Informações

Dicas

MANUAL DE EXAMES - PATOLOGIA CLÍNICA (Parte 07)

Filária, pesquisa

Comentários

A pesquisa em sangue periférico é indicada para o diagnóstico da filariose. A filariose por W. bancrofti é causada por um nematodo que vive nos vasos sangüíneos das pessoas infectadas, apresentando diversas manifestações clínicas, evoluindo nos casos crônicos com elefantíase de membros, mamas e orgãos genitais. Os sintomas iniciam- se um mês após a infecção. As microfilárias aparecem de 6 a 12 meses após a inoculação, tendo periodicidade para circular à noite, entre 22 e 2h e podem persistir por 5 a 10 anos. A pesquisa de microfilárias é dependente da quantidade de sangue utilizado. Microfilárias podem estar ausentes do soro nos estágios iniciais e tardios da doença. O teste que utiliza anticorpo monoclonal específico para a Wuchereria bancrofti substitui a pesquisa de microfilárias com melhor sensibilidade, podendo ser usadas amostras coletadas em qualquer horário.

Veja também Filariose.

Método

Esfregaço em Lâmina - Coloração de Giemsa

Valor de referência

Negativo

Condição

-1,0mL de sangue total (EDTA) + 2 esfregaços sangüíneos.

-Pesquisa de microfilárias: colher entre 22:00 e 04:00 horas.

 

Não refrigerar. Enviar o mais rápido possível.

Conservação para envio

Lâminas: até 48 horas em temperatura ambiente (sem corar). Sangue: até 24 horas em temperatura ambiente.

Filariose, pesquisa do antígeno

Comentários

No Brasil a filariose é causada pela Wuchereria bancrofti, tendo como vetor o mosquito Culex. A evolução a quadros crônicos pode trazer graves seqüelas: hidrocele, elefantíase de membros, mamas e órgãos genitais. A detecção do antígeno da W. bancrofti por método imunocromatográfico apresenta sensibilidade de 100%, especificidade de 96,4%, com valor preditivo negativo de 100% e valor preditivo positivo de 71%. Ao contrário da pesquisa de microfilárias, a amostra para pesquisa do antígeno da W. bancrofti pode ser colhida a qualquer hora do dia. A pesquisa do antígeno da W. bancrofti é superior à determinação de anticorpos por imunofluorescência indireta, pois esta é passível de apresentar reações cruzadas com outras parasitoses.

Método

Imunocromatografia

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,3mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Refrigerar entre 2o e 8oC.

 

 

Fosfatase ácida

Comentários

As fosfatases ácidas estão presentes na próstata, ossos, hemácias, leucócitos, plaquetas, pulmões, rins, baço, fígado, pâncreas e vesícula seminal. Aumentos ocorrem nas leucemias, trombocitoses, infarto agudo do miocárdio, embolia pulmonar, anemias hemolíticas, Doença de Gaucher, tumores ósseos, hiperparatireoidismo, mieloma, adenomas e câncer da próstata.

Veja também fosfatase ácida prostática.

Método

Enzimático

Valor de referência

Até 9,0U/L

Condição

0,8mL de soro (sem hemólise).

 

Separar e refrigerar o mais rápido possível.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

Fosfatase ácida prostática

Comentários

A fração prostática é secretada unicamente pelo epitélio da próstata e a sua atividade é inibida pelo ácido tártrico. Essa dosagem é inferior ao PSA no diagnóstico e monitorização do tratamento do câncer de próstata. Valores normais podem ser encontrados no câncer de próstata inicial e seu valor preditivo positivo no diagnóstico dessa neoplasia é inferior a 5%. Elevações também podem decorrer da manipulação prostática, interferências de outras fosfatases no ensaio, prostatite e outras neoplasias.

Método

Enzimático (Inibição com Tartarato)

Valor de referência

Até 3,0U/L

Condição

0,8mL de soro (sem hemólise).

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Fosfatase alcalina

Comentários

As fosfatases alcalinas estão presentes nas membranas celulares dos seguintes tecidos: ossos, fígado, intestino, placenta, rins e leucócitos. As isoenzimas hepáticas e ósseas representam 90% da fosfatase alcalina circulante. Em crianças a fração óssea predomina. A fosfatase alcalina total encontra-se elevada na colestase, hepatites virais (mais discretamente), Doença de Paget, tumores ósseos, hiperparatireoidismo, osteomalácia e raquitismo. Medicamentos como anticoncepcionais orais, hipolipemiantes, anticoagulantes e antiepilépticos podem reduzir os níveis da fosfatase alcalina total.

Veja também Fosfatase alcalina óssea específica.

Método

Enzimático

Valor de referência

 

Idade

Recém

6 meses a

10 a 11

12 a 13

14 a 15

16 a 18

> 18 anos

 

nascidos

9 anos

anos

anos

anos

anos

 

 

 

 

Masculino

 

 

250 a 730

275 a 875

170 a 970

125 a 720

90 a 360

 

Ambos os sexos

150 a 600

250 a 950

 

 

 

 

 

 

Feminino

 

 

250 a 950

200 a 730

170 a 460

75 a 270

70 a 290

Condição

0,8mL de soro.

Conservação para envio

Até 48 horas, entre 2o e 8oC.

