Informações

Dicas

MANUAL DE EXAMES - PATOLOGIA CLÍNICA (Parte 05)

Citometria e citologia (líquidos corporais)

Comentários

O estudo dos líquidos corporais é ferramenta indispensável para o diagnóstico, monitoração e prognóstico de processos infecciosos, inflamatórios, hemorrágicos e mesmo neoplásicos dessas cavidades. É utilizado para diferenciação dos processos em agudos ou crônicos, locais ou sistêmicos, bacterianos, viróticos ou fúngicos. O aumento de celularidade e suas particularidades, com predomínio das formas polimorfonucleares ou linfomonocitárias, aliadas às determinações bioquímicas, exames bacteriológicos e imunológicos define a presença e resposta ao tratamento de meningites, pneumonias, artrites e peritonites.

Veja também Rotina em líquido pleural, líquido ascítico, líquido sinovial e líquor.

Método Citometria

Contagem manual

Método Citologia

Microscopia - Coloração - May Grunwald Giemsa

Valor de referência Líquor

Cor incolor (xantocrômico até 30 dias de vida)

Aspecto límpido, cristalino, transparente, água de rocha Leucometria

até 5 células/mm3

recém-nascido: ate 15 células/mm3 Citologia diferencial de células:

adultos: 95% de linfócitos e até 5% de monócitos crianças: 90% de linfócitos e até 10% de monócitos

Líquido sinovial

Cor amarelo palha

Aspecto transparente, límpido Viscosidade elevada

Coágulo de mucina grumo firme em líquido claro

Leucometria

0 a 200/mm3

Neutrófilos

0 a 25%

Líquido pleural

A presença de líquido detectável no espaço pleural é sempre patológica, não existem valores normais e sim correlação clínica e patológica.

Líquido ascítico

A presença de mais de 50mL de líquido ascítico na cavidade abdominal já é patológico.

Lavado broncoalveolar

Cor incolor

Aspecto claro, límpido

Celularidade 200 a 1000 células/mm3 Citologia

Macrófagos alveolares: 80 a 89 % Linfócitos: 8 a 18%

Neutrófilos: < 3%

Eosinófilos: < 1% Outras células: 0 %

Condição

1,0mL - líquor, líquido ascítico, líquido pleural (EDTA), líquido sinovial (puncionado de qualquer articulação). 5,0mL - lavado broncoalveolar (informar volume recuperado).

 

Enviar sob refrigeração imediatamente após a coleta. Não congelar.

Conservação para envio

Lavado broncoalveolar: enviar até 1 hora. Líquido corporais: até 6 horas entre 2o e 8oC.

Cloreto de sódio no suor

Comentários

O Teste do cloreto de sódio no suor é útil na investigação da fibrose cística. É uma herança autossômica recessiva que determina deficiência da proteína responsável pelo transporte de cloro pelas células epiteliais, acarretando distúrbio da secreção exócrina. Sudorese é induzida no antebraço por iontoforese com pilocarpina, sendo o suor colhido para determinação do cloreto. Resultados falso-negativos podem ocorrer no edema, hipoproteinemia e na sudorese excessiva. Em mulheres adultas, o teste sofre variações com o ciclo menstrual. Valores elevados podem ser encontrados em outras doenças: anorexia nervosa, dermatite atópica, disautonomia, colestase, deficiência de G6PD, hipogamaglobulinemia, Klinefelter, mucopolissacaridose tipo 1, diabetes insipidus nefrogênico, síndrome nefrótica, desnutrição, insuficiência adrenal e hipotireoidismo. Assim, os resultados devem ser interpretados à luz da história clínica e familiar. Em adultos a interpretação deve ser ainda mais cautelosa, tendo em vista grandes variações observadas nos resultados. É recomendado a solicitação de novo exame para confirmação, na presença de resultados positivos e indeterminados. Para casos indeterminados e confirmação laboratorial, o diagnóstico molecular (PCR para fibrose cística) encontra-se disponível.

Método

Iontoforese e Condutividade (Sistema Wescor Macroduct)

Material

Suor

Condição

O cliente deve comparecer às unidades Aimorés, Eldorado I, São Paulo ou Pampulha.

Valor de referência

Normal < 40mmol/L de Cloreto

Faixa intermediária 40 a 60mmol/L de Cloreto Elevado > 60mmol/L de Cloreto

 

 

Cloretos - Cl

Comentários

Sangue: representa 66% dos ânions do plasma, e juntamente com o sódio são os principais responsáveis pela manutenção da homeostase osmótica do plasma. Sua determinação é útil na avaliação de distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos. Níveis elevados são encontrados na deficiência de mineralocorticóides, acidose metabólica, infusão salina excessiva, perdas gastrintestinais, acidose tubular renal, fístula pancreática e hiperparatireoidismo. Níveis baixos ocorrem na hipervolemia, insuficiência cardíaca, secreção inapropriada de ADH, vômitos, acidose respiratória crônica, Doença de Addison, alcalose metabólica, cetoacidose diabética e no uso de diuréticos.

Urina: útil para avaliação de distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos, em especial, no diagnóstico da alcalose metabólica responsiva a sal.

Líquor: reflete os níveis sangüíneos de cloretos. Na meningite tuberculosa é encontrado mais baixo (25%) que os valores no soro.

Método

Eletrodo Seletivo

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

SANGUE

Valor de referência

96 a 109mEq/L

Condição

0,8mL de soro

LÍQUOR

Valor de referência

690 a 770mg/dL

Condição

0,5mL de líquor

URINA

Valor de referência

170 a 254mEq/24h

Condição

-Urina (urina 24h - urina recente ou C.O.M.).

-Não pode usar conservante - Refrigerar.

 

Enviar 5mL de urina e informar volume total.

Clostridium difficile, toxina A - Pesquisa por anticorpo monoclonal

Comentário

O Clostridium difficile é um bacilo anaeróbio Gram-positivo que pode levar à colite pseudomembranosa, mais freqüentemente em pacientes hospitalizados em uso de antibioticoterapia de largo espectro. Nesta condição há produção da toxina A que leva à lesão da mucosa intestinal e suas conseqüentes manifestações clínicas. A sensibilidade do teste é de 50% e a especificidade é de 98%. A detecção da toxina A utilizando a marcação por anticorpo monoclonal permite uma detecção direta e mais rápida que a propiciada pelos ensaios imunoenzimáticos.

Método

Anticorpo monoclonal.

Condição

Fezes recentes coletadas em frasco plástico adequado.

Obs: informar se o paciente está internado e se está em uso de antibiótico.

Conservação para envio

Até 3 horas após a coleta, em temperatura ambiente. Até 3 dias após a coleta, refrigerado entre 2o e 8oC.

 

 

Colesterol total e frações

Comentários

Sangue: o colesterol é o principal lipídeo associado à doença vascular aterosclerótica. Também é utilizado na produção de hormônios esteróides, ácidos biliares e na constituição das membranas celulares. Seu metabolismo ocorre no fígado, sendo transportado no sangue por lipoproteínas (70% por LDL, 25% por HDL e 5% por VLDL).

Líquido pleural: a dosagem do colesterol no líquido pleural é útil na diferenciação entre transudatos e exsudatos. Níveis de colesterol maiores de 45 mg/dl predizem exsudatos com sensibilidade de 90% e especificidade de 100%. A associação de colesterol elevado e LDH maior que 200 UI/l tem sensibilidade de 99% no diagnóstico de exsudatos.

