviar em frasco âmbar.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Vitamina C

Comentários

A vitamina C (ácido ascórbico) é um antioxidante essencial que apresenta meia-vida de 16 dias. O seu principal uso clínico é na pesquisa da deficiência de vitamina C (escorbuto) que manifesta-se 60 a 90 dias após a privação desse oligoelemento. A hipervitaminose C pode gerar aumento dos níveis de oxalato com formação de cálculos renais. A determinação por HPLC é o método de escolha. Níveis baixos também são encontrados em pacientes com sepse, pós-operatório, SIDA, na síndrome do desconforto respiratório, tabagismo, Doença de Addison, cirrose, grandes queimados, pancreatite, uso de contraceptivos orais, aspirina, barbitúricos, estrógenos, contato com metais pesados, nitrosaminas e paraldeído.

Método

Cromatografia Líquida de Alta Performance - HPLC

Valor de referência

0,4 a 1,5mg/dL

Condição

-1,5mL de soro ou plasma (EDTA).

-J.O. 8h.

-Usar frasco âmbar.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso.

Conservação para envio

Até 14 dias entre 0o e -10oC.

Vitamina D3 - 25-hidroxivitamina D3

Comentários

A 25-OH-vitamina D3 é a medida preferida para avaliar o status nutricional. Valores diminuídos são associados com insuficiência dietética de vitamina D, doença hepática, má absorção, exposição ao sol inadequada e síndrome nefrótica. Valores aumentados de 25-OH-vitamina D3 são associados à intoxicação por vitamina D. Pode apresentar-se em baixas concentrações (dentro do valor de referência) nos quadros de obesidade, sarcoidose, calcinose tumoral hiperfosfatêmica, tuberculose, hiperparatireoidismo primário e no raquitismo tipo II vitamina-D dependente.

Método

Cromatografia Líquida de Alta Performance - HPLC

Valor de referência

20 a 80nanog/mL

Condição

-1,8mL de soro ou plasma.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 14 dias entre 0o e -10oC.

 

 

Vitamina E

Comentários

É uma vitamina lipossolúvel antioxidante que previne danos nas membranas celulares por radicais livres. A sua forma mais ativa é o alfa-tocoferol. Sua dosagem é útil na investigação da sua deficiência (quadro neurodegenerativo, anemia hemolítica e alteração visual). Níveis baixos podem ser determinados por má absorção (pancreatite, fibrose cística, atresia de vias biliares, ressecções intestinais), prematuridade, etilismo, cirrose, uso de anticonvulsivante, colestiramina, óleos minerais e contraceptivos orais.

Método

Cromatografia Líquida de Alta Performance - HPLC

Valor de referência

Prematuro

0,25 a

0,37mg/dL

13 a 19 anos

0,6 a 1,0mg/dL

1 a 12 anos

0,3 a

0,9mg/dL

Adulto

0,5 a 1,8mg/dL

Condição

-1,5mL de soro.

-J.O. 8h.

-Usar frasco âmbar. Informar medicamentos em uso.

Conservação para envio

Até 14 dias entre 0o e -10oC.

Weil-Felix - Riquettsiose

Comentários

Teste baseia-se na aglutinação de cepas de Proteus, as quais possuem antígenos comuns às riquétsias, sendo útil no diagnóstico das riquetsioses (tifo endêmico, tifo murino, febre Q e febre maculosa). Destaca-se em nosso meio a febre maculosa, causada pela Rickettsia rickettsi. Na vigência de quadro clínico, a reação de Weil-Felix positiva em títulos de 1:160 ou maiores é indicativa de infecção recente. Testes são pouco sensíveis para detecção de infecções com menos de 21 dias de sintomatologia. A reação é negativa no Tifo recrudescente e na febre Q.

Método

Aglutinação (Proteus Ox19)

Valor de referência

< 1:160

Condição

-0,4mL de soro.

-JO 8h.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Widal, reação de - Febre tifóide

Comentários

Teste de soroaglutinação útil no diagnóstico da febre tifóide e febre paratifóide. A febre tifóide é uma doença causada pela Salmonella typhi, e a febre paratifóide pelas Salmonella paratyphi A, B e C. Manifestam-se com febre, cefaléia, alterações gastrointestinais, esplenomegalia, erupções cutâneas, astenia e prostração. O desenvolvimento de anticorpos ocorre em 25% a 100% dos casos, dependendo da severidade da doença e da época da coleta da amostra. Aglutininas anti-O são as primeiras a surgir, por volta do 10º dia de doença, e desaparecem em 30 dias. As aglutininas anti-H surgem no fim da segunda semana com títulos ascendentes até a 30 dias, quando começam à declinar. A queda é lenta e podem persistir por anos. Diante de um quadro clínico sugestivo, a positividade das aglutininas anti-O é o dado de maior valor diagnóstico. A sorologia possui maior valor diagnóstico quando são coletadas duas amostras (fase aguda e convalescença), onde aumento nos títulos em quatro vezes é sugestivo da infecção. Em áreas endêmicas o valor diagnóstico de uma amostra é menor, sendo considerado a presença de títulos iguais ou maiores que 1:160 como indicativos de infecção aguda. No caso da ocorrência de títulos baixos, sugere-se a repetição da reação após uma semana. Falso-negativos podem ocorrer na presença de perfuração intestinal, uso de antibióticos ou corticóides.

Método

 

Aglutinação

 

Valor de referência

 

S. Paratyphi A

até 1:80

S. Paratyphi B

até.1:80

S. Typhi O

até 1:80

S. Typhi H

até 1:80

Condição

 

- 0,3mL de soro. - J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

Yersinia enterocolitica , cultura

Comentário

A Yersinia enterocolitica é transmitida por água, leite e alimentos. Inúmeros animais são reservatórios: cães, carneiros, porcos e gatos. A transfusão de sangue pode também transmitir a doença. Manifesta-se com febre, diarréia, linfadenite mesentérica, dor abdominal, ileíte terminal e ocasionalmente disenteria. Pode, ainda, evoluir com artrite e abscesso hepático. A cultura em meios especiais para fezes recentes confirma a suspeita diagnóstica.

Método

Semeadura em meio específico.

Valor de referência

Negativo.

Condição

Fezes recentes.

- Colher, preferencialmente, antes da administração de antibióticos.

Conservação para envio

Até 2 horas in natura, em temperatura ambiente. Até 48 horas em meio Cary-Blair, entre 2o e 8oC.

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