Fosfatase alcalina específica óssea - Esquelética

Comentários

Útil como marcador da formação óssea. A fosfatase alcalina presente no soro é produzida em diversos órgãos: ossos, fígado, rins, intestino e placenta. A isoforma óssea localiza-se na membrana plasmática dos osteoblastos, estando envolvida no processo de formação e mineralização dos ossos. Apesar da grande semelhança estrutural entre as isoformas, imunoensaios específicos foram desenvolvidos para a isoforma óssea, o que diminui, mas não elimina a reação cruzada com a isoforma hepática. Níveis aumentados são encontrados na doença de Paget, tumores ósseos primários ou metastáticos, hiperparatireoidismo, doença de Recklinghausen, osteomalácia, raquitismo, fraturas, gravidez, crescimento ósseo fisiológico da criança, desnutrição, síndrome de má-absorção, doença de Gaucher, doença de Niemann-Pick, hipertireoidismo e hepatopatias. Níveis diminuídos podem ser encontrados na hipofosfatesemia hereditária. Sua determinação apresenta vantagens sobre a osteocalcina por ter meia-vida maior (1 a 2 dias), não ser afetada por variações diurnas e ter menos interferentes pré-analíticos. É o melhor marcador de formação em pacientes com insuficiência renal, pois não é influenciada pela filtração glomerular. Juntamente com fosfatase alcalina total são os marcadores de escolha nos casos de doença de Paget. Níveis são mais elevados em homens e aumentam com a idade em ambos os sexos. Crianças apresentam níveis mais elevados que adultos.

Método

Imunoensaio por captura

Valor de referência

Feminino

Masculino

5 a 9 anos 43,0 a 147,0U/L

5 a 9 anos 43,0 a 147,0U/L

10 a 14 anos 15,0 a 159,0U/L

10 a 14 anos 48,0 a 200,0U/L

15 a 19 anos 1,0 a 45,0U/L

15 a 19 anos 10,8 a 33,2U/L

20 a 24 anos não definido

20 a 24 anos não definido

25 a 44 anos11,6 a 29,6U/L

> 25 anos 15,0 a 41,3U/L

> 44 anos 14,2 a 42,7U/L

 

Condição

-0,5mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 0o e - 10oC.

 

 

Fósforo

Comentários

Sangue: menos de 1% do fósforo corporal encontra-se no plasma. Causas de fósforo elevado: exercícios, hipovolemia, acromegalia, hipoparatireoidismo, metástases ósseas, hipervitaminose D, sarcoidose, hepatopatias, embolia pulmonar, insuficiência renal e trombocitose. Amostras não refrigeradas, não dessoradas rapidamente e com hemólise podem apresentar elevações espúrias do fósforo. Hipofosfatemia pode ocorrer no uso de antiácidos, diuréticos, corticóides, glicose endovenosa, hiperalimentação, diálise, sepse, deficiência de vitamina D e desordens tubulares renais. Outras drogas podem interferir na determinação do fósforo: acetazolamida, salbutamol, alendronato, azatioprina, isoniazida, lítio, prometazina e anticoncepcionais.

Urina: útil na avaliação do equilíbrio entre cálcio e fósforo e no estudo dos cálculos urinários. Níveis urinários elevados são encontrados no hiperparatireoidismo, deficiência de vitamina D, uso de diurético, acidose tubular renal e Síndrome de Fanconi. Níveis baixos são encontrados na desnutrição, hipoparatireoidismo, pseudohipoparatireoidismo, uso de antiácidos e intoxicação por vitamina D. Várias drogas podem interferir na determinação do fósforo urinário: acetazolamida, aspirina, diltiazen, sais de alumínio, bicarbonato, calcitonina,

corticóides e diuréticos.

Método

Cinético U.V.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

SANGUE

Valor de referência

Adulto 2,5 a 4,8mg/dL Criança 4,0 a 7,0mg/dL

Condição

0,8mL de soro.

 

Dessorar rapidamente.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2° e 8°C.

URINA

Valor de referência - urina 24h

400 a 1300 mg/24h

Condição

-Urina (urina recente - urina 24h).

-Usar HCl 50% 20mL/L de urina OU refrigerar - facultativo.

 

Enviar 5mL de urina e informar volume total.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2° e 8°C.

 

 

Fragilidade osmótica das hemácias

Comentários

O aumento da fragilidade osmótica ocorre na esferocitose hereditária e em certas anemias hemolíticas esferocíticas adquiridas. Também encontra-se aumentada na anemia hemolítica por deficiência de piruvatoquinase e na doença hemolítica perinatal. Encontra-se diminuída nas outras anemias hemolíticas (síndromes talassêmicas, hemoglobinopatias), anemias ferroprivas, doenças hepáticas e no estado pós-esplenectomia.

Método

Dacie

Valor de referência

Hemólise

Curva imediata

Curva após 24h a 37o C

Inicial

0,50% de NaCL

0,70% de NaCL

50%

0,40 a 0,45% de NaCL

0,45% a 0,59% de NaCL

Final

0,30% de NaCL

0,20% de NaCL

Condição

-5,0mL de sangue total heparinizado.

-J.O. 8h.

-Não realizamos aos sábados e véspera de feriados.

 

Enviar em até 6 horas em temperatura ambiente.

Frutose, pesquisa na urina

Comentários

A presença de frutose na urina indica alterações no metabolismo da mesma. A frutose é o principal constituinte de muitas frutas, vegetais e do mel. A frutosúria é um achado raro. Ocorre na frutosúria essencial, na frutosúria alimentar e na intolerância hereditária à frutose.

Veja também Triagem urinária mínima dos erros inatos do metabolismo.

Método

Colorimétrico

Valor de referência

Negativo

Condição

Urina (jato médio 1a urina da manhã - urina 12h ou 24h).

 

Enviar 30mL de urina.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Funcional de fezes

Comentários

Este estudo visa a avaliação das funções digestivas, abrangendo as provas de digestibilidade macroscópicas e microscópicas, exames químicos, cujos resultados sugerem diferentes quadros que são agrupados em síndromes coprológicas: insuficiência gástrica, pancreática e biliar, hipersecreção biliar, desvios da flora bacteriana (fermentação hidrocarbonada e putrefação), síndromes ileal e cecal, colites e outras alterações do trânsito intestinal. O desenvolvimento de métodos que permitiram o diagnóstico etiológico específico de cada umas das moléstias agrupadas nestas síndromes, diminuiu a importância diagnóstica do exame funcional de fezes.

Método

É realizada uma análise macroscópica e microscópica das fezes e pesquisas bioquímicas

Valor de referência

Fornecemos relatório do resultado

Dieta

-Suspender toda medicação (principalmente laxantes e supositórios) durante 3 dias ou C.O.M.

