Informações

Dicas

MANUAL DE EXAMES - PATOLOGIA CLÍNICA (Parte 11)

Pró-insulina

Comentários

A pró-insulina é produzida nas células beta das ilhotas e é clivada em insulina e peptídeo C anteriormente à sua liberação na circulação. Normalmente, uma pequena quantidade de pró-insulina (2% a 3%) escapa da conversão e é secretada juntamente com insulina durante a estimulação da célula beta. Entretanto, pacientes gravemente hiperinsulinêmicos mostram até 40% de insulina imunorreativa como sendo material pró-insulina like. A pró-insulina tem uma ação levemente hipoglicêmica. A desordem clínica que mais consistentemente resulta em níveis séricos elevados é o insulinoma. Níveis aumentados de pró-insulina têm sido reportados em pacientes com insuficiência renal crônica, hipertireoidismo e hiperinsulinemia familiar. Pode ser útil no diagnóstico da hipoglicemia factícia.

Método

Radioimunoensaio

Valor de referência

4,9 a 10,9picomoL/L

Condição

-0,8mL de soro.

-J.O. 10h ou C.O.M.

Conservação para envio

Congelado

Prolactina

Comentários

A prolactina é um hormônio protéico secretado pela hipófise anterior e pela placenta. Durante a gestação, em associação com outros hormônios, estimula o desenvolvimento das mamas e a produção de leite, nesse período, a prolactina aumenta sob estímulo do estradiol atingindo valores cerca de 10 vezes o valor encontrado em não grávidas. A secreção de prolactina é estimulada por estrógenos, sono, estresse e TRH, dentre outros. A secreção de prolactina é diminuída pela dopamina e seus análogos, tais como, a bromocriptina. A hipersecreção de prolactina pode ser causada por tumores hipofisários (prolactinoma e tumores que comprimem a haste hipofisária), doença hipotalâmica, estímulo mamilar, trauma do tórax, hipotireoidismo, insuficiência renal, exercício físico, estresse, alimentação e várias medicações (fluoxetina e metoclopramida, por exemplo). A hiperprolactinemia inibe a secreção de LH e FSH, podendo levar a hipogonadismo. A presença de macroprolactina deve ser considerada nos indivíduos assintomáticos com elevação da prolactina sérica próxima a 100nanog/ml. O achado de concentrações pouco elevadas deve ser confirmado em novas dosagens, ressaltando que a comparação de resultados de metodologias diferentes não é confiável. A ocorrência de galactorréia sem prolactina elevada pode ser conseqüente a hiperprolactinemia oculta ou noturna, após descartada a possibilidade de efeito gancho.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

Mulher: Pré-menopausa: 3,3 a 26,7 nanog/mL Pós-menopausa: 2,7 a 19,6 nanog/mL

Homem: 2,6 a 13,1 nanog/mL

Condição

-0,5 mL de soro.

-J.D. 4h.

-Repouso de 30 minutos para quem fez exercício físico.

Informações necessárias

Informar se é controle de tratamento ou verificar a razão pela qual o exame foi solicitado.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

Proteína de Bence-Jones

Comentários

As proteínas de Bence-Jones são fragmentos, usualmente, cadeias leves de imunoglobulinas monoclonais (paraproteínas) que são filtradas no glomérulo. Na maioria dos casos são rapidamente depuradas do plasma, podendo não ser detectadas pela eletroforese. Cerca de 70% a 80% dos pacientes com mieloma múltiplo apresentam proteína de Bence-Jones na eletroforese de urina. A ocorrência de proteinúria de Bence-Jones é mais comum no mieloma secretor de imunoglobulina monoclonal tipo IgD. Também encontra-se presente em 20% dos casos de macroglobulinemia de Waldenström. Pode ainda ser encontrada na amiloidose, plasmocitoma solitário, síndrome POEMS (neuropatia periférica, organomegalias, deficiência endócrina, gamopatia monoclonal, pigmentação da pele, lesões ósseas esclerosantes), doença das cadeias pesadas, Síndrome de Fanconi, linfomas, sarcomas e leucemia linfóide crônica.

Veja também Eletroforese de proteínas, Imunofixação, Cadeias leves kappa e lambda.

Método

Precipitação e turvação

Valor de referência

Negativo

Condição

Urina 24h.

 

Enviar alíquota 30mL. Enviar rapidamente ao laboratório. Não usar conservante.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

Proteína C, funcional

Comentários

A proteína C é uma proteína anticoagulante natural, vitamina K dependente, sintetizada pelo fígado. A deficiência de proteína C pode ser hereditária ou adquirida. A deficiência hereditária de proteína C leva a estado de hipercoagulabilidade , estando presente em 2-4% dos pacientes com primeiro episódio de trombose venosa. A deficiência tipo I é quantitativa. A deficiência tipo II resulta de distúrbio qualitativo da proteína C, mas freqüentemente com quantidades normais de proteína C. Assim existem ensaios antigênicos, que determinam a quantidade da proteína, e ensaios funcionais. Uma vez que os ensaios funcionais identificam ambos os tipos de deficiência, os ensaios antigênicos só devem ser realizados se o ensaio funcional estiver diminuído, para que se defina precisamente o tipo da deficiência. Deficiências adquiridas são encontradas em casos de doenças hepáticas, terapia com anticoagulante oral, coagulação intravascular disseminada, deficiência de vitamina K, choque séptico, infecções bacterianas e virais graves, uso de drogas antineoplásicas, insuficiência renal crônica. É desejável que o paciente não esteja usando anticoagulante oral por pelo menos duas semanas e heparina por 48 horas, sob orientações médicas. A proteína C é extremamente termossensível. Recém-nascido a termo ou prematuros sadios podem apresentar níveis diminuídos que devem atingir o nível normal na infância ou adolescência.

Método

Cromogênico (funcional)

Valor de referência

70% a 130%

Condição

- 2,0mL de plasma em citrato (citrato de sódio 3,2%, proporção de nove partes de sangue para uma de anticoagulante).

- JO 8h.

-Enviar amostra exclusiva para este exame.

-Colher em tubo siliconizado, sem garrotear ou com garroteamento mínimo.

-O tubo de citrato deverá ser o segundo na ordem da coleta. Se não houver solicitação de outro exame, colher tubo sem anticoagulante, desprezar e depois colher o tubo com citrato.

-Centrifugar imediatamente após a coleta (3000rpm por 15 minutos).

-Separar o plasma cuidadosamente, transferindo-o para tubo siliconizado ou tubo plástico. Cuidado para não tocar a ponteira na camada de células, pois isto pode contaminar o plasma com plaquetas.

-Repetir o processo de centrifugação transferindo novamente o sobrenadante para outro tubo com os mesmos cuidados anteriores a fim de garantir um plasma com menos de 10.000 plaquetas por mm3 de plasma.

-Contar o número de plaquetas residual e caso tenha mais de 10.000/mm3, repetir o processo. Se possível informar no pedido a contagem encontrada.

-Separar o plasma em duas alíquotas de no mínimo 1,0mL cada e congelar imediatamente.

-Enviar material congelado, em gelo seco de preferência.

Informações necessárias

Informar uso de qualquer medicamento e dados clínicos disponíveis.

Conservação para envio

-Até 8 horas em temperatura ambiente

-Até 30 dias congelado em temperatura inferior a - 20oC. Só poderá ser processada a amostra que chegue ao laboratório congelada.

Proteína C ativada, resistência

Comentários

A resistência à proteína C ativada (RPCa) é um defeito hereditário que, aparentemente, desempenha um papel importante na trombofilia. Acomete aproximadamente 5% dos caucasianos. É encontrado em 20% dos pacientes com primeiro episódio de trombose venosa profunda e 50% dos casos familiares de trombose. A freqüência da RPCa é dez vezes maior do que deficiências de proteína C, proteína S e antitrombina combinadas. O teste positivo deve ser confirmado através de pesquisa da mutação do fator V de Leiden, que quando presente, caracteriza a alteração hereditária da RPCa, embora outras mutações mais raras também tenham sido descritas. Contraceptivos orais e terapia de reposição hormonal são descritos como uma causa adquirida de resistência a proteína C ativada . É a mutação do fator V de Leiden que leva à fator V resistente à degradação pela proteína C ativada, resultando em aumento do risco de trombose.

Método

Coagulométrico

Valor de referência

= 120 segundos: negativo

< 120 segundos: positivo

-Teste extremamente sensível a: temperatura, presença de plaquetas, uso de heparina e presença de anticoagulante lúpico.

-Este teste não deve ser interpretado isoladamente.

-O teste positivo, pode ser confirmado através da pesquisa da mutação do fator V de Leiden, que quando presente, caracteriza a alteração hereditária da resistência a proteína C ativada, embora outras mutações mais raras tenham sido descritas.

Condição

-2,0mL plasma em citrato (citrato de sódio 3,2%, proporção de nove partes de sangue por um de anticoagulante).