Líquido ascítico: possui papel marginal na propedêutica do líquido ascítico. Embora colesterol > 50 mg/dl possa ser encontrado nas ascites associadas a neoplasias com sensibilidade de 75% e especificidade de 78%, existem controvérsias sobre sua utilidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

HDL

 

 

 

 

 

 

 

Método

 

 

 

 

 

 

 

Colorimétrico enzimático

 

 

 

 

 

 

Valor de referência

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Faixa etária

Desejável mg/dL

 

 

 

 

 

 

 

2 a 10 anos

= 40

 

 

 

 

 

 

 

10 a 19 anos

= 35

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Faixa etária

 

Baixo mg/dL

 

Aceitável mg/dL

 

Alto mg/dL

 

 

 

 

 

Adultos

 

< 40

 

41 a 59

 

= 60

 

 

Condição

 

 

 

 

 

 

 

 

 

- 0,8mL de soro.

 

 

 

 

 

 

 

- J.O. 4h ou C.O.M.

 

 

 

 

 

 

 

Conservação para envio

 

 

 

 

 

 

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

 

 

 

 

 

 

LDL

 

 

 

 

 

 

 

Método

 

 

 

 

 

 

 

Colorimétrico enzimático

 

 

 

 

 

 

Valor de referência

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Faixa Etária

 

Desejável mg/dL

 

Aceitável mg/dL

Aumentado mg/dL

 

 

 

 

 

2 a 19 anos

 

< 110

 

110 a 129

 

= 130

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Faixa Etária

Ótimo mg/dL

 

 

Desejável mg/dL

 

Limítrofe mg/dL

 

Alto mg/dL

 

Muito Alto mg/dL

 

Adultos

< 100

 

 

100 a 129

 

130 1 159

 

160 a 189

 

= 190

LDL dosado

Em amostras com Triglicérides acima de 400 mg/dL é realizado a dosagem do LDL. Neste caso, o cálculo do VLDL não segue a equação de Friedwald. O VLDL passa a ser calculado baseado no colesterol total, HDL e LDL dosado.

Condição

-0,8 mL de soro.

-J.O. 9h ou C.O.M.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

 

 

VLDL

Método

Cálculo baseado no Triglicérides.

Valor de referência

Até 40mg/dL

Condição

- 0,8mL de soro.

- J.O. 9h ou C.O.M.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

TOTAL

Método

Colorimétrico enzimático

Valor de referência - soro

Faixa Etária

Desejável mg/dL

Aceitável mg/dL

Aumentado mg/dL

2 a 19 anos

< 

170

170 a 199

= 200

 

 

 

 

Faixa Etária

Ótimo mg/dL

Limítrofe mg/dL

Alto mg/dL

Adultos

< 

200

200 a 239

= 240

Valor de referência - líquido pleural

Exsudato: maior que 45mg/dL

Transudato: menor que 45mg/dL

Valor de referência - líquido ascítico

Exsudato: maior que 46mg/dL

Transudato: menor que 46mg/dL

Condição

-0,8mL de soro.

-J.D. 4h ou C.O.M.

-1,0mL de líquido ascítico - líquido pleural.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

Complemento sérico total e frações

COMPLEMENTO SÉRICO TOTAL - CH 100

Comentários

Teste de triagem para avaliação da integridade da via clássica do complemento. Para um valor normal de CH 100 é necessária a presença de todos os componentes da via clássica (C1-C9). Resultados de CH 100 baixos são encontrados nas deficiências hereditárias dos componentes da via clássica e nas doenças que evoluem com consumo dos componentes da via clássica secundário a sua ativação por imunocomplexos, como lupus eritematoso sistêmico, crioglobulinemia mista e glomerulonefrite aguda difusa. Além de serem utilizados na avaliação diagnóstica destas patologias, os níveis de CH 100 também são utilizados no acompanhamento da resposta terapêutica dos pacientes com doenças por imunocomplexos.

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência

= 60U/CAE

Condição

-0,3mL de soro.

-J.O. 8h.

 

Após a coleta do sangue, deixar em temperatura ambiente por 30 minutos para coagular. Centrifugar. Separar o soro imediatamente e congelar. O material deve ser transportado para o laboratório congelado em gelo seco.

Conservação para envio

Até 15 dias a -20°C

 

COMPLEMENTO SÉRICO C1Q

Comentários

O C1q é uma das subunidades do primeiro componente do complemento C1. A deficiência hereditária de C1q resulta em infecções recorrentes e no desenvolvimento de lupus eritematoso sistêmico (LES) em 90% dos pacientes. Níveis séricos de C1q estão diminuídos devido à ativação da via clássica em doenças associadas a imunocomplexos, como LES, crioglobulinemia, vasculite urticariforme hipocomplementêmica e nas formas de angioedema adquirido.

Método

Imunodifusão radial

Valor de referência

Superior a 125mcg/mL

Condição

-0,3mL de soro.

-J.O. 8h.

 

Após a coleta do sangue, deixar em temperatura ambiente por 30 minutos para coagular. Centrifugar. Separar o soro imediatamente e congelar. O material deve ser transportado para o laboratório congelado em gelo seco.

Conservação para envio

Enviar no gelo no mesmo dia da coleta.

COMPLEMENTO SÉRICO C2

Comentários

O C2 é o segundo componente da via clássica do complemento. A deficiência de C2 é a mais comum dentre as deficiências hereditárias de componentes do complemento. Cerca de 10 a 30% dos pacientes com deficiência homozigótica desenvolvem LES. Os pacientes com deficiência de C2 também apresentam susceptibilidade a infecções, particularmente por bactérias encapsuladas. A diminuição de C2 ocorre nas doenças associadas a imunocomplexos, sendo sua dosagem útil na avaliação da ativação da via clássica.

Método

Imunodifusão radial

Valor de referência

4 a 24mcg/mL

Condição

-0,3mL de soro.

-J.O. 8h.

 

Após a coleta do sangue, deixar em temperatura ambiente por 30 minutos para coagular. Centrifugar. Separar o soro imediatamente e congelar. O material deve ser transportado para o laboratório congelado em gelo seco.

Conservação para envio

Enviar no gelo no mesmo dia da coleta.

COMPLEMENTO SÉRICO C3

Comentários

A quantificação de C3 é utilizada para avaliação de indivíduos com deficiência congênita deste fator ou portadores de doenças por imunocomplexos, os quais ativam a via clássica do complemento: LES, glomerulonefrites e outras. Os pacientes com deficiência congênita de C3 evoluem com infecções bacterianas recorrentes após o nascimento. Seus níveis encontram-se elevados em numerosos estados inflamatórios na resposta de fase aguda.

Pelo fato de o C3 ser um componente comum às três vias do complemento, níveis baixos de C3 podem ser encontrados em deficiências de fatores ou ativação da via alternativa.

Método

Nefelometria

Valor de referência

79,0 a 152,0 mg/dL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.O. 8h.

 

Após a coleta do sangue, deixar em temperatura ambiente por 30 minutos para coagular. Centrifugar. Separar o soro imediatamente e congelar. O material deve ser transportado para o laboratório congelado em gelo seco.