-Fazer a dieta durante 3 dias. Crianças até 12 anos não necessitam de dieta.

-É importante informar a idade.

-Evitar o uso de bebidas gasosas e alcoólicas.

-Após os 3 dias da dieta, colher toda a primeira evacuação da manhã e encaminhar ao laboratório imediatamente.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

Fungos

PESQUISA (MICOLÓGICO DIRETO)

Comentário

O exame micológico direto é utilizado para diagnóstico rápido das micoses, permitindo pronta instituição terapêutica. É utilizado também no diagnóstico diferencial de outras afecções que se assemelham a infecções fúngicas.

Método

Microscopia.

Condição

Secreção vaginal, uretral, urina 1o jato, secreções de feridas, escarro, punção de linfonodos, abcessos, descamação de lesões de pele, pêlos, unhas e líquidos corpóreos.

Conservação para envio

Quando solicitada somente pesquisa para fungos:

-Até 48 horas para secreção vaginal, uretral, urina 1o jato, líquidos corporais, secreção de feridas, escarro, punção de linfonodos e abscessos, entre 2o e 8oC.

-Até 14 dias para material de descamação de pele, pêlos e unhas, em temperatura ambiente.

CULTURA

Comentário

Utilizada no diagnóstico das infecções fúngicas em diversos materiais clínicos, com identificação do agente causal. Os passos mais importantes para o sucesso do isolamento dos agentes etiológicos das micoses são a coleta adequada, o rápido transporte das amostras ao laboratório, seu pronto e adequado processamento e a inoculação nos meios apropriados.

Observação: discriminar cultura para Cândida se o propósito for o cultivo exclusivo para este fungo, já que o prazo de marcação para a entrega do resultado fica reduzido.

Método

Semeadura em meios específicos.

Condição

Raspado de lesões de pele, unhas, pêlos, secreções uretral e vaginal, secreções de feridas, escarro, lavado brônquico, sangue, líquor, urina, fezes, punção de linfonodos e biópsia de lesões.

- Preferencialmente, não estar em uso de antifúngicos tópicos ou sistêmicos.

Conservação para envio

Até 48 horas para biópsia de tecido, escarro e urina, entre 2o e 8oC.

Líquor e sangue não devem ser refrigerados.

Pêlos, raspado cutâneo descamativo e unha, também em temperatura ambiente.

CULTURA AUTOMATIZADA

Comentário

Utilizada no diagnóstico das infecções fúngicas em diversos materiais clínicos, com identificação do agente causal. Os passos mais importantes para o sucesso do isolamento dos agentes etiológicos das micoses são a coleta adequada, o rápido transporte das amostras ao laboratório, seu pronto e adequado processamento e a inoculação em meio apropriado (Bactec Myco/F Lytic no sistema automatizado).

Método

Semeadura em meio Bactec Myco/F Lytic.

Condição

Sangue total ou aspirado medular em heparina (quando não inoculado diretamente no frasco Myco/F Lytic). Punção de linfonodos, líquidos corporais (líquor, líquido peritoneal, líquido ascítico, líquido sinovial, líquido pericárdico e líquido amniótico).

- Preferencialmente, não estar em uso de antifúngicos.

Conservação para envio

Sangue e aspirado medular: colher em heparina ou em frasco Myco/F Lytic quando inoculado diretamente. Enviar em temperatura ambiente.

Não refrigerar amostras de sangue ou aspirado medular.

Demais amostras: frascos estéreis sob refrigeração (2º a 8ºC) por até 36 horas.

ANTIFUNGIGRAMA PARA LEVEDURAS

Comentário

Orienta na escolha do antifúngico adequado ao tratamento de infecções fúngicas causadas por leveduras (Candida spp. e Cryptococcus spp.). Com o aumento da incidência de infecções graves por fungos em pacientes graves e imunodeprimidos, a utilização dos testes de sensibilidade mostra-se útil. São testados: itraconazol, econazol, miconazol, fluconazol, cetoconazol, clotrimazol, anfotericina B e nistatina. Ressalta-se que discordâncias entre sensibilidade in vitro e evolução clínica são descritas.

Salienta-se que não são realizados antifungigramas para outros fungos que não as leveduras.

Método

Difusão em disco em meio específico.

Condição

Raspado de lesões de pele, unhas, pêlos, secreções uretral e vaginal, secreções de feridas, escarro, lavado brônquico, sangue, líquor, urina, fezes, punção de linfonodos e biópsia de lesões.

Preferencialmente, não estar em uso de antifúngicos tópicos ou sistêmicos.

Leveduras (Candida spp., Cryptococcus spp.) já previamente isoladas em meios de cultura.

Conservação para envio

Até 48 horas para biópsia de tecido, escarro e urina, entre 2o e 8oC. Líquor e sangue não devem ser refrigerados.

Pêlos, raspado cutâneo descamativo e unha, também em temperatura ambiente.

Para leveduras já isoladas, enviar em meio apropriado (ágar Sabouraud glicosado) sob refrigeração, em cultivo de no máximo 48 horas. Não utilizar meios suplementados com antimicrobianos.

IDENTIFICAÇÃO DE FUNGOS

Comentário

A identificação de fungo isolado em meio de cultura permite o diagnóstico das infecções fúngicas superficiais e profundas (dermatofitoses, cromomicose, esporotricose, histoplasmose, etc).

Condição

Fungo isolado em meio de cultura.

IDENTIFICAÇÃO DE LEVEDURAS POR MÉTODO AUTOMATIZADO

Comentário

As infecções por leveduras, consideradas oportunísticas em sua maioria, têm aumentado em importância devido à emergência de outros gêneros e espécies além dos mais conhecidos (Candida albicans ou Cryptococcus neoformans). Este incremento de casuística, favorecido pelo aumento de pacientes imunocomprometidos ou pelo uso de novas práticas médicas, faz com que a identificação acurada desses fungos seja crucial para a determinação epidemiológica e tratamento. A identificação rápida (em 4 horas) de 42 leveduras e espécies leveduriformes (inclusive Prototheca spp.) é realizada através de substratos convencionais e cromogênicos em painéis Microscan, com leitura automatizada no equipamento WalkAway.