-JO 8h.

-É desejável que o paciente não esteja usando anticoagulante oral por pelo menos 2 semanas e heparina por 48 horas. A suspensão de qualquer medicação deverá ser feita sob a supervisão e autorização do médico responsável pelo paciente.

Informações necessárias

Informar uso de qualquer medicamento e dados clínicos disponíveis.

-Enviar amostra exclusiva para este exame.

-Colher em tubo siliconizado, sem garrotear ou com garroteamento mínimo.

-O tubo de citrato deverá ser o segundo na ordem da coleta. Se não houver solicitação de outro exame, colher tubo sem anticoagulante, desprezar e depois colher o tubo com citrato.

-Centrifugar imediatamente após a coleta (3000 rpm por 15 minutos).

-Separar o plasma cuidadosamente, transferindo-o para tubo siliconizado ou tubo plástico. Cuidado para não tocar a ponteira na camada de células, pois isto pode contaminar o plasma com plaquetas.

-Repetir o processo de centrifugação transferindo novamente o sobrenadante para outro tubo com os mesmos cuidados anteriores a fim de garantir um plasma com menos de 10.000 plaquetas por mm3 de plasma.

-Contar o número de plaquetas residual e caso tenha mais de 10.000/mm3, repetir o processo. Se possível informar no pedido a contagem encontrada.

-Separar o plasma em duas alíquotas de no mínimo 1,0mL cada e congelar imediatamente.

-Enviar material congelado, em gelo seco de preferência.

Informações necessárias

Informar uso de qualquer medicamento e dados clínicos disponíveis.

Conservação para envio

-Até 8 horas em temperatura ambiente

-Até 14 dias congelado em temperatura inferior a - 20oC. Só poderá ser processada a amostra que chegue ao laboratório congelada.

Proteína C reativa quantitativa de alta sensibilidade

Comentários

Tradicionalmente a quantificação da PCR é usada para monitorar processos inflamatórios e diferenciar: infecções virais das bacterianas (PCR mais elevada), pois a segunda leva a uma concentração muito mais elevada desta proteína; doença de Crohn (PCR elevada) da retocolite ulcerativa (PCR baixa); artrite reumatóide (PCR elevada) do lúpus eritematoso sistêmico sem complicações (PCR baixa). Níveis elevados têm sido reportados em pacientes com doença arterial coronariana. Estudos demonstram que a PCR de alta sensibilidade é preditora independente de IAM e AVC em homens e mulheres aparentemente saudáveis.

Método

Nefelometria

Valor de referência

Para risco cardiovascular

 

 

 

Risco alto

> 3mg/dL

Risco médio

1 a 3mg/dL

Risco baixo

< 1mg/dL

Para doenças inflamatórias na fase aguda

Inferior a 8mg/dL

negativo

Nota: A interpretação dos valores para risco cardiovascular somente pode ser realizada na ausência de quadros inflamatórios sistêmicos.

Condição

-0,5mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Proteína glicosilada - Frutosamina

Comentários

É o resultado de ligação da glicose com a albumina ou outras proteínas. Reflete o controle dos níveis glicêmicos nas últimas duas a três semanas. Níveis baixos são encontrados na desnutrição. Não deve ser utilizado para o diagnóstico de diabete melito, sendo útil nos pacientes com hemoglobinopatias para monitorização do tratamento.

Veja também Glicohemoglobina.

Método

Colorimétrico (Redução do NBT)

Valor de referência

205 a 285micromol/L

Condição

-0,8 mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

Proteína S funcional

Comentários

A proteína S é uma proteína dependente de vitamina K sintetizada pelo fígado e megacariócitos. A proteína S tem uma peculiar distribuição no plasma: 60% está complexada com a proteína de ligação C4b e é inativa; 40% está livre e ativa agindo como um cofator da proteína C ativada. Deficiência hereditária da proteína S leva a um estado de hipercoagulabilidade com aumento do risco de trombose venosa. As deficiências podem ser quantitativas e qualitativas sendo classificadas em três tipos.

Tipo 1: a deficiência quantitativa com redução de proteína S total e livre. As moléculas de proteína S são fabricadas normalmente, mas em baixa quantidade.

Tipo 2: a deficiência qualitativa é caracterizada por atividade diminuída e níveis antigênicos normais de proteína S total e livre. Neste tipo, quantidades normais de proteína S são produzidas, mas estas são deficientes.

Tipo 3: Níveis normais de proteína S total e baixos níveis de proteína S livre. Há um decréscimo nos níveis funcionais e antigênicos livres, mas com níveis antigênicos totais normais. Este tipo pode decorrer de uma mutação causando um aumento da ligação da proteína S a proteína de ligação C4b, ou do aumento da concentração sérica desta última proteína relacionado com a idade.

Na abordagem laboratorial, o ensaio funcional deve ser realizado como método diagnóstico inicial. Caso apresente resultado diminuído, um imunoensaio para o antígeno livre deve ser realizado. Em caso de diminuição do antígeno livre, outro imunoensaio antigênico total deverá ser realizado para caracterização dos tipos de deficiência.

Achados laboratoriais nas Deficiências de Proteína S

Tipo

Proteína S funcional

Proteína S livre

Proteína S total

I

Baixa

Baixa

Baixa

II

Baixa

Normal

Normal

III

Baixa

Baixa

Normal

Método

Coagulométrico

Valor de referência

Homens: 96-126%

Mulheres: 72-106%

- Proteína extremamente termossensível. Níveis diminuídos de atividade podem ocorrer em várias condições adquiridas: deficiência de vitamina K, uso de anticoagulantes orais, doença hepática, reação de fase aguda, gravidez, reposição estrogênica, uso de contraceptivos, síndrome nefrótica, coagulação intravascular disseminada. Resultados baixos também podem ocorrer em pacientes com fator V de Leiden e na presença de evento trombótico agudo.

-Níveis elevados de atividade podem estar relacionados ao uso de heparina ou presença de anticoagulante lúpico.

-Recém-nascido a termo ou prematuros sadios podem apresentar níveis diminuídos, que devem atingir o nível normal em 90º a 180º dia.

Condição

-2,0mL de plasma em citrato (citrato de sódio 3,2%, proporção nove partes de sangue por um de anticoagulante).

-J.O. 8h.

-É desejável que o paciente não esteja usando anticoagulante oral por pelo menos 2 semanas e heparina por 48 horas. Tal fato leva a uma diminuição da proteína S. A suspensão de qualquer medicação deverá ser feita sob a supervisão e autorização do médico responsável pelo paciente.

Informações necessárias

Informar uso de qualquer medicamento e dados clínicos disponíveis.

 

A amostra separada para proteína S deverá ser exclusiva para este exame.

Colher em tubo siliconizado, sem garrotear ou com garroteamento mínimo. O tubo de citrato deverá ser o segundo na ordem da coleta. Se não houver solicitação de outro exame, colher um tubo sem anticoagulante, desprezar e depois colher o tubo com citrato. Centrifugar imediatamente após a coleta (3000 rpm por 15 minutos). Separar o plasma cuidadosamente, transferindo-o para um tubo siliconizado ou tubo plástico. Cuidado para não tocar a ponteira na camada de células, pois isto pode contaminar o plasma com plaquetas. Repetir o processo de centrifugação transferindo novamente o sobrenadante para outro tubo com os mesmos cuidados anteriores a fim de garantir um plasma com menos de 10.000 plaquetas por mm3 de plasma. Contar o número de plaquetas residual e caso tenha mais de 10.000/mm3, repetir o processo. Se possível informar no pedido a contagem encontrada. Separar o plasma em duas alíquotas de no mínimo 1mL cada e congelar imediatamente. Enviar o material congelado, em gelo seco de preferência. Só poderá ser recebida amostra que chegue ao laboratório congelada.

Conservação para envio

Até 4 horas em temperatura ambiente

Até 30 dias congelado em temperatura inferior a -20oC.

Proteínas, pesquisa na urina

Comentários

A presença de proteínas na urina nem sempre significa doença renal. Contudo, sua presença exige que sejam feitas outras análises para determinar se esta representa uma condição normal ou patológica.

Veja também Proteínas, dosagem e Microalbuminúria.

Método

Colorimétrico – Reação de Robert

Valor de referência

Negativo

Condição

-30mL de urina recente (jato médio da 1a urina da manhã).

-O cliente não deve colher a urina após esforço físico.

-Enviar rapidamente ao laboratório.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Proteínas totais, dosagem

Comentários

Sangue: dosagem utilizada na avaliação do estado nutricional e na investigação de edemas. Aumentos são encontrados na desidratação, doença hepática, neoplasias, mieloma, macroglobulinemia Waldenströn, hanseníase, leishmaniose, doenças granulomatosas, colagenoses, uso de corticóides, digitais, furosemida e contraceptivos orais. Valores baixos podem ocorrer na gravidez, cirrose, imobilização prolongada, insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica, neoplasias, enteropatias perdedoras de proteínas, desnutrição, hipertireoidismo, queimaduras, doenças crônicas, e no uso de carvedilol e laxativos. Hemólise pode causar aumentos espúrios.