Conservação para envio

 

COMPLEMENTO SÉRICO C4

Comentários

A quantificação de C4 é utilizada para avaliação de indivíduos com deficiência congênita deste fator e de patologias onde há ativação da via clássica do complemento: LES, glomerulonefrite. Seus níveis aumentam durante a resposta de fase aguda e em certas neoplasias. A dosagem de C4 também é utilizada, juntamente com a dosagem do inibidor de C1, na avaliação inicial dos pacientes com suspeita de angioedema, os quais apresentam C4 baixo.

Método

Nefelometria

Valor de referência

16,0 a 38,0mg/dL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.O. 8h.

 

Após a coleta de sangue, deixar em temperatura ambiente por 30 minutos para coagular. Centrifugar por 10 minutos a 2000 rpm. Separar o soro imediatamente e congelar. O material deve ser transportado para o laboratório congelado em gelo seco.

Conservação para envio

Enviar no gelo no mesmo dia da coleta.

Coombs, teste de

TESTE DE COOMBS DIRETO

Comentários

O teste de Coombs direto, também chamado de teste direto da antiglobulina humana, é o principal teste utilizado na investigação das anemias hemolíticas auto-imunes. Detecta hemácias sensibilizadas com imunoglobulina IgG e complemento. Uma pequeno percentual de pacientes normais apresentam Coombs direto positivo. A causa mais comum de resultados positivos em pacientes sem anemia hemolítica é a presença de anticorpos induzidos por drogas (ex.: penicilinas, cefalosporinas, sulfonamidas, tetraciclina, metildopa, insulina, dipirona e clorpropamida).

Método

Teste em gel (Micro Typing System)

Valor de referência

Negativo

Condição

0,5mL sangue total (EDTA).

Conservação para envio

Amostra fresca e não refrigerada até 30 horas após coleta. Até 2 dias entre 2o e 8oC.

TESTE DE COOMBS INDIRETO

Comentários

A pesquisa de anticorpos irregulares ou teste de Coombs indireto detecta, no soro, imunoglobulinas IgG ou frações do complemento ligadas às hemácias. É utilizado no pré-natal de gestantes Rh negativo, triagem de anemias hemolíticas e provas pré-transfusionais.

Método

Teste em gel (Micro Typing System)

Valor de referência

Negativo

Condição

0,5 mL de soro.

Informações necessárias

Informar se a cliente está grávida, mês de gestação e no filhos (1o, 2o, etc).

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8o C ou congelar - 4oC.

 

 

Coprocultura

Comentário

A cultura de fezes identifica microrganismos enteropatogênicos em casos de diarréia aguda ou crônica. São consideradas indicações de coprocultura: diarréia sanguinolenta, febre, tenesmo, sintomas severos e persistentes, presença de leucócitos fecais e história de exposição a agentes bacterianos. No nosso serviço, as culturas são direcionadas para a pesquisa de Salmonella spp., Shigella spp., E. coli enteropatogênicas, Campylobacter spp., dentre outros eventuais patógenos.

Método

Semeadura em meios de cultivo específicos, seguida de identificação bacteriana bioquímica e/ou sorológica.

Condição

Fezes recentes in natura e em meio de transporte (Cary-Blair).

Colocar de 1 a 2 gramas, preferencialmente com muco, pus ou sangue no meio de Cary-Blair. Preferencialmente, não estar em uso de antimicrobiano.

Conservação para envio

Até 2 horas in natura, em temperatura ambiente. Até 48 horas em meio Cary-Blair, entre 2o e 8oC.

Coproporfirinas, pesquisa na urina e fezes

Comentários

A coproporfirina é uma porfirina de solubilidade intermediária, sendo excretada nas fezes e urina e útil na investigação das formas cutâneas bolhosas de porfiria. Porfirinas fecais (coproporfirinas e protoporfirinas) estão usualmente dentro dos limites da normalidade na porfiria intermitente aguda. Na coproporfiria hereditária ocorrem elevações maciças das coproporfirinas. Entretanto, a coproporfirina é a porfirina mais comumente observada nas porfirias secundárias, não sendo, pois, específica. São causas comuns de coproporfirinúria: hepatopatia, insuficiência renal crônica, neoplasia, exposição ao álcool, arsênico, hidrato de cloral, hexaclorobenzeno, chumbo, morfina e óxido nítrico. Além da pesquisa na urina e fezes, pode-se realizar a dosagem das coproporfirinas na urina. Veja também Coproporfirinas - dosagem, porfirinas, porfobilinogênio, protoporfirinas, uroporfirinas, ALA-U e zincoprotoporfirina.

FEZES

Método

Fluorescência

Valor de referência

Negativo

Condição

-Fezes recente.

-Proteger da luz, manter sob refrigeração.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC em frasco âmbar.

URINA

Método

Fluorescência

Valor de referência

Negativo

Condição

-30mL de urina (jato médio da 1a urina da manhã ou urina 24h*).

-Proteger a urina da luz (frasco âmbar), manter sob refrigeração. Enviar rapidamente ao laboratório.

-*Usar bicarbonato de sódio 5g/L de urina.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Corpos de Heinz, pesquisa

Comentários

Os corpos de Heinz consistem na precipitação de cadeias de globina que libertam-se do heme quando a hemoglobina é oxidada. Apresentam-se como inclusões intra-eritrocíticas, pequenas e arredondadas, caracteristicamente localizadas junto à membrana eritrocítica. Normalmente são removidos pelo baço. São observados em anemias hemolíticas de várias etiologias, na deficiência de G6PD, nas hemoglobinopatias por hemoglobinas instáveis, na talassemia maior, nas intoxicações por drogas, esplenectomizados e outros. A pesquisa dos corpos de Heinz deve ser solicitada na propedêutica das anemias de etiologia obscura.

Método

Azul de Cresil brilhante

Valor de referência

Negativo

Condição

1,0mL de sangue total (EDTA).

Conservação para envio

Até 24 horas em temperatura ambiente. Até 72 horas entre 2o e 8oC.

Corpos redutores fecais

Comentários

Os açúcares não absorvidos na porção alta do intestino delgado são detectados como corpos redutores nas fezes. Trata-se de um teste de triagem cuja positividade denota a deficiência de dissacaridases (sacarose, lactose, maltose), diferenciando diarréia secretória de osmótica (secundária à intolerância aos carboidratos). Fermentação bacteriana pode levar a resultado falso-positivo.

Veja também Teste de tolerância à Lactose, Maltose, Sacarose e D-xilose.

Método

Colorimétrico (reação de Benedict)

Valor de referência

Negativo

Condição

-Fezes recente (sem conservantes). Cerca de metade do volume do frasco próprio para fezes.

-Enviar rapidamente ao laboratório.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

 

Cortisol

Comentários

O cortisol é secretado pelo córtex da adrenal em resposta ao hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). É essencial para o metabolismo e funções imunológicas. Sua concentração encontra-se elevada nos casos de Síndrome de Cushing e estresse. Apresenta-se reduzido na Doença de Addison e nos casos de hipopituitarismo (com produção deficiente de ACTH). Dosagens após supressão por dexametasona possuem utilidade diagnóstica para hipercortisolismo; e, após estímulo com cortrosina (ACTH sintético) ou hipoglicemia induzida por insulina, para insuficiência adrenal primária e secundária, respectivamente. As concentrações plasmáticas de cortisol são influenciadas pela concentração da proteína transportadora do cortisol (CBG). Dependendo do método, pode apresentar reação cruzada com 11-deoxicortisol e corticosterona. Resultados falsamente anormais nos testes overnight e Liddle 1 são associados com uma variedade de condições e medicamentos. Não é útil para o seguimento de corticóides sintéticos. O cortisol encontra-se fisiologicamente aumentado na hipoglicemia e gravidez. Sua dosagem basal apresenta pouca utilidade no diagnóstico diferencial dos estados de hipercortisolismo. Pode encontrar-se em valor normal na deficiência parcial do ACTH.