Método

Leitura automatizada no sistema Microscan WalkAway-96.

Condição

Leveduras isoladas em ágar Sabouraud glicosado.

Conservação para envio

Podem ser utilizadas colônias de um isolamento primário de 18 a 24 horas. Se necessário, faz-se uma subcultura das leveduras isoladas incubadas por 24 a 72 horas (procedimento efetuado no Laboratório Echo de Análises Clínicas Ltda) antes de submeter os microrganismos à identificação automatizada.

GAD, anticorpos anti

Comentários

O diabetes mellitus tipo 1 é caracterizado pela infiltração linfocítica das ilhotas pancreáticas e auto-anticorpos contra uma variedade de antígenos das células beta. Anti-GAD são observados em 70% a 80% dos pré-diabéticos e diabéticos tipo 1, incluindo 7% a 8% dos diabéticos com início na vida adulta. Anticorpos específicos para o GAD aparecem em até 10 anos antes do início clínico do diabetes mellitus. A positividade para o GAD aumenta a probabilidade de desenvolvimento do diabetes tipo 1 quando comparado com os indivíduos negativos. É positivo em 98% dos portadores da Síndrome Stiff-Man. Marcador encontrado também em um grupo de doenças auto-imunes como tireoidite, Doença de Graves, anemia perniciosa, vitiligo entre outras.

Método

Radioimunoensaio

Valor de referência

= 1,0U/mL

Condição

-0,2mL de soro.

-J.D. 4h.

Conservação para envio

Congelado

Galactose, pesquisa na urina

Comentários

A detecção de galactose na urina é resultante da galactosemia. Trata-se de uma condição genética em que ocorre deficiência das enzimas galactose-1-fosfato-uridil-transferase ou da galactoquinase, não havendo conversão da galactose ingerida à glicose, acarretando no seu acúmulo e conseqüente galactosúria.

Veja também Triagem urinária mínima dos erros inatos do metabolismo.

Método

Precipitação com microscopia ótica

Valor de referência

Negativo

Condição

-30mL de urina recente (jato médio da 1a urina da manhã).

-Colher após 2 horas de ingestão de 1 copo de leite.

-Enviar rapidamente ao laboratório.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Gama-glutamil transferase - GGT

Comentários

É um marcador sensível de colestase hepatobiliar e do consumo de álcool. Nos quadros de icterícia obstrutiva níveis 5 a 50 vezes acima do normal são encontrados. A GGT duas vezes maior que o valor de referência com razão TGO/TGP > 2:1 sugere consumo alcoólico. Nas neoplasias de fígado valores elevados podem ocorrer. Níveis de GGT podem elevar-se durante o uso de fenitoína, fenobarbital, carbamazepina, ácido valpróico e contraceptivos. Diminuição dos valores podem ocorrer no uso de azatioprina, clofibrato, estrógenos e metronidazol.

Veja também Fosfatase alcalina.

Método

Cinético colorimétrico

Valor de referência

Homem

10 a 50U/L

Mulher

07 a 32U/L

Condição

 

0,8mL de soro.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

Gardnerella, cultura

Comentário

O gênero Gardnerella é constituído de bacilos ou cocobacilos, freqüentemente isolados em mulheres com vaginites inespecíficas. Pode levar a corrimento abundante, ocasionalmente acompanhado por uretrite, vaginite ou cervicite. No homem, raramente, pode determinar balanite e uretrite.

Veja também Bacterioscopia (Gram).

Método

Semeadura em meio específico.

Condição

Secreção vaginal, uretral ou urina do 1o jato.

Conservação para envio

Até 24 horas em meio de Stuart (secreções) ou frasco estéril (urina).

 

 

Gasometria

Comentários

Utilizada no manejo clínico de desordens respiratórias e metabólicas. Variáveis pré-analíticas podem interferir no resultado: bolhas de ar e excesso de heparina no tubo de coleta, demora na análise e não refrigeração das amostras. A interpretação dos gases sangüíneos requer avaliação da origem da amostra (arterial ou venosa), conhecimento do estado clínico do paciente e do uso de oxigênio suplementar.

 

Compensação das desordens respiratórias e metabólicas

 

Desordem (exemplos)

Alteração Primária

Compensação

Resultado a curto prazo

 

Resultado a longo prazo

Acidose respiratória

 

 

1mmol/L para cada

 

 

DPOC; Paralisia

 

 

 

3-5mmol/L para cada

Pco2

 

alteração de 10mmHg na

 

muscular

HCO3

 

10mmHg alterado na Pco2

 

Pco2

 

respiratória

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Alcalose respiratória

 

 

 

 

3-5mmol/L para cada

Ansiedade;

Pco2

 

Nenhuma

 

HCO3

 

10mmHg alterado na Pco2

Hiperventilação

 

 

 

 

 

 

 

 

Acidose metabólica

 

 

1 a 1,3mmHg para cada

 

 

 

Pco2

1mmol/L de alteração no

 

O mesmo

Cetoacidose diabética

HCO3

 

 

HCO3

 

 

 

 

 

 

 

Alcalose metabólica

 

 

3 a 5mmHg para cada

 

 

Vômitos;

HCO3

Pco2

alteração 10mmol/L de

 

O mesmo

Fístulas digestivas

 

alteração do HCO3

 

 

 

 

 

 

Método

Eletrodo Seletivo

Informações necessárias

Preencher questionário.

 

Não deixar bolhas de ar na seringa durante a coleta. Colher sempre sangue da artéria radial, a não ser que o médico solicite uma coleta diferenciada.

ARTERIAL

Valor de referência pH 7,35 a 7,45

PCO2 35 a 45mmHg PO2 83 a 108mmHg

HCO3 Atual 21 a 28mmoL/L CO2 Total 24 a 31mmoL/L B.E. - 3,0 a + 3,0mmoL/L SO2 95% a 99%

Recém-nascido

P02 60 a 70mmHg HCO3 16 a 24mmoL/L

Condição

5,0mL de sangue total heparinizado.