Veja também comentários nas proteínas totais e fracionadas e eletroforese de proteínas.

Líquido ascítico: valores abaixo de 2,5 g/dl são considerados transudatos (cirrose, insuficiência cardíaca). Valores acima de 3 g/dl são considerados exsudatos (carcinomatose, ascite quilosa, pancreatite). Uso de diuréticos pode transformar transudatos em exsudatos. O gradiente sérico-ascítico (valor no soro menos valor no líquido ascítico) acima de 1,1 g/dl sugere hipertensão porta.

Líquido pleural: valores abaixo de 2,5 g/dl são considerados transudatos (cirrose, insuficiência cardíaca, síndrome nefrótica). Valores acima de 3 g/dl são considerados exsudatos (neoplasias, infecções, pancreatite, colagenoses, embolia e quilotórax). A razão líquido pleural/soro acima de 0,5 indica exsudato.

Líquido sinovial: elevação de proteínas podem ocorrer nos processos inflamatórios articulares.

Líquor: níveis elevados ocorrem na hemorragia subaracnóidea, meningites, uremia e Síndrome de Cushing. Valores baixos ocorrem no pseudotumor cerebral, hipertireoidismo e punções lombares repetidas. A presença de sangue no líquor acarreta aumento da proteínorraquia (1 mg/dl para cada 1.000 hemácias).

Urina: em condições fisiológicas o glomérulo impede a passagem das moléculas de proteína para urina. Normalmente, pequenas quantidades são eliminadas na urina, sendo a albumina predominante. Proteinúrias funcionais podem ocorrer em decorrência de atividade muscular, frio excessivo, grávidas (em pequenas quantidades) e na proteinúria ortostática benigna. Elevações podem decorrer de alterações patológicas: febre; congestão venosa; gamopatias monoclonais; glomerulonefrites, síndrome nefrótica, eclâmpsia, infecção urinária, prostatite e uretrite.

SANGUE

Método

Biureto

Valor de referência

6,4 a 8,3g/dL

Condição

0,8mL de soro.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

LÍQUIDO ASCÍTICO

Método

Biureto

Valor de referência

Transudato

< 2,5 g/dL

Exsudato

> 3,0 g/dL

Condição

0,5mL de líquido ascítico.

Conservação de envio

Até 4 dias entre 2o e 8o C.

LÍQUIDO PLEURAL

Método

Biureto

Valor de referência

Transudato

< 2,5g/dL

Exsudato

> 3,0g/dL

Condição

0,5mL de líquido pleural.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8o C.

 

LÍQUIDO SINOVIAL

Método

Biureto

Valor de referência

2,5 a 3,0g/dL

Condição:

0,5mL de líquido sinovial.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8o C.

LÍQUOR

Método

Vermelho de pirogalol

Valor de referência

Lombar 15 a 45mg/dL Cisternal 10 a 25mg/dL Ventricular 5 a 15mg/dL

Condição

0,8mL de liquor.

Conservação de envio

Até 4 dias entre 2o e 8o C.

URINA

Método

Vermelho de pirogalol

Valor de referência Urina 24h:

20 a 150mg/24h

Urina recente:

Relação proteína/creatinina: até 0,20

Condição

Urina (urina recente - urina 24h* ou C.O.M.).

 

Enviar 5mL de urina com conservante e informar volume total.

Conservação de envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

Proteínas totais e fracionadas

Comentários

Albumina é a proteína mais abundante no plasma. Sintetizada pelas células do parênquima hepático, tem meia-vida de 15 a 19 dias. Sua função primária é manter a pressão coloidosmótica do plasma. Níveis elevados podem ocorrer na desidratação aguda sem significado clínico. Normalmente espera-se uma razão albumina/globulina maior ou igual a 1. Resultados baixos de albumina ocorrem na cirrose, glomerulopatias, sarcoidose, doenças granulomatosas, colagenoses, infecções agudas, caquexia, queimaduras e doenças inflamatórias intestinais.

Veja também comentários nas Proteínas totais e Eletroforese de proteínas.

 

 

Método

 

 

 

 

Biureto e Verde bromocresol

 

 

Valor de referência

 

 

Albumina

 

3,5 a 5,5 g/dL

 

 

Globulinas

1,4 a 3,2 g/dL

 

 

Totais

6,4 a 8,3 g/dL

 

 

Condição

0,8mL de soro.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

Protoporfirinas, pesquisa nas fezes

Comentários

A protoporfirina é um porfirina insolúvel em água, não encontrada na urina, que é excretada pela bile nas fezes. Útil na suspeita de porfiria com quadro de fotossensibilidade aguda sem bolhas. Também utilizada na distinção entre as formas neuropsiquiátricas juntamente com a coproporfirina. Elevações são encontradas na porfiria variegata e protoporfiria eritropoiética.

Veja também Coproporfirinas, Porfirinas, Porfobilinogênio, Uroporfirinas, ALA-U e Zincoprotoporfirina.

Método

Fluorescência

Valor de referência

Negativo

Condição

Fezes recente (sem conservantes). Cerca de metade do volume do frasco próprio para fezes.

 

Enviar em frasco âmbar.

Conservação para envio

Até 2 dias entre 2o e 8oC.

PSA - Antígeno prostático específico

Comentários

O antígeno prostático específico é uma protease produzida quase que exclusivamente pelas células epiteliais do tecido prostático. Está presente em altas concentrações no líquido seminal. Níveis pré-operatórios correlacionam-se (ainda que imperfeitamente) com a extensão da doença em pacientes com câncer prostático. O PSA é útil na detecção de tumor prostático e no seguimento do seu tratamento. Aproximadamente 25 a 46% dos homens com hiperplasia prostática benigna têm concentração elevada de PSA. Pacientes com prostatite também exibem elevações do PSA. O nível de PSA não é utilizado isoladamente para estadiamento e seleção de candidatos para prostatectomia radical. Elevações podem ser encontradas após o exame retal digital, massagem prostática, instrumentação uretral, ultra-som transretal, biópsia prostática por agulha, retenção urinária, infarto ou isquemia prostáticas e relação sexual. Sua utilização pré-operatória não define acuradamente se o carcinoma se apresenta com ou sem invasão capsular. No seguimento dos pacientes é muito importante manter a utilização do mesmo ensaio. A velocidade do PSA é uma expressão utilizada para indicar a taxa de mudança do PSA. Pode prover um índice capaz de detecção precoce do adenocarcinoma prostático com distinção entre os normais e aqueles com hiperplasia prostática benigna. Flutuações fisiológicas são descritas, não devendo submeter o paciente a exames diagnósticos com uma determinação única. Nesses casos, é desejável a repetição do teste em 4 a 6 semanas.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

PSA Total: até 2,50ng/mL

Relação PSA Livre/PSA total > 25%

Nota: Valores da relação PSA livre/PSA total menores que os valores de referência somente são significativos quando os valores de PSA total encontram-se entre 4,0 e 10,0nanog/mL e com prostata normal à palpação. Este exame, de forma isolada, não permite diagnóstico de neoplasia de prostata. Aumentos transitórios podem ocorrer em pacientes sem evidência de neoplasia e em condições clínicas benignas. Intervenções terapêuticas fundamentadas exclusivamente em uma única dosagem de PSA não são recomendadas.

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

-Após ultra-som transretal, aguardar 24 horas, ou C.O.M.

-Após exercícios pesados, aguardar 24 horas, ou C.O.M.

-Após ejaculação (relação sexual), aguardar 2 dias, ou C.O.M.

-Após toque retal, aguardar 2 dias, ou C.O.M.

-Após biópsia de próstata, aguardar 4 semanas, ou C.O.M.

-Após massagem na próstata, aguardar 4 semanas, ou C.O.M.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

Renina

Comentários

A renina é secretada pelas células justaglomerulares adjacentes às arteríolas renais aferentes e converte o angiotensinogênio em angiotensina I. A angiotensina I é, por sua vez, convertida em angiotensina II, um peptídeo biologicamente ativo que estimula a secreção adrenocortical de aldosterona e tem uma atividade vasopressora direta. O interesse clínico em medir a renina plasmática concentra-se principalmente nos pacientes com quadro de excesso de aldosterona. Existem duas formas de hiperaldosteronismo: primário e secundário. No hiperaldosteronismo primário o excesso de aldosterona é produzido autonomamente por um adenoma ou hiperplasia adrenal. Já no hiperaldosteronismo secundário a aldosterona é produzida como uma resposta fisiológica em algumas doenças, tais como, insuficiência cardíaca, cirrose, hipertensão renovascular, Síndrome de Bartter, medicação diurética e quadro de vômitos protraídos. Interpretação da renina é difícil devido à não especificidade dos ensaios indiretos, inúmeras variáveis pré-analíticas que afetam a produção de renina (ingestão de sódio, postura e medicamentos) além da variação circadiana na produção de renina (máxima na manhã, mínima no final da tarde).