Veja também Cortisol Salivar, Cortisol livre e Protocolo de Provas Funcionais.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

08 horas: 5 a 25bg/dL

16 horas: queda maior que 35% do valor das 8 horas 18 horas: queda maior que 50% do valor das 8 horas

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso (inclusive pomadas e cremes), dia, hora da última dose e horário da coleta.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

Cortisol livre

Comentários

O cortisol é secretado pelo córtex da adrenal em resposta à estimulação do hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). É essencial para o metabolismo e funções imunológicas. O diagnóstico da Síndrome de Cushing requer evidência da hipersecreção do cortisol. Enquanto o cortisol sérico flutua de maneira imprevisível e é fortemente dependente dos níveis de CBG, a coleta urinária de 24 horas integra a produção de cortisol por um dia inteiro e não é afetada pela CBG. O cortisol urinário reflete a porção do cortisol sérico livre filtrado pelo rim e correlaciona-se bem com a taxa de secreção. Pacientes com Síndrome de Cushing usualmente têm cortisol livre urinário acima de 100 mcg/24 horas, no entanto, exibe grande variação e nenhum valor de corte absoluto pode ser utilizado. Alguns pacientes com cortisol livre urinário elevado não têm Síndrome de Cushing e são classificados como Pseudo-Cushing. Não é útil na avaliação da insuficiência adrenal.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

Criança

2 a 27 µg/24h

Adolescente

5 a 55 µg/24h

Adulto

10 a 90 µg/24h

Condição

 

 

5,0mL de urina 24h (sem conservante). Refrigerar.

Informações necessárias

-Informar medicamentos em uso.

-Ingestão normal de líquidos, sem exagero (porque diminui a sensibilidade do método).

-Sendo diabético, controlar rigorosamente a dieta e medicamentos, para diminuir a ingestão de líquidos.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

Cortisol salivar

Comentários

O cortisol é secretado pelo córtex da adrenal em resposta ao hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). É essencial para o metabolismo e funções imunológicas. Sua concentração encontra-se elevada nos casos de Síndrome de Cushing e estresse. Apresenta-se reduzido na Doença de Addison e nos casos de hipopituitarismo (com produção deficiente de ACTH). As concentrações plasmáticas de cortisol são influenciadas pela concentração da proteína transportadora do cortisol (CBG). Dependendo do método pode apresentar reação cruzada com 11-deoxicortisol e corticosterona. Não é útil para o seguimento de corticóides sintéticos. O cortisol encontra-se fisiologicamente aumentado na hipoglicemia e gravidez. Sua dosagem basal apresenta pouca utilidade no diagnóstico diferencial dos estados de hipercortisolismo. Pode encontrar-se em valor normal na deficiência parcial do ACTH. O cortisol salivar representa um grande avanço para o diagnóstico diferencial entre o hipercortisolismo verdadeiro e os estados de Pseudo-Cushing. Sua mensuração é a medida direta do cortisol livre. A coleta no período noturno (às 23 horas) é o recomendado. Apresenta excelente correlação com o cortisol livre plasmático e sua concentração é independe do fluxo salivar.

Veja também Cortisol.

Método

Radioimunoensaio

Valor de referência

Adulto

08 horas: 3,5 a 32nmoL/L

23 horas: menor que 3,6nmoL/L

Condição

1,0mL de saliva.

Informações necessárias

Informar horário da coleta, medicamentos em uso (inclusive pomadas e cremes), dia e hora da última dose.

Coleta

-Por um período de 30 minutos antes da coleta não será permitido qualquer tipo de alimentação ou bebida (com exceção de água).

-Permanecer em repouso por uma hora antes da coleta.

-Imediatamente antes da coleta é aconselhável lavar a boca com água através de bochechos leves.

-A coleta não é recomendável em caso de lesões orais com sangramento ativo ou potencial.

-Evitar escovar os dentes pelo menos 2 horas antes da coleta para evitar sangramento gengival.

-Remova a tampa superior do tubo.

-Coloque o algodão, presente no recipiente suspenso, debaixo da língua e aguarde um período de 2 a 3 minutos. Se preferir, pode mastigar levemente o algodão, mantendo-o o máximo possível embebido com saliva. Durante esse período de coleta não é permitido ingestão de água, alimento ou qualquer tipo de líquido.

-Retorne o algodão para o interior do recipiente suspenso, fechando com a tampa logo a seguir.

-O tubo pode ser encaminhado imediatamente ao laboratório sem refrigeração. No entanto, em casos onde o transporte não será efetuado imediatamente, aconselha-se a refrigeração da amostra entre 2o e 8oC. A amostra refrigerado poderá ser recebida no laboratório com até 48 horas da coleta.

 

 

Corynebacterium minutissimum, pesquisa

Comentário

O Corynebacterium minutissimum é um bastonete Gram-positivo agente do eritrasma. Normalmente é um constituinte da flora normal da pele, mas sob certas condições (pacientes diabéticos, umidade excessiva, oclusão prolongada da pele) pode gerar lesão intertriginosa, particularmente em axilas, região inguinal e interdigitais. A pesquisa é útil no diagnóstico diferencial das dermatofitoses.

Método

Coloração ao Giemsa e Gram.

Condição

Raspado de pele, preferencialmente sem estar em uso de medicamentos tópicos. Raspar cuidadosamente as lesões, recolhendo o material em placas de vidro ou raspar cuidadosamente com alça bacteriológica, em casos de lesões pouco descamativas. Confeccionar dois esfregaços em lâminas limpas e desengorduradas. Caso necessário, umedecer a alça com solução salina estéril.

Conservação para envio

Até 14 dias em esfregaço fixado e protegido.

Creatina

Comentários

É uma proteína cuja concentração dependente da massa muscular e da atividade da creatinoquinase. Níveis elevados são encontrados nas dietas ricas em proteínas, gravidez, indivíduos com massa muscular elevada, necrose muscular, miopatias, corticoterapia e no hipotireoidismo.

Método

Colorimétrico

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

SANGUE

Valor de referência

76 a 124mmoL/L

Condição

3,0mL de soro.

URINA

Valor de referência

Homem até 500µmoL/L

Mulher até 1000µmoL/L

Condição

Urina (jato médio da 1a urina da manhã ou urina 24h).

 

Enviar 5mL de urina.

 

 

Creatinina

Comentários

É o teste mais utilizado para avaliação da taxa de filtração glomerular. É o produto de degradação da creatina, sendo sua concentração sérica não só dependente da taxa de filtração renal, mas também da massa muscular, idade, sexo, alimentação, concentração de glicose, piruvato, ácido úrico, proteína, bilirrubina e do uso de medicamentos (cefalosporinas, salicilato, trimetoprim, cimetidina, hidantoína, anticoncepcionais e anti-inflamatórios). Níveis baixos podem ser encontrados nos estados que cursam com diminuição da massa muscular.