Conservação para envio

Enviar na própria seringa até 2 horas após a coleta em gelo reciclável para unidade matriz. Vedar a agulha com rolha de borracha.

VENOSA

Valor de referência pH 7,32 a 7,43

PCO2 38 a 50 mmHg PO2 35 a 40 mmHg

HCO3 Atual 22 a 29 mmoL/L CO2 Total 23 a 30 mmoL/L B.E - 2,0 a + 2,0 mmoL/L SO2 60% a 75%

Condição

5,0mL de sangue total heparinizado.

Conservação para envio

Enviar na própria seringa, 10 minutos em temperatura ambiente ou até 2 horas após a coleta em gelo reciclável para unidade matriz. Vedar a agulha com rolha de borracha.

Gastrina

Comentários

A gastrina é um hormônio produzido pelas células G, distribuídas em todo o tubo digestivo. A dosagem de gastrina é fundamental no diagnóstico da síndrome de Zollinger-Ellison (gastrinoma). Hipergastrinemia também pode ser encontrada na gastrite atrófica, anemia perniciosa, na dispepsia, na úlcera gástrica e duodenal, no carcinoma gástrico, na insuficiência renal crônica e após vagotomia. Porém, nestas situações os níveis de gastrina não atingem valores tão elevados quanto na síndrome de Zollinger-Ellison. A dosagem de gastrina pré e pós-cirurgia, em pacientes com úlcera péptica, é um bom indicador da eficiência da terapêutica cirúrgica.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

13 a 115pg/mL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.O. 12h.

Informações necessárias

-O cliente deverá suspender, antes da coleta para a dosagem da gastrina, o uso de medicamentos inibidores da bomba protoiônica (omeprazol e correlatos) por um período mínimo de 7 dias e desejável de 14 dias ou C.O.M. Medicamentos bloqueadores H2 (cimetidina, ranitidina e correlatos) devem ser suspensos por um período mínimo de 4 dias e desejável de 7 dias ou C.O.M.

-Informar medicamentos em uso ou que foram usados nas últimas 2 semanas.

Conservação para envio

Congelado.

Giardia lamblia, antígeno nas fezes

Comentários

Detecção qualitativa de antígenos específicos da giárdia em amostras de fezes. A Giardia lamblia é um protozoário intestinal que infecta humanos e animais com transmissão fecal-oral, por água e alimentos contaminados. Trata-se de um imunoensaio enzimático que detecta proteínas específicas da parede do cisto. Apresenta sensibilidade entre 85% e 98% e especificidade superior a 90%.

Método

ELISA

Valor de referência

Negativo

Condição

-Fezes recente a fresco (sem conservante).

-Não usar laxante ou supositório.

-Não ter feito o uso de contraste radiológico recentemente.

-Cuidado para não contaminar as fezes, no ato da coleta, com a urina.

-Enviar rapidamente ao laboratório.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC e até uma semana congelado.

 

 

Gliadina, anticorpos IgA e IgG anti

Comentários

Estes anticorpos são menos sensíveis do que os anticorpos anti-endomísio, contudo, a fração IgG poderá identificar pacientes celíacos com deficiência de IgA. Muitas pessoas normais e pacientes que apresentam outras causas de patologia inflamatória gastrintestinal podem ter anticorpos anti-gliadina positivos. Consequentemente, o valor preditivo positivo destes anticorpos na população geral é baixo. Por outro lado, anticorpos anti-gliadina IgA tornam- se úteis em crianças sintomáticas menores que dois anos e na presença de enteropatia leve devido à possibilidade de falso-negativos para os anticorpos anti-endomísio e anti-tTG nestes casos. Os níveis de anticorpos anti-gliadina IgA tornam-se indetectáveis entre três a seis meses após a retirada do glúten da dieta.

Veja também Endomísio, Transglutaminase e Reticulina.

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência - IgA e IgG

Negativo

índice inferior a 1,0

Indeterminado

entre 1,0 e 1,4

Reagente

índice superior a 1,4

Condição

0,5mL de soro para cada.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

Glicohemoglobina

Comentários

A medida da glicohemoglobina é a mais importante ferramenta para a monitoração do paciente diabético, não deve, entretanto, ser usada para diagnóstico do diabetes mellitus. A glicohemoglobina é formada em duas etapas. O primeiro passo é a formação de uma aldimina instável (Hba1c lábil ou pré-Hba1c). Durante a circulação do eritrócito, essa é convertida em uma forma cetoamina estável (HbA1c). A taxa de produção é dependente do nível de glicose sangüínea e da vida média das hemácias (tipicamente 120 dias). Dessa forma, reflete os valores integrados da glicose correspondentes às últimas 6 a 8 semanas. Fatores que alteram a sobrevida dos eritrócitos são possíveis interferentes da dosagem de glicohemoglobina. Deficiência de ferro pode levar a uma sobrevida maior das hemácias com conseqüente aumento da sua glicosilação. Anemias hemolíticas podem diminuir a meia-vida dos eritrócitos com diminuição dos níveis de glicohemoglobina. Os valores sugeridos pela ADA (American Diabetes Association) não devem ser utilizados na presença de homozigose para as variantes de hemoglobina C ou S (Hb CC, Hb SS). A presença de hemoglobinopatia na forma heterozigota (Hb AC, Hb AS) com níveis normais de hemoglobina não diminuem a meia-vida das hemácias e os parâmetros sugeridos podem ser utilizados. Níveis de até 10% da hemoglobina fetal (HF) não interferem com a acurácia do exame. Um valor persistentemente elevado serve como indicador da possibilidade de ocorrência de complicações crônicas relacionadas ao diabetes mellitus.