Método

Radioimunoensaio Cinético

Valor de referência

Dieta normossódica

Deitado 0,51 a 2,64ng/mL/h

Em pé/sentado 0,98 a 4,18ng/mL/h

Condição

-2,0mL de plasma (EDTA).

-J.D. 4h.

-Para coleta basal, repouso de 30 minutos deitado, não pode permanecer de pé ou C.O.M.

Medicamentos

A criterio medico, devem ser suspensos, pelo menos duas semanas antes da realização do exame os anti- inflamatórios não esteróides, anti-hipertensivos (beta bloqueadores, inibidores da enzima de conversão, agentes bloqueadores da ação da angiotensina II, diuréticos tiazídicos, poupadores de potássio e de alça, bloqueadores do canal de cálcio. A espironolactona deve ser suspensa 6 semanas antes da coleta. Estrogenioterapia pode elevar os níveis da atividade plasmática de renina.

 

Congelar imediatamente e enviar material congelado.

Conservação para envio

Até 12 meses entre e - 20oC

 

 

 

Reserva alcalina

Comentários

Este teste é útil na avaliação do equilíbrio ácido-básico. Valores aumentados são encontrados na alcalose metabólica e acidose respiratória, e valores diminuídos na acidose metabólica e alcalose respiratória.

Método

Enzimático

Valor de referência

20 a 33mmoL/L

Condição

0,8mL de soro.

 

Dessorar rapidamente e refrigerar imediatamente, em frasco de plástico com tampa (Eppendorf ou tubos de soroteca) ou vidro, de maneira que a relação frasco/amostra seja a menor possível. Evitar a transferência da amostra de um tubo para outro, repetidas vezes, pois quanto maior a manipulação, maior a alteração do pH da amostra, afetando diretamente o resultado.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

Reticulina, anticorpos anti

Comentários

Anticorpos anti-reticulina estão presentes na doença Celíaca em 40% dos pacientes adultos e 60% das crianças. Apresenta sensibilidade e especificidade inferiores aos demais anticorpos detectados na doença Celíaca. Também podem estar presentes em diabéticos, portadores de doença de Crohn, síndrome de Sjögren e na miastenia gravis.

Veja também Endomísio, Gliadina e Transglutaminase.

Método

Imunofluorescência indireta

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,2mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

Reticulócitos

Comentários

Os reticulócitos têm diâmetro pouco maior que o da hemácia e não têm núcleo, sendo formado por citoplasma acidófilo, no qual pode-se ver um reticulado basófilo após coloração com azul de cresil brilhante. Os reticulócitos estão presentes normalmente no sangue em torno de 0,5% a 1,5% do total de hemácias e correspondem à células recém-emitidas na circulação. A contagem de reticulócitos é útil para avaliar atividade eritropoiética, sendo importante para o diagnóstico diferencial das anemias e para acompanhar tratamento. Valores aumentados são encontrados na hiperatividade da medula óssea (reticulocitose), como por exemplo nas anemias hemolíticas. Valores diminuídos são encontrados na hipoatividade da medula óssea (reticulocitopenia), como por exemplo na aplasia medular.

Método

 

 

Azul de cresil brilhante

 

Valor de referência

 

Percentual

0,5% a 1,5 %

 

Quantitativo

de 25.000 a 75.000/mm3

 

Condição

 

 

1,0mL de sangue total (EDTA).

 

Conservação para envio

 

Até 48 horas em temperatura ambiente.

 

 

 

Retração do coágulo

Comentários

Em pacientes normais, após a coagulação completa do sangue, o coágulo começa a se retrair, deslocando-se gradualmente da parede do tubo e separando-se claramente do soro. Depende do número e da função plaquetária. Sua principal indicação é como auxílio diagnóstico na Trombastenia de Glanzmann, na qual a retração é praticamente nula. Também encontra-se reduzida nas plaquetopenias graves, doença de Von Willebrand e hiperfibrinogenemia.

Método

Aggler-Lucia

Valor de referência

4,1 a -19,9%

Condição

-5,0mL sangue total (sem anticoagulante) em tubo de centrífuga graduado + 1,0 mL sangue total (EDTA).

-Coleta até às 18:00 horas.

Conservação para envio

Até 2 horas a 37°C (banho maria)

Não realizamos para  conveniados

Risco fetal, testes preditivos

Para utilização de marcadores bioquímicos e biofísicos (ultra-sonográficos) deve-se considerar as características próprias da população estudada, bem como a idade gestacional. Este problema é resolvido quando se aplica o múltiplo das medianas (MoM) de gestantes saudáveis como uma unidade de referência para converter as concentrações de hormônios encontrados e quantificar os desvios acima ou abaixo da mediana normal.

Comportamento dos Marcadores Bioquímicos nos Defeitos do Tubo Neural e Síndrome de Down

Anomalia

AFP

uE3

hCG

PAPP-A

Inibina A

Defeitos do Tubo Neural

Ι

Normal

Normal

Normal

Normal

 

Trissomia do 21

û

û

Ι

û

Ι

 

 

 

 

 

uE3: estriol livre; AFP: alfa-fetoproteína; hCG: gonadotrofina coriônica; PAPP-A: proteína plasmática associada à gravidez.

TESTE INTEGRADO

(1o Trimestre - 10a a 13a semanas): PAPP-A + Translucência Nucal.

(2o Trimestre - 15a a 22a semanas): Alfa-fetoproteína + Estriol livre + hCG livre. Comentários

Teste utilizado para triagem da Síndrome de Down e Má Formação do Tubo Neural em grávidas, em duas etapas. No primeiro trimestre, deve ser coletado sangue (PAPP-A) entre 10a e 13a a semanas de gestação, idealmente na 12a semana. Além da coleta de sangue, nesta primeira etapa, a paciente deve realizar ultra-som obstétrico para medida da Translucência Nucal. Na Segunda etapa, realizada no segundo trimestre, entre 15a e 22a semanas de gestação, idealmente entre 15a e 18a semanas, é realizado nova coleta de sangue ( hCG livre + Alfa-fetoproteína +

Estriol livre). O resultado do teste só é liberado após a realização da segunda etapa (coleta do segundo trimestre). Os dados obtidos nas determinações no sangue (PAPP-A) e a medida da translucência nucal ao ultra-som no primeiro trimestre, acrescidos dos dados do segundo trimestre ( hCG livre + Alfa-fetoproteína + Estriol livre) são analisados através de um software, que utiliza o múltiplo das medianas (MoM) para fornecer um risco fetal para Síndrome de Down com taxa de detecção de 94% e taxa de falso-positivo 5%. Este teste é o que apresenta melhor sensibilidade dentre os testes de risco fetal disponíveis.

Valor de referência

Limite de Risco 1:200

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

-Realizar no 1o trimestre (10a a 13a semanas de gestação) idealmente na 12a semana, e no 2o trimestre (15a a 22a semanas de gestação) idealmente entre 15a e 18a semanas.

-Enviar xerox do ultra-som para o setor.

Informações necessárias

É obrigatório o preenchimento do questionário pelo médico da paciente. Além dos dados clínicos e ultrasonográficos solicitados nos questionários, este deverá contar com o nome legível, assinatura e CRM do médico solicitante.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

TESTE COMBINADO

(1o Trimestre - 10a a 13a semanas): hCG livre + PAPP-A + Translucência Nucal.

Comentários

Teste utilizado para triagem da Síndrome de Down em grávidas entre a 10a e 13a semanas de gestação, idealmente na 12a semana. É realizado a dosagem no sangue de hCG livre e PAPP-A. Além da coleta de sangue, a paciente deve realizar ultra-som obstétrico para medida da Translucência Nucal (enviar xerox do ultra-som para o setor). Os dados obtidos nas determinações no sangue (PAPP-A e hCG livre) e a medida da translucência nucal ao ultra- som, são analisados através de um software, que utiliza o múltiplo das medianas (MoM) para fornecer um risco fetal para Síndrome de Down com taxa de detecção de 82% e taxa de falso-positivo 5%. Este teste não é usado para a triagem de defeitos de tubo neural.

Valor de referência

Limite de Risco 1:200

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

-Realizar no 1o trimestre (10a a 13a semanas de gestação) idealmente na 12a semana.

-Enviar xerox do ultra-som para o setor.

Informações necessárias

É obrigatório o preenchimento do questionário pelo médico da paciente. Além dos dados clínicos e ultrasonográficos solicitados nos questionários, este deverá certo com o nome legível, assinatura e CRM do médico solicitante.

Conservação para envio

Ate 7 dias entre 2o e 8oC.