As limitações da creatinina sanguínea, na avaliação clínica da função renal, estimularam vários autores a propor fórmulas de estimativa do RFG. A fórmula do estudo MDRD é considerada a melhor para esta estimativa em adultos, ressaltando-se que esta fórmula é mais precisa quando o RFG é inferior ou igual a 60ml/min/1,73m². A equação do estudo MDRD não foi testada em crianças, idosos acima de 70 anos, mulheres grávidas, pacientes gravemente enfermos e pessoas com extremos de peso. Veja também Cistatina C.

Método

Colorimétrico (Jaffé mod.)

SANGUE

Valor de Referência (Adulto)

Homem: 0,7 a 1,3mg/dL

Mulher: 0,5 a 1,1mg/dL

Ritmo de filtração glomerular: maior que 60 ml/min/1,73 m2

Condição

-0,8mL soro ou plasma (EDTA/fluoreto).

-JNO

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8o C.

URINA

Valor de Referência - Urina 24h

Homem 1,5 a 2,5g/24h

Mulher 0,8 a 1,5g/24h

Condição

Urina (jato médio da 1a urina da manhã - urina 12h ou 24h ou C.O.M.).

Refrigerar desde o início da coleta OU usar HCl 50% 20mL/L.

 

Enviar 5mL de urina e informar volume total.

Conservação de envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

Creatinina, clearance

Comentários

Teste utilizado para avaliação da taxa de filtração glomerular, sendo mais sensível que a determinação sérica isolada. No Clearance de Creatinina valores séricos e urinários são medidos e a depuração é calculada e corrigida tendo em vista a superfície corporal. Clearance elevado pode ser encontrado após exercícios, na gravidez e no diabete melito. Variação intra-individual desse teste pode chegar a 15%. Armazenamento da urina por muito tempo, em altas temperaturas pode causar conversão da creatina à creatinina, acarretando aumentos espúrios.

Veja também Cistatina C.

Método

Colorimétrico (Jaffé mod.)

Valor de referência

Criança 70 a 140mL/min/1,73 m2 Homem 85 a 130mL/min/1,73 m2 Mulher 75 a 115mL/min/1,73 m2

Nota: após os 40 anos de idade, espera-se uma redução de 6,5mL/min/1,73 m2 a cada dez anos.

Condição

-0,8mL de soro + 5,0mL de urina de 12 ou 24h.

-Refrigerar desde o início da coleta OU usar HCl 50% 20mL/L.

-Coletar a amostra de sangue no mesmo dia de entrega da urina.

 

Informar volume total, peso e altura do cliente e tempo de coleta (12 ou 24h).

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

Creatinofosfoquinase - CK-total

Comentários

Enzima encontrada principalmente na musculatura estriada, cérebro e coração. É um marcador sensível, mas inespecífico de lesão muscular, inclusive miocárdica. Níveis elevados são encontrados no infarto agudo do miocárdio, miocardite, hipertermia maligna, distrofia muscular, exercício físico, dermatopolimiosite, rabdomilóise, traumas e injeções musculares.

Método

 

 

Enzimático

 

 

Valor de referência

 

Homem

até 190U/L

 

Mulher

até 165U/L

 

Criança de 2 a 12 meses

até 325U/L

Criança após 12 meses

até 225U/L

Condição

 

 

0,8mL de soro.

 

Conservação para envio

 

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

 

 

 

Creatinofosfoquinase MB - CK-MB

Comentários

Dosagem única de CK-MB tem sensibilidade de 50% à entrada do paciente no pronto socorro, sendo que medidas seriadas aumentam sua sensibilidade para 90% no diagnóstico do infarto agudo do miocárdio. É detectável em 4h a 6h após lesão miocárdica, ocorrendo pico em 12 a 24 h e retorno a níveis normais em 2 a 3 dias. A CK-MB representa 20% do total da creatinoquinase presente no miocárdio e 3% da creatinoquinase presente na musculatura esquelética, podendo-se encontrar níveis elevados em pacientes com doenças e traumas da musculatura esquelética. A presença de macro-CPK MB (complexo de imunoglobulinas e CPK MB) causa elevações de CPK MB acima dos valores da CPK Total, sem significado patológico.

Veja também troponina I.

Método

Enzimático

Valor de referência

Até 25U/L

Condição

0,8mL de soro, sem hemólise.

Conservação para envio

Até 24 horas entre 2o e 8oC.

 

 

Crioaglutininas, pesquisa

Comentários

A presença de crioaglutininas em título superior a 1:32 é indicativa de infecção por Mycoplasma pneumoniae. Cerca de 50% dos pacientes com pneumonia atípica apresentam crioaglutininas no período de 8 a 30 dias após o início da infecção. Pode haver reações positivas na mononucleose ou na presença de crioglobulinas. Reações falso- negativas podem ocorrer em amostras previamente refrigeradas ou uso de antibióticos. Resultados falso-positivos podem ocorrer em 25% dos casos.

Método

Aglutinação

Valor de referência

< 1:32

Condição

-0,5mL soro* + 1,0mL de sangue total (EDTA).

-J.O. 8h.

 

*A seringa ou tubo de Vacutainer deve ser aquecido antes da coleta. O sangue deve ser deixado à 37o C durante o processo de coagulação. Centrifugar por 10 minutos a 3000 rpm. Transportar o soro na temperatura ambiente o mais rápido possível para o laboratório. Essa amostra não deve, em hipótese nenhuma, ser colocada na geladeira.

Conservação para envio

O soro deve ser separado rapidamente após a coleta e não pode ser armazenado com o coágulo. Enviar até 24 horas em temperatura ambiente (15o a 25oC).

Criofibrinogênio, pesquisa

Comentários

Criofibrinogênio consiste em fibrinogênio que tem a propriedade de formar um precipitado em baixas temperaturas. Sua presença pode resultar em úlceras cutâneas, isquemia e necrose de áreas expostas ao frio, como extremidades, nariz e orelhas. Pode ser uma condição primária ou estar associada a desordens da coagulação, doenças malignas, processos inflamatórios, incluindo infecções neonatais, uso de contraceptivos orais e esclerodermia.

Método

Precipitação

Valor de referência

Negativo

Condição

-3,0mL de plasma (citrato de sódio).

-J.O. 8h.

Informações necessárias

Informar se está em uso de anticoagulante.

 

A seringa ou tubo de Vacutainer deve ser aquecido antes da coleta. O sangue deve ser deixado à 37o C durante o processo de coagulação. Centrifugar o sangue por 10 minutos a 3000 rpm. Transportar o plasma na temperatura ambiente o mais rápido possível para o laboratório. Essa amostra não deve, em hipótese nenhuma, ser colocada na geladeira.

Conservação para envio

Até 24 horas em temperatura ambiente.