Método

HPLC - Cromatografia Líquida de Alta Performance por troca iônica

Valor de Referência

 

 

 

Normal

4 a 6 %

Bom controle

< 7 %

NOTA: O método utilizado nesta dosagem de hemoglobina glicada (Bio-Rad Variant II Turbo HbA1c Program) está certificado pelo NGSP (National Glycohemoglobin Standardization Program). A meta a ser alcançada no nível de hemoglobina glicada, para o efetivo controle do diabete mellitus, deve ser inferior a 7%.

Fonte: Grupo Interdisciplinar de Padronização da Hemoglobina Glicada - A1c, 2003.

Condição

4,0mL de sangue total (EDTA/heparina sódica/citrato sódico).

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Glicose, dosagem

Comentários

Soro: segundo a American Diabetes Association, a presença de um dos critérios abaixo e sua confirmação num dia subseqüente indica o diagnóstico de diabetes melito: 1) Sintomas de diabetes melito com glicemia independente do jejum maior ou igual a 200mg/dL. 2) Glicemia de jejum maior ou igual a 126mg/dL. 3) Glicemia maior que 200mg/dL após duas horas após administração oral de 75g de glicose anidra (82,5g de dextrosol) dissolvida em água (teste de tolerância). Pacientes com glicemia de jejum entre 100mg/dL e 125mg/dL são classificados como portadores de glicemia de jejum prejudicada. Pacientes com glicemia entre 140 mg/dL e 199mg/dL, 2 horas após 75g de glicose anidra dissolvida em água, são considerados intolerantes a glicose. Leucocitose, hemólise e glicólise em amostras submetidas ao calor ou não imediatamente dessoradas podem determinar hipoglicemia espúria.

Líquido ascítico: normalmente, as concentrações no líquido ascítico são similares às do soro. Na presença de leucócitos e bactérias, há consumo da glicose e redução dos níveis: peritonites bacteriana espontânea, bacteriana secundária, tuberculosa e carcinomatose peritoneal. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.

Líquido pleural: níveis de glicose abaixo de 60 mg/dl ou 50% dos valores séricos ocorrem no derrame parapneumônico, empiema, colagenoses, tuberculose pleural e derrames malignos. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.

Líquido sinovial: normalmente, as concentrações no líquido sinovial são similares às do soro. Nos derrames articulares inflamatórios e infecciosos níveis de glicose inferiores a 50% dos valores plasmáticos são encontrados. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.

Líquor: níveis elevados podem ser encontrados na hiperglicemia plasmática. Hipoglicorraquia ocorre na hipoglicemia plasmática, meningites e hemorragia subaracnóidea. Razão glicose líquor/sangue abaixo de 0,4 tem sensibilidade de 85% e especificidade de 96% no diagnóstico da meningite bacteriana. Sua determinação deve ser feita em paralelo com a dosagem sérica.

Secreção nasal: útil na investigação de fístulas liquóricas, na presença de rinorréia. A secreção nasal pode ser identificada como líquido cefalorraquidiano quando da presença de glicose na mesma. O muco nasal não possui glicose.

Urina: a glicosúria pode ser utilizada no acompanhamento de pacientes diabéticos. Crianças e grávidas podem apresentar glicosúria por diminuição do limiar renal. Não serve para monitorização do tratamento.

Observação para todas as amostras

A separação da parte fluida dos elementos figurados (hemácias, leucócitos e outras células) deve ser feita de forma imediata, para que não haja consumo deste analito. Outra forma de se evitar este problema é a coleta de uma fração do líquido em fluoreto.

SORO

Método

Colorimétrico enzimático

Valor de referência

- 60 a 99mg/dL

Fonte: The Expert Commitee on The Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus. Follow-up Report on the Diagnosis of Diabetes Mellitus. Diabetes Care. 2003; 26(11): 3160-3167.

Condição

-0,8mL de soro ou plasma (Fluoreto).

-J.O. 8h a 14 horas para adulto. Criança C.O.M.

Conservação para envio

Até 48 horas entre 2o e 8oC (quando coletada em fluoreto ou centrifugada e separada de elementos celulares logo após a coleta).

URINA

Método

Colorimétrico enzimático

Valor de referência

Negativo

Condição

Urina (jato médio da 1a urina da manhã - urina 12h* - Urina 24h*).

 

Enviar 5mL e informar volume total.

Conservação para envio

Até 48 horas entre 2o e 8oC.

LÍQUOR

Método

Colorimétrico enzimático

Valor de referência

50 a 80mg/dL

Condição

0,8mL de líquor.

Conservação para envio

Até 48 horas entre 2o e 8o C (quando coletada em fluoreto ou centrifugada e separada de elementos celulares logo após a coleta).

LÍQUIDO ASCÍTICO

Método

Colorimétrico enzimático

Valor de referência

Valores similares aos séricos são considerados normais. Encontram-se diminuídos nos processos infecciosos e inflamatórios.

Nota: O ensaio somente será válido se a amostra for centrifugada, para separação dos elementos celulares, logo após a coleta e refrigerada.

Condição

0,8mL de líquido ascítico.

Conservação para envio

Até 48 horas entre 2o e 8oC (quando coletada em fluoreto ou centrifugada e separada de elementos celulares logo após a coleta).

LÍQUIDO PLEURAL

Método

Colorimétrico enzimático

Valor de referência

Valores similares aos séricos são considerados normais. Valores de glicose abaixo de 60 mg/dl ou 50% dos valores séricos ocorrem em processos infecciosos e inflamatórios.

Nota: O ensaio somente será válido se a amostra for centrifugada, para separação dos elementos celulares, logo após a coleta e refrigerada.

Condição

0,8mL de líquido pleural.

Conservação para envio

Até 48 horas entre 2o e 8oC (quando coletada em fluoreto ou centrifugada e separada de elementos celulares logo após a coleta).

LÍQUIDO SINOVIAL

Método

Colorimétrico enzimático

Valor de referência

Valores similares aos séricos são considerados normais. Encontram-se diminuídos nos processos infecciosos e inflamatórios.

Nota: O ensaio somente será válido se a amostra for centrifugada, para separação dos elementos celulares, logo após a coleta e refrigerada.