TESTE TRIPLO

(2o Trimestre - 15a a 22a semanas): Alfa-fetoproteína + Estriol livre + hCG livre.

Comentários

Teste utilizado para triagem da Síndrome de Down e Má formação do Tubo Neural em grávidas entre a 15a e 22a semanas de gestação, idealmente na 15a e 18a semanas. É realizado a dosagem no sangue de hCG livre, alfa- fetoproteína e estriol livre. Além da coleta de sangue, a paciente deve ter realizado ultra-som obstétrico. Para este teste pode-se aceitar ultra-som realizado no primeiro trimestre de gestação. Os dados obtidos nas determinações no sangue ( hCG livre + estriol livre + alfa-fetoproteína) e dados do ultra-som, são analisados através de um software, que utiliza o múltiplo das medianas (MoM) para fornecer um risco fetal para Síndrome de Down e Má formação do tubo neural. Este teste apresenta para a Síndrome de Down, taxa de detecção de 69% e taxa de falso-positivo de 5%.

Valor de referência

Limite de Risco 1:200

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

-Realizar no 2o trimestre (15a a 22a semanas de gestação), idealmente entre 15a e 18a semanas.

-Enviar xerox do ultra-som para o setor.

Informações necessárias

É obrigatório o preenchimento do questionário pelo médico da paciente. Além dos dados clínicos e ultrasonográficos solicitados nos questionários, este deverá contar com o nome legível, assinatura e CRM do médico solicitante.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

 

 

RNP, anticorpos anti

Comentários

O anticorpo anti-RNP é dirigido contra a fração U1-RNA das pequenas ribonucleoproteínas nucleares (sn-RNP). Ocorre em baixos títulos em 30% a 40% dos pacientes com lúpus eritematoso sistêmico, além da síndrome de Sjögren, esclerose sistêmica, artrite reumatóide e polimiosite. Altos títulos de RNP, na ausência de anti-Sm, são fortemente sugestivos de doença mista do tecido conjuntivo, quando ocorrem em 95% a 100% dos casos. Há descrições da associação desse auto-anticorpo com a presença de miositie, fenômeno de Raynaud, esclerodactilia, hipomotilidade esofageana e uma menor prevalência de acometimento renal.

Método

Hemoaglutinação

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,3mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

Rotavírus, pesquisa

Comentário

O rotavírus humano é a principal causa de diarréia em crianças. A infecção pelo rotavírus do grupo A ocorre em todo o mundo, sendo transmitida por via fecal-oral, com período de incubação de 1 a 2 dias. Manifesta-se com vômitos, diarréia, febre e dor abdominal abrupta. A detecção rápida do rotavírus nas fezes permite o diagnóstico diferencial com outras gastroenterites agudas, evitando o uso desnecessário de antibióticos.

Método

Anticorpo monoclonal.

Valor de referência

Negativo.

Condição

Fezes recentes.

Realizar a coleta, preferencialmente, durante os primeiros 3 a 5 dias após o aparecimento dos sintomas.

Conservação para envio

Mantidas em banho de gelo por até 48 horas, em frascos que não contenham conservantes, meios de transportes ou detergentes.

Rubéola, anticorpos IgM, IgG e IgG avidez

Comentários

Doença viral de comportamento benigno, exceto em grávidas quando a infecção aguda pode levar à síndrome da rubéola congênita. Seguem os achados sorológicos nas situações clínicas possíveis:

Infecção primária: IgM torna-se positivo 1 a 3 dias após início da doença, sendo detectável por 2 a 12 meses. Reações falso-positivas para IgM podem ocorrer em pacientes com mononucleose infecciosa, infecções por parvovírus e coxsakievírus B. A IgG torna-se positiva a partir de 3 a 4 dias de doença, permanecendo indefinidamente. IgG de baixa avidez está presente por até 3 meses, sendo a partir de então detectado IgG de alta avidez.

Reinfecção: sorologia positiva anterior à reinfecção. IgG positivo com elevação de 4 vezes ou mais no título da segunda amostra. IgM pode estar presente. IgG de alta avidez e resposta linfoproliferativa estão presentes. Não representa risco para gestantes.

Rubéola congênita: no primeiro mês de vida, cerca de 20% dos infectados têm IgM negativo. IgG materna pode estar presente por mais de 6 meses. IgG avidez não tem utilidade pois pode permanecer com baixa avidez por até 3 anos na Rubéola congênita.

Imunes e vacinados: IgG positivo. IgM negativo após 3 meses da vacinação. IgG de alta avidez presente. Índice de soroconversão com a vacina é próximo a 95%.

Informações necessárias

Informar se está grávida, se teve contato e se já fez este exame anteriormente.

IMUNOENSAIO ENZIMÁTICO IgM e IgG

Valor de referência - IgG

 

= 10UI/mL

negativo

 

> 10UI/mL e = 15UI/mL

indeterminado

> 15UI/mL

reagente

 

Valor de referência - IgM

 

índice < 0,80

negativo

 

índice 0,80 a 1,20

indeterminado

índice > 1,20

reagente

 

Condição

 

 

 

-0,5mL de soro ou plasma (EDTA) para cada.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 14 dias entre 2o e 8oC.

ELFA - ENZYME LINKED FLUORESCENT ASSAY (VIDAS) IgM e IgG

Valor de referência - IgG

 

< 10UI/mL

 

negativo

 

= 10UI/mL e < 15UI/mL

indeterminado

= 15 UI/mL

reagente

 

Valor de referência – IgM

 

< 0,80

negativo

 

 

= 0,80 a < 1,20

indeterminado

= 1,20

reagente

 

 

Condição

 

 

 

 

-0,5mL de soro para cada.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

TESTE DE AVIDEZ IgG

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência

Baixa avidez: inferior a 36% sugere-se infecção ocorrida há pelo menos 3 meses. Inconclusivo: entre 36 e 60% não permite definir o período de infecção.

Alta avidez: superior a 60% sugere que a infecção tenha ocorrido há mais de 3 meses.

Nota: Este teste baseia-se na intensidade ou avidez com que anticorpos IgG específicos permanecem ligados ao antígeno de Rubéola. Anticorpos de alta avidez são característicos de infecção remota. Anticorpos de baixa avidez são indicativos de infecção aguda ou recente.

Condição

-0,6mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Sacarose, teste da - Sucrose

Comentários

A Hemoglobinúria Paroxística Noturna é uma doença adquirida na qual as hemácias do paciente são anormalmente sensíveis aos constituintes normais do soro. O teste da sucrose é um teste de triagem, sendo que o resultado positivo deve ser confirmado pelo teste de Ham. Resultados falso-negativos podem ocorrer após hemotransfusão ou uso dos anticoagulantes, heparina e EDTA, enquanto falso-positivos podem ocorrer na anemia megaloblástica ou anemia auto-imune.

Veja Também Teste de Ham.

Método

Hemólise em solução de baixa força iônica

Valor de referência

Negativo

Condição

-1,0mL de sangue total citratado.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 24 horas entre 2o e 8oC.

Sangue oculto nas fezes

Comentários

O sangue oculto nas fezes é definido como a presença de sangue nas fezes que requer testes bioquímicos para sua detecção. Pode ser derivado do trato gastrintestinal alto, bem como do intestino delgado e do cólon. É utilizado como método de triagem do carcinoma colorretal, embora apresente sensibilidade baixa, em torno de 52%. O uso de anticorpo monoclonal específico para hemoglobina humana apresenta vantagens: elimina necessidade de dieta especial, não há reação cruzada com hemoglobina de outros animais e não há efeito prozona.

Método

Anticorpo monoclonal anti-hemoglobina humana – Imunocromatográfico

Valor de referência

Negativo

Condição

-Fezes recentes (sem conservantes). Cerca de metade do volume do frasco próprio para fezes.

-Não colher no período menstrual. Abster-se de bebidas alcoólicas por 3 dias.

-Medicamentos que podem causar resultados alterados devem ser suspensos 2 dias antes C.O.M.: (aspirina, AAS, anti-inflamatórios não esteróides, anticoagulantes, colchicina, reserpina, vitamina C, iodo, sulfato ferroso e contraste radiológico).

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Sarampo, anticorpos IgM e IgG

Comentários

O sarampo é causado por um paramixovírus. Apresenta incubação de uma a duas semanas e manifesta-se com febre, rinorréia, tosse, conjuntivite e rash cutâneo maculopapular por sete dias e sinal de Koplic. A sorologia é o método diagnóstico mais utilizado. Imunoglobulina M (IgM) é detectada dentro de 3 a 4 dias após início dos sintomas clínicos e persiste por 8 a 12 semanas. IgG é detectável dentro de 7 a 10 dias do surgimento do quadro clínico e permanece elevada por toda a vida. Após vacinação, IgM é positiva na seguinte proporção: em 2% dos vacinados na primeira semana; 61% na segunda semana; 79% na terceira semana e 60% na quarta semana. A IgM pode persistir por oito semanas após a vacinação.