 

 

Crioglobulinas, pesquisa

Comentários

Crioglobulinas são imunoglobulinas que tem a propriedade de formar um precipitado em temperaturas abaixo de 37°C. São classificadas em tipo 1 (IgG ou IgM monoclonal), tipo 2 (imunocomplexos formados por IgM monoclonal com atividade de fator reumatóide e IgG policlonal) e tipo 3 (imunocomplexos formados por IgM policlonal com atividade de fator reumatóide e IgG policlonal). Podem ser uma condição isolada ou estar associadas a uma variedade de patologias como doenças linfoproliferativas, doenças infecciosas agudas ou crônicas, doenças auto- imunes, mieloma múltiplo e Macroglobulinemia de Waldenströn. Estão associadas a manifestações clínicas como acrocianose, púrpura palpável, artralgias, glomerulonefrite, neuropatia periférica e vasculite. A temperatura deve permanecer a 37°C durante o processo de coleta, coagulação e centrifugação da amostra, para se evitar resultados falso-negativos.

Método

Precipitação

Valor de referência

Negativo

Condição

-3,0mL de soro.

-J.O. 8h.

 

A seringa ou tubo de Vacutainer deve ser aquecido antes da coleta. O sangue deve ser deixado à 37oC durante o processo de coagulação. Centrifugar por 10 minutos a 3000 rpm. Transportar o Soro na temperatura ambiente o mais rápido possível para o laboratório. Essa amostra não deve, em hipótese nenhuma, ser colocada na geladeira.

Conservação para envio

Até 24 horas em temperatura ambiente.

Cristais com luz polarizada, pesquisa no líquido sinovial

Comentários

A pesquisa de cristais no líquido sinovial pode ser útil na determinação da etiologia do quadro articular. Os microcristais podem ser encontrados no interior das células ou livres no líquido articular. Os cristais de monourato de sódio são encontrados na artrite gotosa. Cristais de pirofosfato de cálcio são encontrados principalmente dentro de leucócitos e macrófagos na pseudogota.

Veja também Líquido sinovial rotina.

Método

Microscopia com luz polarizada

Condição

1,0mL líquido sinovial.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Cristais com luz polarizada, pesquisa na urina

Comentários

A identificação dos cristais na urina é utilizada na tipificação de distúrbios do trato urinário e do metabolismo, sendo útil no diagnóstico e orientação terapêutica. A urina normal recém-eliminada pode conter cristais formados nos túbulos ou, em menor freqüência, na bexiga. O objetivo da identificação dos cristais urinários é detectar alguns tipos relativamente anormais que podem refletir doenças hepáticas, erros inatos do metabolismo ou lesão renal causada por cristalização de metabólitos de drogas nos túbulos. Guardam relação com o tipo de alimentação e o processo patológico.

Método

Microscopia com luz polarizada

Valor de referência

Ausente

Condição

Urina (jato médio da 1a urina da manhã ou urina 24h*).

 

Enviar 30mL de urina. Ter o cuidado de homogeneizar bem a urina antes de separar. Manter em geladeira durante a coleta. Enviar rapidamente ao laboratório.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

Cryptococcus neoformans, aglutinação

Comentários

Teste útil no diagnóstico e prognóstico da infecção criptocóccica. Altos títulos de antígeno geralmente correlacionam-se com gravidade e, da mesma maneira, diminuição do título de antígeno corresponde a bom prognóstico. Reações falso-positivas podem ocorrer na presença de fator reumatóide, doenças causadas por Trichosporon beigelii e bacilos Gram-negativos.

Método

Aglutinação - Pesquisa direta

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,5mL de soro - líquor - lavado broncoalveolar - urina.

-J.O. 8h

Conservação para envio

Refrigerar entre 2o e 8oC.

Cryptococcus neoformans, pesquisa direta

Comentário

A criptococose atinge primariamente os pacientes com imunodeficiências das células T, principalmente os portadores de SIDA e neoplasias. O Criptococo é uma levedura encapsulada. Sua infecção inicia-se nos pulmões, sendo geralmente assintomática e totalmente resolvida em imunocompetentes. Em imunodeprimidos, a infecção freqüentemente dissemina-se para ossos, rins, fígado, pele, e, em especial, pelo sistema nervoso central. O exame microscópico direto permite diagnóstico rápido do Criptococo no líquor (meningites) e outros materiais (escarro, lavado broncoalveolar, etc).

Método

Microscopia.

Valor de referência

Negativo.

Condição

2,0mL de líquor; escarro; lavado broncoalveolar e outros.

Conservação para envio

O líquor deve ser enviado ao laboratório imediatamente e não pode ser submetido à refrigeração.

 

 

Cryptosporidium, pesquisa

Comentário

A infecção pelo Cryptosporidium em humanos é causa de diarréia em imunocompetentes e imunodeprimidos. Entretanto, a infecção é mais severa e crônica naqueles com defesas baixas. Pode ainda ser um dos causadores de colangiopatia em pacientes com SIDA, manifestando-se com febre, dor no hipocôndrio direito e colestase.

Método

Ziehl-Neelsen modificado.

Valor de referência

Negativo.

Condição

Fezes recentes.

Idealmente, as fezes devem ser coletadas a cada 3 dias, com um mínimo de 3 amostras, ou conforme orientação médica.

Conservação para envio

Até 48 horas entre 2o e 8oC ou em formol a 10%.

C-telopeptídeo - CTX

Comentários

É um produto da degradação do colágeno, marcador da reabsorção óssea. O colágeno tipo I é sintetizado a partir de seu precursor (pró-colágeno tipo I) que contém extensões N e C-terminais. Após um processo complexo, o pró- colágeno é convertido a colágeno pela remoção enzimática dos N- e C-pró-peptídeos. Estes fragmentos são denominados telopeptídeos. Níveis elevados são encontrados em crianças, pacientes com osteoporose, osteomalácia, osteodistrofia renal, em uso de corticóide, doença de Paget, hiperparatireoidismo e hipertireoidismo. É útil para monitorização da resposta ao tratamento. Bifosfonatos e estrógenos reduzem os níveis de telopeptídeos, após 3 meses de terapia adequada, em 30% a 40%. Níveis estão diminuídos em indivíduos com hipoparatireoidismo. Pico de excreção ocorre entre 05 e 08h, refletindo um aumento do turnover ósseo pela noite, com níveis mais baixos entre 14 e 23 horas.

Método

Eletroquimioluminescência

 

Valor de referência

 

Homem 30 a 50 anos

0.016 a 0,584nanog/mL

 

50 a 70 anos inferior a 0,704nanog/mL

 

> 70 anos inferior a 0,854nanog/mL

Mulher

Pré-menopausa

0,025 a 0,573nanog/mL

 

Pós-menopausa

0,104 a 1.008nanog/mL

Condição

 

0,7mL de soro ou plasma (EDTA).

Conservação para envio

Soro: até 24 horas entre 2o e 8oC.

Plasma: até 8 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Cultura e antibiograma automatizados

Comentário

O método especifica a suscetibilidade antimicrobiana e determina a concentração inibitória mínima para uma ampla variedade de antibióticos. Identifica bactérias Gram-negativas fermentadoras e não fermentadoras, cocos Gram- positivos, anaeróbios, leveduras e organismos fastidiosos como Haemophilus spp. e Neisseria spp. Detecta cepas produtoras de beta-lactamases e de beta-lactamases de espectro ampliado (ESBL). Determina se há sinergismo entre penicilinas e aminoglicosídeos nas infecções graves pelo Enterococcus spp.

É desejável não ter iniciado o uso de antimicrobianos prévio à coleta. Veja também “Hemocultura automatizada”.