Condição

0,8mL de líquido sinovial.

Conservação para envio

Até 48 horas entre 2o e 8oC (quando coletada em fluoreto ou centrifugada e separada de elementos celulares logo após a coleta).

 

 

Glicose, pesquisa na urina

Comentários

A glicosúria decorre mais comumente do diabete melito. Entretanto, outras condições podem determinar glicosúria: dietas ricas em glicose antes da coleta, uso de glicose parenteral, feocromocitoma, glicosúria renal, pancreatite aguda, hipertireoidismo, acromegalia, síndrome de Cushing. Normalmente glicosúria só é detectada quando a glicemia é superior a 160mg/dL. Falso-negativo pode ocorrer no uso de ácido ascórbico. Níveis de glicose no sangue oscilam sendo que uma pessoa normal poderá apresentar glicosúria após uma refeição rica em glicose. Nas doenças que afetam a reabsorção tubular (síndrome de fanconi, nefropatia tubular avançada) a glicosúria não vem acompanhada por hiperglicemia. Outras causas de glicosúria sem hiperglicemia são as lesões do sistema nervoso central, os distúrbios da tireóide e a gravidez.

Método

Colorimétrico/Enzimático

Valor de referência

Negativo

Condição

30,0mL de urina (jato médio 1a urina da manhã - urina 12h ou 24h).

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

Glicose-6-fosfato-desidrogenase - G6PD, dosagem

Comentários

A deficiência de G6PD é uma enzimopatia comum, genética, ligada ao cromossomo X. Incide em até 10% da população. Acarreta em uma susceptibilidade a crises de hemólise, induzida por drogas (sulfas, anti-maláricos, paracetamol, anti-histamínicos), infecções bacterianas e viróticas e pela ingestão de fava. Pode se manifestar com anemia esferocítica e icterícia neonatal. Níveis elevados de G6PD podem ser encontrados ao nascimento (até 12 meses de idade) e em outras situações em que ocorram predomínio de hemácias jovens (ex.: anemias hemolíticas) sem significado patológico. Na ocorrência de níveis baixos no teste do pezinho, deve-se realizar a dosagem de G6PD no sangue. Detecção molecular da mutação 202 (G-A) da G6PD também está disponível.

Veja também G6PD, Teste do Pezinho e G6PD e Mutação 202.

Método

Enzimático

Valor de Referência

4,6 a 13,5U/G Hb

Nota: Níveis elevados de G6PD podem ser encontrados ao nascimento e em outras situações onde ocorram predomínio de hemácias jovens (exemplo: anemias hemolíticas), sem significado patológico.

Cálculo final baseado em hemoglobina média de 12,1g/dL.

Condição

-1,0mL de sangue total (heparina/EDTA).

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Checar se cliente foi submetido a transfusão de sangue, ingestão de aspirina e derivados Vitamina K.

Conservação de envio

Até 7 dias se enviado em EDTA refrigerado.

 

 

Glutationa peroxidase - GPX

Comentários

Representa proteção orgânica contra a ação de radicais livres. Apresenta selênio em sua composição e age catalisando a redução de hidroperóxidos orgânicos e inorgânicos. Sua atividade reduz na hipóxia, havendo aumento da quantidade de radicais livres formados durante a reperfusão, quando se restabelece os níveis elevados de oxigênio.

Método

Enzimático

Valor de referência

27,5 a 73,6 U/G Hb

Cálculo final baseado em hemoglobina média de 12,1 g/dL.

Condição

3,0mL de sangue total heparinizado ou EDTA.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

Gordura fecal

DOSAGEM

Comentários

A quantificação de gordura nas fezes, em um determinado período de tempo, permite o diagnóstico de esteatorréia (nível de gordura fecal acima no normal). A presença de esteatorréia ocorre na pancreatite crônica, fibrose cística, neoplasias, doença de Whipple, doença celíaca, enterite regional, tuberculose intestinal, giardíase e atrofia da mucosa conseqüente à desnutrição. Pode ser utilizado para monitorização de terapia de reposição com enzimas pancreáticas.

Método

Colorimétrico

Valor de referência

1,8 a 6,0g/24h

Condição

-Após 3 dias da dieta recomendada, colher todo o volume de fezes de 24h, 48h ou 72h – C.O.M.

-Conservar o material sob refrigeração durante e após a coleta.

-Não usar supositório ou outros laxantes.

-Evitar contaminação por urina, água, gordura ou outro elemento.

-Encaminhar ao laboratório o mais rápido possível.

 

Enviar o mais rápido possível uma pequena alíquota, informar peso total e tempo de coleta.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

PESQUISA

Comentários

A pesquisa da gordura fecal é realizada por meio de exame microscópico com corante Sudam III. Trata-se de um teste de triagem mais simples, com boa correlação com a dosagem na investigação da esteatorréia.

Método

Sudam III – Pesquisa em microscopia ótica

Valor de referência

Menos de 5% de gordura fecal

Condição

-Fezes recente (sem conservantes). Cerca de metade do volume do frasco próprio para fezes.

-Não fazer uso de laxantes e/ou supositórios. Evitar a contaminação das fezes com a urina.

-Enviar rapidamente ao laboratório.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Grupo sangüíneo + fator Rh/DU

Comentários

Os antígenos eritrocitários são geneticamente determinados e podem ser classificados em diversos sistemas. Os de maior expressão são os sistemas ABO e Rh ou CDE. A determinação dos antígenos eritrocitários deve ser feita para transfusão, transplantes, pré-natal ou para auxiliar na exclusão de paternidade.

Método

Classificação em tubo e Micro Typing System

Condição

3,0mL de sangue total (EDTA/citrato/heparina).

Conservação para envio

Enviar até 72 horas, entre 2o e 8oC.