Método

Imunoensaio enzimático

Valor de referência

Negativo índice < 0,90

Indeterminado índice entre 0,90 e 1,10 Reagente índice > 1,10

Condição

-0,5mL de soro para cada - líquor.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 0o e - 10oC.

SCL 70, anticorpos anti

Comentários

Estes anticorpos são dirigidos contra a enzima nuclear DNA topoisomerase I. Ocorrem em 20-30% dos pacientes com esclerose sistêmica (20-60% na forma cutânea difusa e menos de 10% na forma cutânea limitada) e estão associados a comprometimento cutâneo difuso e fibrose pulmonar intersticial. Podem ser encontrados em pacientes com fenômeno de Raynaud e antes do surgimento das manifestações clínicas da esclerose sistêmica.

Método

Hemoaglutinação

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,3mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

Sedimentoscopia

Comentários

A sedimentoscopia urinária fornece informações importantes sobre a presença de leucócitos (piócitos), eritrócitos, cilindros, cristais, bactérias, parasitas e fungos. Muito importante na triagem das diversas patologias que afetam a função renal.

Veja também Dismorfismo eritrocitário e Urina rotina.

Método

Microscopia ótica

Condição

-Urina recente (jato médio da 1a urina da manhã).

-Manter dieta hídrica habitual.

-Enviar rapidamente ao laboratório.

-O laboratório fornece kit próprio para coleta.

Conservação para envio

Até 4 horas entre 2o e 8oC.

 

 

Serotonina - 5-hdroxi-triptamina

Comentários

A serotonina é sintetizada a partir do triptofano nas células cromafins intestinais ou em neurônios. Sua dosagem pode complementar o diagnóstico de tumores carcinóides. Sua concentração sofre interferências de alguns alimentos e drogas. A dosagem do metabólito da serotonina (ácido 5-hidroxi-indolacético) é o marcador mais sensível de tumores carcinóides. O paciente deverá permanecer 7 dias sem ingerir os seguintes medicamentos conforme orientação do seu médico assistente: paracetamol, imipramina, guafesin, antidepressivos IMAO, lítio, metildopa, morfina, naproxeno e reserpina.

Veja também Ácido 5-hidroxi-indolacético.

Método

Cromatografia Líquida de Alta Performance - HPLC

Valor de referência

Normal

50 a 200ng/mL

Intermediário

200 a 40 ng/mL

Elevado

> 400ng/mL

Condição

 

 

-Colher 10mL de sangue total (em seringa plástica contendo EDTA), dividir 5mL deste sangue para cada tubo plástico contendo 10mg de EDTA e 75 mg de ácido ascórbico (fornecido pelo laboratório). Homogeneizar imediatamente (não esperar), por inversão num total de 6 inversões, “sem agitar”, porque não pode haver hemólise. Centrifugar o sangue dos tubos a 1200 r.p.m. por 20 minutos. Separar o plasma e congelá-lo.

-J.O. 8h.

 

Enviar o material congelado em tubo plástico. O laboratório fornecerá tubos para coleta.

Informações necessárias

Informar peso, medicamentos em uso, dose e tempo de uso.

Dieta

O paciente deverá permanecer 24 horas sem ingerir os alimentos relacionados, pois estes interferem no resultado: abacate, banana, beringela, nozes, pickles, tomate.

Conservação para envio

Até 20 dias entre 0o e - 10oC.

SHBG - Globulina ligadora de hormônios sexuais

Comentários

É sintetizada no fígado e funciona como uma proteína de transporte para alguns hormônios sexuais. A maioria dos hormônios gonadais circulantes são ligados a esta proteína (testosterona, diidrotestosterona e estrogênios). Conseqüentemente, não somente alterações na secreção desses hormônios, mas também alterações na concentração do SHBG podem conduzir a variações nos níveis circulantes dos hormônios. Encontra-se aumentada na estrogenioterapia, gestação, alcoolismo, hipogonadismo masculino, hipertireoidismo e síndrome da feminilização testicular. Encontra-se diminuída no hirsutismo, virilização, obesidade extrema e terapia ou abuso de androgênios.

Método

 

 

Quimioluminescência

 

 

Valor de referência

 

 

Idade

Homem

Mulher

1 a 7 dias

8,8 a 50,7

7,4 a 34,8nmol/L

8 a 15 dias

13,7 a 68,7

10,1 a 51,2nmol/L

16 dias a 3 anos

19,8 a 114,4

12,9 a 96,6nmol/L

Pré-úberes

28,4 a 149,9

38,9 a 176,4nmol/L

Adultos

13,0 a 71,0

18,0 a 114,0nmol/L

Condição

- 0,5mL de soro. - J.D. 4h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Sífilis, sorologia - Treponema pallidum

Comentários

Na sífilis primária os testes VDRL e FTA-ABS (imunofluorescência indireta) positivam-se depois do cancro duro com sensibilidade de 85%. Na sífilis secundária a sensibilidade da sorologia é de 99%. Na sífilis terciária, o VDRL tem sensibilidade de 70% e o FTA-ABS de 98%.

VDRL: teste não treponêmico, utiliza como antígeno a cardiolipina que normalmente ocorre no soro em níveis baixos e apresenta-se elevado na sífilis. O VDRL é uma reação de floculação, apresentando alta sensibilidade e baixa especificidade. Torna-se positivo duas semanas após o cancro. Falso-negativos podem ocorrer na sífilis tardia. Cerca de 1% a 40% dos resultados de VDRL são falso-positivos: idosos, portadores de doenças auto- imunes, malária, mononucleose, brucelose, hanseníase, hepatites, portadores de HIV, leptospirose, usuários de drogas, outras infecções bacterianas, vacinações e gravidez. Geralmente, falso-positivos mostram títulos de até 1:4, mas títulos maiores podem ser encontrados. Na avaliação do tratamento observa-se que na sífilis primária e secundária, os títulos caem cerca de quatro vezes em três meses, e oito vezes em seis meses, negativando-se em um a dois anos. A persistência de títulos elevados ou a não redução em quatro vezes dos títulos, após um ano de tratamento, pode indicar necessidade de novo tratamento. Resultados positivos de VDRL no líquor são encontrados em 50% a 60% dos casos de neurossífilis, com especificidade em torno de 99%. Após tratamento, entre três e seis meses, os títulos caem entre três e seis meses, podendo demorar anos para negativarem. Linfocitose e aumento das proteínas são evidências de neurossífilis ativa.

Testes treponêmicos: os testes de imunofluorescência (FTA-ABS) apresentam especificidade entre 96% e 99%. Menos de 1% dos indivíduos saudáveis tem FTA-ABS positivo, porém, falso-positivos podem ocorrer em doenças auto-imunes, gravidez, hanseníase, malária, mononucleose, leptospirose e infecções por outros treponemas. Devem ser utilizados para confirmação dos resultados de VDRL. Após o tratamento, o IgG FTA-ABS pode negativar ou permanecer positivo. O IgM FTA-ABS desaparece após fase aguda, sendo útil para indicar infecção congênita. O imunoensaio enzimático (ELISA) é um teste treponêmico que tem estreita correlação com os resultados do FTA- ABS, apresentando como vantagem a maior reprodutibilidade.

IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA IgG - FTA-ABS

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,5mL de soro - líquor.

-JO 8h.

Obs: O teste imunológico no líquor deve ser realizado em paralelo com o soro, devido a possibilidade de contaminação do material durante a punção.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA IgM

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,5mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

IMUNOFLUORESCÊNCIA INDIRETA QUANTITATIVA - FTA-ABS

Condição

-0,5mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

 

IMUNOENSAIO ENZIMÁTICO - PESQUISA ANTICORPOS TOTAIS

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,5mL de soro ou plasma (citrato/heparina/EDTA).

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 3 dias entre 2o e 8oC.

AGLUTINAÇÃO

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,1mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

VDRL QUANTITATIVO

Método

Floculação

Valor de referência

Não reativo

Condição

-0,3mL de soro - liquor.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

SM, anticorpos anti

Comentários

Os anticorpos anti-Sm possuem alta especificidade para o LES, porém com sensibilidade de apenas 25% a 30%, quando a técnica utilizada é a imunodifusão radial ou imunoprecipitação. Quando realizado por imunoensaio enzimático, reações falso-positivas podem ocorrer em 23% dos pacientes com AR, 25% dos com Esclerose Sistêmica (ES), 9% das polimiosites e 2% dos indivíduos normais. Alguns estudos associam a sua presença com nefrite branda de curso benigno, outros o associam com envolvimento do sistema nervoso central e exacerbação clínica da doença.

Método

Hemoaglutinação

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,3 mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Sódio

Comentários

Soro: É o principal cátion extracelular. Os sais de sódio são os principais determinantes da osmolalidade celular. Alguns fatores regulam a homeostasia do sódio, tais como aldosterona e hormônio antidiurético. O teste é útil na avaliação dos distúrbios hidroeletrolíticos.