Método

Sistemas de isolamento e identificação.

AERÓBIOS

Condição

Material de região suspeita de infecção bacteriana.

Obs: só será feito quando o médico solicitar MIC ou cultura automatizada.

Conservação para envio

Conservar de acordo com o material especificado ou tipo de cultura a ser executado.

ANAERÓBIOS

Obs: não se processa antibiograma para anaeróbios.

Condição

-Enviar no meio de transporte para anaeróbios (tioglicolato com vácuo).

-Sangue e líquido ascítico: enviar no frasco próprio para hemocultura de anaeróbios.

-Nunca deixar amostra em contato prolongado com o ar.

-Como a maioria das infecções por anaeróbios são mistas, é recomendável sempre fazer, em paralelo, cultura para aeróbios e Gram.

-Qualquer material colhido por swab (garganta, nasofaringe, secreções, etc) não é o ideal, assim como fezes, escarro expectorado e urina obtida por micção espontânea ou cateterização.

Conservação para envio

As amostras devem ser imediatamente inoculadas em meio de tioglicolato 135 com vácuo e rolha de borracha. Sangue e líquido ascítico devem ser enviados em frascos anaeróbicos de hemocultura.

Para transporte rápido (inferior a 30 minutos) de material colhido com seringa, a agulha deve ser obstruída com borracha e a seringa deve ser esvaziada de todo ar.

IDENTIFICAÇÃO DE BACTÉRIAS

Comentário

Identificação de gênero e espécie do microrganismo causador da infecção e determinação quantitativa da sensibilidade aos antimicrobianos (MIC) a partir de bactéria viável isolada em meio de cultura.

Condição

Bactéria viável isolada, enviada em meio de cultura.

 

 

Cultura para bactérias

Comentários

O exame auxilia no diagnóstico de infecções microbianas nos diversos sítios corporais, identificação dos microrganismos e testes de sensibilidade antimicrobiana.

Método

Sistemas de isolamento e identificação.

Condição

1º jato urinário, esperma, secreção vaginal ou uretral, escarro, líquidos corporais, secreções de feridas, conjuntiva, faringe e outros materiais.

Preferencialmente, não ter feito uso de antimicrobianos nos últimos 7 dias.

Conservação para envio

As amostras de secreções devem ser imediatamente inoculadas em meio de transporte Stuart.

Amostras de esperma e líquidos corporais devem ser colhidas em frascos estéreis e enviadas “in natura”, o mais rápido possível.

É aconselhável o envio de lâminas para realização do Gram.

Alguns materiais necessitam inoculação imediata em meio de transporte para anaeróbios ou meios de cultura específicos.

Cultura para bactérias anaeróbias

Comentários

O exame auxilia no diagnóstico de infecções em que microrganismos anaeróbios possam estar envolvidos. As bactérias anaeróbias vivem, na sua maioria, no trato gastrintestinal e provocam abscessos profundos, mas algumas estão presentes em forma de esporos no ambiente (ex.: Clostridium). Os espécimes que não forem adequadamente protegidos do oxigênio atmosférico não são adequados.

Não se processa antibiograma para anaeróbios.

Método

Semeadura em meios específicos e incubação em atmosfera de anaerobiose.

Condição

Abscessos fechados, celulite, sangue, punção de seios paranasais, líquido pleural, aspirado transtraqueal, lavado brônquico, líquor, líquido ascítico, urina colhida através de punção supra-púbica, etc.

Em amostra de DIU, processa-se apenas cultura para actinomicetos.

Obs: qualquer material colhido por swab (garganta, nasofaringe, secreções, etc) é inadequado, assim como fezes, escarro expectorado e urina obtida por micção espontânea ou cateterização.

-Geralmente a amostra é obtida pelo médico assistente.

-Como a maioria das infecções por anaeróbios são mistas, é recomendável fazer em paralelo cultura para aeróbios e Gram.

Conservação para envio

-As amostras devem ser imediatamente inoculadas em meio de tioglicolato com vácuo e rolha de borracha.

-Sangue e líquido ascítico devem ser enviados em frascos especiais de hemocultura destinados a cultivo de anaeróbios.

-Para transporte rápido (inferior a 30 minutos) de material colhido com seringa, a agulha deve ser obstruída com borracha e a seringa deve ser esvaziada de todo ar.

-Enviar em frasco próprio.

-Amostras colhidas em outros frascos deve ser encaminhada imediatamente.

 

 

Deidroepiandrosterona - DHEA

Comentários

O DHEA é produzido pelas supra-renais e gônadas. Nas mulheres saudáveis, o córtex adrenal é o sítio de produção exclusivo do DHEA e DHEA-S. Nos homens, o córtex adrenal é o principal sítio produtor de DHEA e DHEA-S. É muito utilizado quando se deseja avaliar a origem adrenal dos cetoesteróides. A excessiva produção do DHEA leva ao hirsutismo e virilização via conversão para testosterona e androstenediona. Elevações ocorrem em tumores adrenais, doença de Cushing, hiperplasia adrenal e adrenarca precoce. Baixas concentrações ocorrem na Doença

de Addison.

 

 

 

Método

 

 

 

Radioimunoensaio

 

 

Valor de referência

 

 

Menor que1 ano

0,2 a 7,6ng/mL

1 a 5 anos

0,1 a

 

1,3ng/mL

6 a 10 anos

0,1 a

3,6ng/mL

Puberdade

0,3 a

 

9,0ng/mL

Masculino adulto

 

1,4 a 12,5ng/mL

Feminino adulto

0,8 a 10,5ng/mL

Condição

 

 

 

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

-Informar medicamentos em uso.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2° e 8°C.

Deidroepiandrosterona, sulfato - SDHEA

Comentários

O SDHEA é sintetizado quase que exclusivamente nas adrenais. É o esteróide C19 mais abundante e a maior fonte dos 17-cetosteróides urinários. É um marcador da função adrenal cortical. Encontra-se aumentado nos casos de hiperplasia adrenal congênita, carcinoma adrenal, tumores virilizantes das adrenais e na Síndrome de Cushing. Valores baixos são encontrados na Doença de Addison e na Hipoplasia Adrenal.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

Idade

Homem

Mulher

1 a 7 dias

855 a 4226nanog/mL

698 a 4716nanog/mL

8 a 15 dias

302 a 1758nanog/mL

335 a 3497nanog/mL

Pré-púberes

111 a 1201 nanog/mL

162 a 962nanog/mL

Adulltos

800 a 5600nanog/mL

350 a 4300nanog/mL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC. Após, congelar.

 

 

Dengue, sorologia

Comentários

São conhecidos quatro sorotipos do vírus do dengue: Den 1, Den 2, Den 3 e Den 4. O vírus do dengue é da família flavivírus que contém 70 espécies, entre elas o vírus da febre amarela. Todos os flavivírus têm epítopos em comum no envelope protéico, o que possibilita reações cruzadas em testes sorológicos.