Haemophilus ducreyi, pesquisa - Cancro mole

Comentário

O Haemophilus ducreyi é um bacilo Gram-negativo, transmitido por via sexual, sendo o agente do cancro mole, que manifesta-se por uma ou mais ulcerações necróticas genital ou anal, acompanhadas de linfonodomegalia inguinal unilateral ou bilateral. A pesquisa do H. ducreyi deve ser feita na secreção de fundo da úlcera, não se aconselhando a limpeza da lesão prévia, por se tratar de germe piogênico.

Método

Microscopia ao Gram.

Condição

Esfregaço de lesão.

Deve-se, preferencialmente, não estar em uso de antimicrobianos. Colher primeiro, caso seja solicitado juntamente com a pesquisa de T. pallidum. Havendo pus, fazer no mínimo dois esfregaços em lâminas previamente limpas e desengorduradas. Depois, raspar no fundo da lesão e fazer mais dois esfregaços usando alça bacteriológica. Se não houver pus, fazer apenas dois esfregaços do raspado do fundo da lesão.

Conservação para envio

Até 14 dias em esfregaço fixado e protegido.

Ham, teste de

Comentários

A hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) é uma doença adquirida, caracterizada por hemoglobinúria noturna, anemia hemolítica crônica, hematopoiese hipolásica ou aplásica e tendência a trombose venosa. O teste de Ham é utilizado como um teste confirmatório para HPN e um resultado positivo indica que as hemácias do paciente são anormalmente sensíveis à lise pelo complemento Resultados falso-negativos podem ocorrer após hemotransfusão e uso de heparina, enquanto resultados falso-positivos podem ocorrer na esferocitose, anemia aplásica, leucemia e síndromes mieloproliferativas. Veja Também Teste da sacarose.

Método

Hemólise em pH ácido

Condição

-2,0mL de soro desfibrinado (colhido no mesmo dia) transportado em banho de gelo (excluir) + 1,0mL de sangue total (citrato/EDTA/oxalato/heparina/desfibrinado).

-J.O. 8h.

Valor de referência

Negativo.

 

Colher sangue do paciente em um Erlenmeyer de 50mL contendo de 8 a 10 pérolas de vidro. Fazer movimento rotatório até que haja formação de fibrina. Passar o sangue desfibrinado para um tubo e centrifugar a 2000 rpm, por 5 minutos. Separar o Soro.

Conservação para envio

Até 24 horas entre 2o e 8oC.

 

 

Haptoglobina

Comentários

A haptoglobina é uma proteína de fase aguda (alfa2-glicoproteína), produzida no fígado, que se liga irreversivelmente à hemoglobina após a hemólise, formando um complexo que é removido pelas células de Kuppfer. É o marcador mais sensível de hemólise onde seus níveis estão diminuídos (ex.: hemoglobinopatias, anemias megaloblásticas, anemias hemolíticas induzidas por drogas). Embora seja um reator de fase aguda fraco e tardio, processos inflamatórios agudos podem falsear resultados verdadeiramente baixos. Hepatopatias e uso de estrógeno podem causar níveis diminuídos. Cerca de 1% da população apresenta deficiência genética de haptoglobina.

Método

 

 

Nefelometria

 

 

Valor de referência

 

 

Recém-nascido

5,0 a

48,0 mg/dL

6 meses a 16 anos

25,0 a 138,0mg/dL

Adultos 36,0 a 195,0 mg/dL

Condição

 

 

0,5mL de soro. J.O. 8h.

 

Conservação para envio

 

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

 

 

 

HCG, beta

Comentários

O HCG é uma glicoproteína composta de 2 subunidades (alfa e beta). O beta-HCG dosado por quimioluminescência é sensível o bastante para detectar uma gravidez normal às vezes tão cedo quanto após 7 dias da implantação, embora o mais seguro seja 15 dias após a implantação. Deve-se ter em mente, no entanto, que variações são observadas quanto ao prazo usual da implantação e que a detecção do beta-HCG pode sofrer interferências da metodologia utilizada e da presença rara, mas possível dos anticorpos heterofílicos. Algumas das metodologias para detecção do HCG são direcionadas primariamente para o diagnóstico de gravidez, tais ensaios não necessariamente detectam moléculas degradadas ou homogêneas encontradas nas doenças trofoblásticas. Está aumentado na gravidez, coriocarcinoma, mola hidatiforme, e neoplasias de células germinativas dos ovários e testículos. Pode estar pouco elevado na gravidez ectópica e na gravidez de risco (risco de aborto) quando os níveis podem cair progressivamente.

Informações necessárias

A falta das informações abaixo implica na realização do exame como suspeita de gravidez..

Informar suspeita de gravidez, duração do ciclo (quantos dias), data da última menstruação, controle de Mola ou suspeita de aborto (quando).

QUIMIOLUMINESCÊNCIA – SANGUE

Valor de referência

-Menor que 3,0 mUI/mL - Negativo

-De 3,0 a 50,0 mUI/mL - Indeterminado

-Acima de 50,0 mUI/mL - Positivo

Nota: Na presença de resultados indeterminados, sugere-se, a critério clínico, repetição após 72 horas. Quando os resultados estiverem entre 3 e 100 mUI/mL, atenção especial para sua evolução. Um resultado negativo não deve ser considerado isoladamente para exclusão de gravidez, sugerindo, a critério médico, repetição após 7 duas, quando houver suspeita clínica. A dosagem do beta-HCG deve ser avaliada em correlação com o quadro clínico, sendo um resultado positivo, isoladamente, insuficiente para o diagnóstico de gravidez.

-Homem: menor que 2,7mUI/mL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Conservação para envio

Até 4 dias refrigerado entre 2ºC e 8ºC.

QUIMIOLUMINESCÊNCIA – LÍQUOR

Condição

0,5mL líquor.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

IMUNOENSAIO – URINA

Valor de referência

Negativo.

Obs: O HCG urinário sofre as variações da diluição ou concentração da urina. Não havendo correlação clínica, sugere-se HCG no sangue (soro).

Condição

5,0mL da 1a urina da manhã ou após 4 horas sem urinar ou C.O.M.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

Dúvidas, fale conosco!

Contato