Urina: Principais causas de aumento são o uso de diuréticos, dieta rica em sal, SIADH e Doença de Addison. Diminuição ocorre na síndrome nefrótica, necrose tubular, dieta pobre em sódio e Síndrome de Cushing.

SANGUE

Método

Eletrodo seletivo

Valor de referência

135 a 145mEq/L

Condição

0,8mL de soro.

Conservação para envio

Até 5 dias entre 2o e 8oC.

URINA

Método

Eletrodo seletivo

Valor de referência

27 a 287mEq/24h

Condição

-Urina (urina recente - urina 24h* ou C.O.M.).

-Refrigerar ou usar HCl 50% 20mL/L de urina ou ácido acético 8 molar 20 ml/L de urina.

 

Enviar 5mL de urina com conservante e informar volume total.

Conservação para envio

Até 4 dias com conservante ou entre 2o e 8oC.

SSA(Ro), anticorpos anti

Comentários

Os anticorpos anti-SSA/Ro são dirigidos contra o antígeno Ro, que é uma proteína nuclear e citoplasmática ligada ao RNA. Sua detecção tem importância clínica porque em muitos pacientes com doença reumática auto-imune é o único auto-anticorpo detectado. Está presente em cerca de 70-90% dos pacientes com síndrome de Sjögren primária (SS) e 10 a 15% dos casos de SS associado à AR. Apresenta importante associação com manifestações clínicas específicas dessas doenças. No lúpus eritematoso sistêmico (LES) é detectado em 40% dos casos, onde marca as seguintes formas clínicas: lúpus eritematoso subagudo; deficiência homozigota de C2 e C4; LES com FAN negativo (o antígeno SSA/Ro pode ser lavado durante a fixação celular levando a resultados negativos na imunofluorescência); LES com pneumonite intersticial. Na SS altos títulos estão associados com a presença de vasculite. É marcador da síndrome do lupus neonatal, caracterizada por manifestações cutâneas, hematológicas, hepáticas e principalmente bloqueio cardíaco completo em bebês nascidos de mães que possuem anticorpos anti- Ro. Pode estar presente em até 0,1 a 0,5% da população normal. A presença de anticorpos anti-Ro e anti-La precedem em anos o diagnóstico de LES.

Método

Hemoaglutinação

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,3mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

 

 

SSB(La), anticorpos anti

Comentários

O antígeno SSB/La é uma fosfoproteína nuclear que esta complexada com a partícula Ro. Aproximadamente 50% dos soros de pacientes com LES e SS que apresentam anticorpos anti-Ro também possuem reatividade anti-La, devido a estrita associação entre os dois antígenos.É encontrado em 60% das mães de bebês com lupus neonatal. Na SS sua presença se correlaciona com doença extraglandular. A presença de anticorpos anti-Ro e anti-La precedem em anos o diagnóstico de LES.

Método

Hemoaglutinação

Valor de referência

Negativo

Condição

-0,3mL de soro.

-J.O. 8h.

Conservação para envio

Até 7 dias entre 2o e 8oC.

Streptococcus agalactiae (grupo B), cultura seletiva

Comentário

Em mulheres grávidas, o Streptococcus do grupo B pode causar infecção clinicamente aparente, embora, na grande maioria, leve a uma colonização assintomática. Estudos revelam que a mulher com colonização pré-natal possui uma predisposição 25 vezes maior de dar a luz a uma criança que irá manifestar sepse ou meningite por Streptococcus do grupo B no período neonatal precoce. Desta maneira, o teste está indicado para toda gestante no período entre 35 e 37 semanas de gestação como teste de triagem. Esta detecção torna-se importante para a realização da antibioticoprofilaxia intra-parto, prevenindo uma possível infecção do recém-nato. O antibiograma deverá ser solicitado a parte quando houver história de alergia à penicilina.

Método

Meio seletivo de cultura.

Condição

Swab vaginal e retal.

Para coleta de swab vaginal em grávida, é necessário não tomar banho ou evacuar até o momento da coleta. Se tiver tomado banho ou evacuado pela manhã, é possível coletar o material no final da tarde.

Deve-se, inicialmente, fazer um swab no intróito vaginal sem utilização de espéculo. Fazer posteriormente um swab anal introduzindo levemente (em torno de 0,5 cm) no esfíncter anal. Não é realizada coleta cervical e/ou endocervical. Os dois swabs podem ser colocados no mesmo meio de transporte (o sítio de colonização não interfere na conduta).

Conservação para envio

Meio de transporte: Stuart.

Até 4 dias em temperatura ambiente ou refrigerado entre 2º e 8ºC.

 

 

Streptococcus pyogenes grupo A - Imunoteste rápido

Comentário

O Streptococcus pyogenes (beta-hemolítico do grupo A) difere dos demais grupos de Lancefield em virtude das características antigênicas e bioquímicas da parede celular. Embora a cultura do swab de orofaringe e amígdalas continue a ser o padrão ouro no diagnóstico, a demora intrínseca do seu resultado é um problema. Em swab de orofaringe, pode ser realizado teste rápido que detecta antígenos bacterianos, não sendo influenciado pelo uso prévio de antibióticos. Os testes rápidos que utilizam imunoensaio são mais sensíveis que os de látex. Permitem tratamento imediato, com diminuição do período de infectividade e do curso da doença. Apresentam resultados concordantes com a cultura em 93% dos casos, com sensibilidade de 88% e especificidade de 95%. Assim, na presença de teste rápido negativo, a cultura é ainda necessária para que se afaste a infecção.

Método

Imunoensaio para detecção do antígeno Streptococcus pyogenes.

Condição

Secreção de orofaringe, nasofaringe e amígdalas.

Colher, preferencialmente, antes da administração de antibacterianos.

Evitar alimentar-se e não fazer higiene oral no intervalo entre o pedido médico e a realização da coleta. Se colhido pela manhã, o desjejum e a higiene oral deverão ser feitos após a coleta.

Conservação para envio

Swab sem meio de transporte. Enviar imediatamente ou em até 5 dias sob refrigeração.

Sudan Black B

Comentários

Útil na classificação das leucemias agudas, auxiliando na diferenciação das linhagens linfóide e mielóide. O Sudan Black B é um corante lipofílico que reage com fosfolípides, gorduras neutras e esteróides, o que permite a visualização das membranas fosfolipídicas dos grânulos das células mielóides. As células linfóides e os mieloblastos primitivos (M0) apresentam reação citoquímica negativa ao Sudan Black.

Método

Coloração citoquímica de Sudan Black B

Valor de referência

Na leucemia mielóide aguda (LMA, M1-M6), 3% ou mais dos blastos são positivos. A reação pode ser fraca ou negativa na leucemia monocítica aguda (M5).

Na leucemia linfóide aguda (LLA) e na leucemia megacariocítica aguda (M7) os blastos são negativos.

Condição

-2 esfregaços de aspirado medular.

-Para coletar, agendar antecipadamente no laboratório.

 

Enviar esfregaços sem conservante, mantidos secos, longe de calor e umidade. Enviar cópia do hemograma, os dados clínicos disponíveis e a lâmina de mielograma corada por coloração hematológica habitual (MGG).

Conservação para envio

Até 30 dias em temperatura ambiente.

 

 

T3 livre

Comentários

A maior parte do T3 circulante é ligada às proteínas; somente 0,3% existe na forma livre, não ligada. A medida do T3 é utilizada para diagnóstico e monitoramento do tratamento do hipertireoidismo. Quando um aumento na TBG é suspeitado como a causa de um nível sérico total elevado de T3, o ensaio de T3 livre pode diferenciar esta condição do verdadeiro hipertireoidismo. Encontra-se aumentado na Doença de Graves, na tireotoxicose por T3, na resistência periférica ao hormônio tireoidiano e adenoma produtor de T3. Diminuído na Síndrome do Eutireoidiano Doente e hipotireoidismo (1/3 dos casos).