Imunoensaio enzimático IgM: baseia-se na detecção de anticorpos IgM específicos para os quatro sorotipos. Detecta anticorpos anti-IgM em 80% dos pacientes com 5 dias de doença, 93% dos pacientes com 6 a 10 dias de doença e 99% entre 10 e 20 dias. IgM é detectado na infecção primária e na infecção secundária, com títulos mais altos na primeira. Uma pequena porcentagem de pacientes com infecção secundária não têm IgM detectável. Na infecção terciária os títulos são mais baixos ou ausentes. Em alguns casos de infecção primária, IgM pode persistir por mais de 90 dias, mas na maioria é indetectável após 60 dias do início do quadro clínico. Apresenta índice de falso-positivo de 1,7%. Deve-se lembrar que causa comum de falso-negativo é a coleta prematura da amostra (antes do 5º dia). Reações cruzadas com outras flaviviroses são citadas para ELISA IgM.

Imunoensaio enzimático IgG: anticorpos IgG na dengue são menos específicos que o IgM, havendo possibilidade de reações cruzadas entre as flaviviroses, o que acarreta em altas taxas de falso-positivos. Deve-se lembrar da possibilidade de transferência vertical de IgG materna a crianças, e da ocorrência de IgG positivo em pacientes vacinados contra febre amarela. Ressalta-se que a combinação de ELISA IgM e IgG é importante para o diagnóstico do dengue em pacientes em áreas endêmicas, pois parte dos pacientes reinfectados podem não apresentar elevações de IgM.

Veja também PCR para Dengue.

IgG e IgM

Método

Imunoensaio ezimático

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,5mL de soro.

-J.O. 8h.

-Aconselhável realizar 07 dias após início dos sintomas.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 0o e - 10oC.

Deoxipiridinolina

Comentários

A deoxipiridinolina e a piridinolina constituem as ligações cruzadas da estrutura helicoidal do colágeno tipo I. A quantidade de piridinolina e deoxipiridinolina urinárias refletem a reabsorção óssea (atividade osteoclástica) sendo excretadas na razão 3:1 (deoxipiridinolina/piridinolina). A deoxipiridinolina é mais sensível que a piridinolina, não sendo influenciada pela dieta. Considerando que a excreção desses marcadores é maior à noite, e que variações de até 20% podem ocorrer durante o dia, deve-se preferir a coleta de 24 horas. Para monitorização da resposta terapêutica, esses marcadores permitem detecção de alterações de forma mais rápida que a densitometria óssea (2 a 10 semanas). Níveis elevados são encontrados na osteoporose, Doença de Paget, metástases ósseas,

hiperparatireoidismo e hipertireoidismo. Hipotireoismo pode diminuir níveis excretados.

 

 

Veja também Piridinolina.

 

 

 

Método

 

 

 

 

Cromatografia Líquida de Alta Performance - HPLC

 

 

Valor de referência

 

 

 

 

02 a 10 anos

31 a 110nmoL/mmoL de creatinina

 

 

11 a 14 anos

17 a 100nmoL/mmoL de creatinina

 

 

15 a 17 anos

= 59nmoL/mmoL de creatinina

 

 

Adulto - mulher

4 a

21nmoL/mmoL de creatinina

 

 

Adulto – homem

4 a

19nmoL/mmoL de creatinina

 

 

 

 

 

 

(continua)

 

 

 

 

 

118

 

 

 

Laboratório Echo de Análises Clínicas Ltda - Patologia Clínica

 

 

 

 

 

 

Condição

-10mL de urina (urina 2h - 12h - 24h).

-Usar HCL 50% 20 mL/L de urina (adulto) ou 10mL/L de urina (criança).

-Refrigerar e proteger da luz (frasco âmbar).

Conservação para envio

Até 1 mês acidificada e entre 2o e 8oC.

Depuração da água livre

Comentários:

Permite estimativa da função renal de reabsorção tubular através da relação entre os componentes osmoticamente ativos da urina e a água livre, correlacionados ao fluxo urinário. Trata-se de uma das últimas funções renais a serem perdidas na insuficiência renal. Está aumentada na necrose tubular aguda (NTA) e na insuficiência renal crônica, sendo útil na diferenciação entre a uremia pré-renal, renal e pós-renal.

Método:

Determinação da Osmolalidade por crioscopia

Valor de Referência

- 20 a - 100mL/hora (menos 20 a menos 100mL/hora)

Condição

0,5mL de soro + 5,0mL de urina 24h.00000000

 

Enviar 5,0ml de urina e informar volume total.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8o C.

Desidrogenase láctica - LDH

Comentários

Sangue: é uma enzima que catalisa a conversão de lactato a piruvato, sendo liberada na ocorrência de dano celular. Elevação dos níveis de LDH ocorre em neoplasias, hipóxia, cardiopatias, anemia hemolítica, anemia megaloblástica, mononucleose, inflamações, hipotireoidismo, pneumopatias, hepatites, etilismo, pancreatite, colagenoses, trauma e obstrução intestinal. Hemólise pode levar a resultados falsamente elevados.

Líquido pleural: é um critério para diferenciação entre exsudato e transudato. A relação LDH pleural/sérica > 0,6 e LDH pleural > 200 U/L indicam exsudato, com sensibilidade de 98% e especificidade entre 70 e 98%. Níveis de LDH acima de 1.000 U/L são encontrados em neoplasias e empiema. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.

Líquido ascítico: normalmente níveis de LDH no líquido ascítico são 50% dos valores séricos. Está elevada nas peritonites (espontâneas e secundárias), tuberculose peritoneal e carcinomatoses. A razão LDH pleural/sérica maior que 0,6 sugere exsudato. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.

Líquor: níveis normais de LDH no líquor são 10% da LDH no sangue. Níveis elevados são encontrados no acidente vascular cerebral, tumores do sistema nervoso central e meningites. Sua determinação deve ser feita em

paralelo com a dosagem sérica.

Método

Enzimático

Valor de referência – soro

 

Masculino

 

Feminino

1 a

30 dias

125 a 735U/L

1 a

30 dias

145 a 765U/L

31 a 365 dias

170 a 450U/L

31 a 365 dias

190 a 420U/L

1 a

3 anos

155 a 345U/L

1 a

3 anos

165 a 395U/L

4 a

6 anos

155 a 345U/L

4 a

6 anos

135 a 345U/L

7 a

9 anos

145 a 300U/L

7 a

9 anos

140 a 280U/L

10 a 12 anos

120 a 325U/L

10 a 12 anos

120 a 260U/L

13 a 15 anos

120 a 290U/L

13 a 15 anos

100 a 275U/L

16 a 18 anos

105 a 235U/L

16 a 18 anos

105 a 230U/L

> 18 anos

100 a 190U/L

> 18 anos

100 a 190U/L

Valor de referência Líquido pleural:

Exsudato: maior que 200UI/L Transudato: menor que 200UI/L

Relação LDH pleural/sérica > 0,6 é indicativa de exsudato.

Nota: O ensaio somente será válido se a amostra for centrifugada, para separação dos elementos celulares, logo após a coleta e refrigerada.

Líquido ascítico:

100,0 a 190,0U/L

Nota: O ensaio somente será válido se a amostra for centrifugada, para separação dos elementos celulares, logo após a coleta e refrigerada.

Líquor:

Níveis normais de LDH no líquor correspondem a 10% dos valores séricos.

Nota: O ensaio somente será válido se a amostra for centrifugada, para separação dos elementos celulares, logo após a coleta e refrigerada.

Condição

0,8mL de soro - líquido ascítico - líquido pleural - líquor.

 

Centrifugar a amostra antes do envio.

Conservação para envio

Até 24 horas entre 2o e 8oC.

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