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

2,39 a 6,79 picog/mL

Condição

0,5mL de soro. J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso ou que usou recentemente, inclusive fórmulas para emagrecer. Se mulher, informar se esta grávida ou se usa anticoncepcional.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

T3 retenção

Comentários

É uma medida indireta dos sítios de ligação da TBG não saturados pelos hormônios tiroidianos. T3 retenção não mede os níveis séricos de T3. O T3 marcado foi utilizado em preferência ao T4 devido a sua menor afinidade pela TBG. Aumento na T3 captação pode ocorrer no hipertiroidismo, em uso de drogas que deslocam o T4 da TBG (salicilato, fenitoína, etc), e em concentrações reduzidas de TBG. Redução na T3 captação pode ocorrer no hipotiroidismo e nos casos em que há aumento da TBG. O T3 retenção é utilizado conjuntamente com a dosagem do T4 total no cálculo do ITL (Índice de Tiroxina Livre), para estimar a quantidade de T4 livre circulante. Recentemente, os ensaios de hormônios tireoidianos livres tornaram-se mais reprodutivos, diminuindo a necessidade do ensaio de T3 retenção.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

32,0 a 48,4%

Condição

0,5mL de soro. J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso ou usou recentemente, inclusive fórmulas para emagrecer e, se mulher, informar se esta grávida ou se usa anticoncepcional.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

 

 

T3 reverso

Comentários

A 3,3´5´-Triiodotironina (T3 reverso, rT3) é, juntamente com o 3,5,3´-Triiodotironina (T3), um metabólito deiodinado da tiroxina (o maior produto secretório da glândula tireóide). Ao contrário do T3, entretanto, o rT3 é metabolicamente inerte. Encontra-se elevado na Síndrome do Eutireoidiano Doente, no recém-nato, na Síndrome do T3 baixo e no hipertireoidismo. Redução nos seus níveis é observada no hipotireoidismo.

Método

Radioimunoensaio

Valor de referência

0,09 a 0,35ng/mL

Condição

0,6mL de soro. J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso ou usados recentemente, inclusive fórmulas para emagrecer. Se mulher, informar se está grávida ou se usa anticoncepcional.

Conservação para envio

Congelado.

T3 total

Comentários

A triiodotironina total é produzida, primariamente, pela deiodinação do T4 (80%) e é também secretada diretamente pela glândula tireóide. T3 no sangue é, predominantemente, ligado a proteínas plasmáticas. Apresenta-se elevado na Doença de Graves, T3 toxicose, nos casos de hipertireoidismo TSH dependente, aumento de TBG e gravidez. Valores baixos podem ser encontrados nos quadros de doença não tireoidiana, hipotireoidismo e reduções da TBG.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

0,76 a 1,76 nanog/mL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso ou usados recentemente, inclusive fórmulas para emagrecer. Se mulher, informar se esta grávida ou se usa anticoncepcional.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

 

 

T4 livre

Comentários

Hormônios tireoidianos são transportados no sangue ligados a várias proteínas de ligação. Estas incluem a TBG, a pré-albumina e a albumina. Somente 0,03% da tiroxina encontra-se não ligada às proteínas. Hipertireoidismo e hipotireoidismo resultam de concentrações anormais de T4 livre. Encontra-se aumentada no hipertireoidismo e na Síndrome de Resistência ao Hormônio Tireoidiano. Sua concentração encontra-se diminuída no hipotireoidismo. Os resultados podem estar inadequados na presença de autoanticorpos anti-tiroxina, fator reumatóide ou tratamento com heparina. Pode estar aumentado na hipertiroxinemia disalbuminêmica familiar. Discrepâncias nos níveis de T4 entre os diversos métodos são observadas e são ainda mais acentuadas na presença de alterações extremas das proteínas de ligação, doenças não tireoidianas, anticonvulsivantes e algumas outras drogas.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

0,54 A 1,24 nanog/dL

Gestante: 1º trimestre: 0,47 a 1,27 nanog/dL 2º trimestre: 0,40 a 1,08 nanog/dL 3º trimestre: 0,45 a 1,23 nanog/dL

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso ou usados recentemente, inclusive fórmulas para emagrecer. Se mulher, informar se esta grávida ou se usa anticoncepcional.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

T4 total

Comentários

Tiroxina (T4, tetraiodotironina) é o principal produto secretado pela glândula tireóide. No sangue, T4 é ligado a uma de três classes de proteínas: TBG, transtiretina (ou pré-albumina) e albumina. Somente uma pequena fração do T4T está na forma livre (0,03%). A concentração total de T4 geralmente reflete a atividade secretória da glândula tireóide. Encontra-se elevado nos casos de hipertireoidismo, disalbuminemia familiar, aumento da TBG, aumento da transtiretina (TBPA). Sua concentração está diminuída no hipotireoidismo, no quadro de doenças sistêmicas graves não tireoidianas e na redução da TBG. Autoanticorpos anti-T4 podem interferir com o ensaio.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

6,09 a 12,23 mcg/dL

Condição

-0,5 mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso ou usados recentemente, inclusive fórmulas para emagrecer. Se mulher, informar se esta grávida ou se usa anticoncepcional.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Tacrolimus – FK506

Comentários

O tacrolimus (Prograf) formalmente chamado de FK506, é um medicamento com propriedades imunossupressoras utilizado para suprimir a rejeição de transplante de orgãos autólogos. O tacrolimus pode causar neurotoxicidade e nefrotoxicidade, particularmente quando mantido em dose elevada. A dosagem da concentração de tacrolimus no sangue é útil para ajuste de dose e obtenção de imunossupressão ótima com mínima toxicidade.

Método

Imunoensaio enzimático de micropartículas – MEIA

Valor de referência

5,0 a 20,0 mcg/L

Condição

- 5,0 mL

Coleta preferencialmente antes da próxima dose do medicamento ou C.O.M.

Conservação para envio

Até 7 dias refrigerado entre 2º e 8º C.

TBG - Globulina ligadora de tiroxina

Comentários

A Globulina Ligadora de Tiroxina (TBG) é a principal proteína sérica carreadora de T4 e T3. Alterações da TBG refletem-se paralelamente na dosagem dos hormônios tireoidianos. Existem quadros genéticos de elevação ou diminuição da TBG. Além disso, a concentração de TBG se altera por influência de diversas drogas (anticoncepcionais ou terapia com estrógenos), na gravidez e também por causas hereditárias, onde é útil na diferenciação entre hipotireoidismo congênito (T4 neonatal baixo) e deficiência congênita de TBG. Aumento ou diminuição das concentrações de TBG terá como conseqüência um aumento ou redução do número de sítios de ligação disponíveis para o T4, com conseqüente elevação ou queda da fração ligada deste hormônio, às custas de maior ou menor fixação do hormônio livre.

Método

Quimioluminescência

Valor de referência

13, 6 a 27,2µg/L

Condição

-0,5mL de soro.

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso e, se mulher, informar se esta grávida ou se usa anticoncepcional. Informar qualquer medicamento que usa ou usou recentemente, inclusive fórmulas para emagrecer.

Conservação para envio

Até 4 dias entre 2o e 8oC.

 

 

Tempo de coagulação

Comentários

Permite avaliação da via intrínseca da coagulação, entretanto, apresenta pouca sensibilidade. Está aumentado nas deficiências graves de qualquer um dos fatores da coagulação (exceto os fatores XIII e VII), nos casos de deficiência de fibrinogênio, no uso de heparina em doses elevadas e na presença de anticoagulantes naturais.

Método

Lee-White

Valor de referência

5 a 12 minutos

Condição

-2 tubos (2,0mL cada) com sangue total sem anticoagulante.

-Cliente deve comparecer em uma das unidades.

Informações necessárias

Informar medicamentos em uso.

Tempo de protrombina - RNI - TAP

Comentários

Permite avaliação do tempo de coagulação do plasma, a partir da ativação do fator VII por extrato de cérebro com atividade tromboplástica padronizada, até a formação do coágulo de fibrina. O RNI (Relação Normatizada Internacional) é a relação do valor do tempo de protrombina (TP) do paciente e a média dos valores do TP de plasmas frescos normais, elevado ao ISI (International Sensitivity Index). O ISI representa a sensibilidade do reagente do TP em relação a tromboplastina IRP (International Reference Preparation). Esta padronização minimiza variações interlaboratoriais. A principal utilidade do RNI é a monitorização da terapia anticoagulante oral. O TP avalia as vias extrínseca e comum da coagulação, prolongando-se nas deficiências seletivas ou conjuntas dos fatores II, V, VII, X e fibrinogênio. Como os cinco fatores são sintetizados no fígado, quatro dos quais são vitamina K dependentes (II, VII, X e fibrinogênio), o TP é utilizado mais comumente no monitoramento da terapia anticoagulante oral (warfarin), doenças hepáticas, deficiência de vitamina K, coagulação intravascular disseminada e deficiência dos fatores II, VII, V, X. Quando o PTTa está prolongado juntamente com o TP há defeito na via comum da coagulação (fatores X, V, II e fibrinogênio) ou estão presentes inibidores como a heparina.

Método

Coagulométrico

Valor de referência

= 70 %

Condição

-1,0mL de plasma (citrato).

-J.D. 4h.

Informações necessárias

Informar se cliente está ou esteve recentemente em uso de anticoagulante (Clexane®, Heparina, Hirudoid®, Liquemine®, Marcoumar®, Marevan® etc.) e qual a dosagem. Informar história de sangramentos importantes anteriores, doenças de coagulação na família e testes de coagulação alterados previamente.

 

Enviar no máximo até 2 horas após a coleta.

Conservação para envio

Até 8 horas em temperatura ambiente.

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